1º ano de governo Dário: Maioria em Barão desaprova. Vejam as razões

No dia 1º de Janeiro de 2022, sábado passado, o governo de Dário Saadi completou 1 ano. Ano marcado quase totalmente pela prioridade na administração da luta contra a COVID, pela fiscalização das normas de combate à pandemia, e também pela preparação para as “retomadas” da economia da cidade, para garantir mais retorno econômico para a Prefeitura. Principalmente e sobretudo no incentivo e desburocratização de investimentos em vazios urbanos e pedaços de terra (glebas) paradas. Mas e especificamente para Barão Geraldo?

Na avaliação solicitada pelo jornal, das poucas pessoas que se dispuseram a avaliar e comentar, a atuação específica do governo Dário para Barão Geraldo foi ruim ou fraca.

Entre 74 pessoas que opinaram em nossa enquete,

29 pessoas consideram RUIM para Barão 39%

20 pessoas consideram BOM para Barão 27%

19 pessoas consideram PÉSSIMO p/ Barão 25,6%

6 pessoas consideram ÓTIMO p/ Barão 8%

Evidentemente são poucas pessoas , porém as que se dispuseram a participar. Caso o Jornal tivesse verbas (como antigamente) com certeza realizariamos um grande numero de entrevistas

Esse resultado é claramente demonstrado pela retrospectiva de sua atuação e de seu governo em relação ao distrito em 2021 (abaixo). Dos que quiseram comentar falaram pouco: Manuel Rosa Bueno considerou péssimo por que , segundo ele, Dário promete “invadir” a área rural. Mas também o produtor rural Insley Montagner considera abaixo de péssimo. Já Alexandre Olivério disse que Dário é “perfeito para todos nós”, Ivone Perli considerou como “nada” e Luis Fernando como “inexistente”.

Vejam a retrospectiva do governo para Barão Geraldo que embasa esse pequeno resultado

RETROSPECTIVA DO 1º ANO DO GOVERNO DÁRIO

Em dezembro de 2020, Dário anunciou que seu secretariado seguiria a lógica: “manter o que já estava indo bem e mudar o que não estava“. E o fato é que manteve 80% dos ex secretários de Jonas que FORAM PÉSSIMOS para Barão Geraldo. Principalmente os secretários Paulella e Barreiro. E com isso manteve também o subprefeito Osvaldo Kaize. Também a nomeação da ex esposa de Jonas Donizetti para a Secretaria de Cultura, não foi bem aceita por esse setor.

Logo que assumiu, Dário solicitou aos secretários um “Plano de 100 dias” enquanto ele iria cuidar prioritariamente de toda a problemática da vacinação, seguindo o Plano do governo de São Paulo. Uma delas, a preocupação em manter mais leitos que o número de pacientes graves. (Dário teve até o apoio da Câmara, liberando-o de buscar recursos em outras pastas ou fora da Prefeitura para manter a taxa de ocupação sempre abaixo dos 100%).

E por essa determinação, Dário e Wandão reduziram e/ou fizeram um rodízio de funcionários inclusive nas secretarias de maior urgência como a Secretaria de Serviços Urbanos, responsável pela zeladoria e manutenção de praças e ruas. E durante o período de constantes e fortes chuvas de 2021 a falta de funcionários exatamente na Zeladoria, apoio à Defesa Civil, etc desapareceu em Barão, deixando o município com quase ninguém para cuidar de praças, parques etc e enchentes, acidentes e outros problemas. (Só resolveu em Abril, como citado abaixo).

Resultado: As reclamações de mato alto, falta de iluminação, buracos e de “abandono” até março 2021 foram muito fortes e pesadas. Sobretudo de que em Barão não havia subprefeito.

VACINAÇÃO EM 5 LOCAIS – MENOS NOS DISTRITOS

Assim que o governo do Estado anunciou o início da vacinação com a Coronavac, Dário e a secretaria de Saúde decidiram fazer a vacinação em apenas 5 pontos E portanto nenhuma vacinação em Barão e outros distritos, fazendo com que as pessoas tivessem que gastar muito tempo e dinheiro indo a locais distantes!

A essa decisão centenas de pessoas criticaram muito, incluindo vereadores. Ao menos os vereadores Cicero, Guida Calixto e Débora Palermo cobraram a Prefeitura e pediram para que houvesse vacinação também nos distritos. Mas foram simplesmente desprezados.

PLANO DE 100 DIAS DESPREZA BARÃO

Outros problema é que no Plano de 100 dias, Dário (ou Paulella?) não atendeu as propostas do subprefeito (ou apenas em parte uma única proposta dele): a de uma boa equipe de manutenção fixa diariamente em Barão. O Plano de 100 dias ofereceu para Barão SOMENTE a construção de um bicicletário junto/ao lado do Terminal. Além disso, também havia a proposta de contratar empresas para fazer a zeladoria (manutenção de praças e ruas) de toda a cidade. Sendo uma delas temporariamente em Barão. (veja abaixo). Mas porque a prioridade apenas para um bicicletário havendo necessidades mais urgentes e com fortes criticas dos moradores?

E no dia 28 de fevereiro, Dário anunciou que iria receber uma verba de R$ 5 milhões para a reforma do Mercadão; R$ 7,5 milhões para pavimentação da estrada vicinal do bairro Carlos Gomes (do outro lado da estrada de Mogi) e, R$ 2,5 milhões para uma ciclovia em Barão Geraldo! A verba foi solicitada e conseguida pelo deputado federal pastor Marcos Pereira presidente do partido dele (Republicanos). A pergunta que centenas de pessoas faziam é: Com tantas prioridades urgentes porque mais ciclovia ou bicicletário? Em Barão só existe estudantes e Unicamp? E para os que pagam impostos? Porque não academias ao ar livre em diversas praças do distrito, por exemplo?

DECISÕES À REVELIA: ATE QUANDO?

Na prefeitura – assim como na maioria dos campos políticos no Brasil – ha um problema sério de concepção politica : O correto na gestão e de gestores políticos – principalmente municipais – é de que consultem a população ou representantes dos moradores ANTES de decidirem o que irão fazer e destinar recursos. E não apenas atender os aliados políticos inexpressivos. ESSE É O PIOR PROBLEMA em Campinas e em Barão. Decidem fazer praças, ciclovias, podas de árvores, SEM CONSULTAR OS MORADORES . E aí depois não conseguem nem atender nem satisfazer os moradores ….

Foto: Dário: investir em infraestrutura não só melhora qualidade de vida dos moradores como ajuda a retomar a economia da cidade | Crédito: Adriano Rosa
Foto Adriano Rosa

LENTIDÃO DA S.M.S.P.

Além disso, houve um erro desnecessário no governo, especificamente do secretário dos Serviços Públicos Ernesto Paulella, de ter desprezado a abertura de licitação para a “zeladoria” da cidade ainda no final de 2020, quando já sabia que seria mantido no cargo com Dário. E assim, como o período de chuvas começou mais cedo, em 2020, ampliou fortemente o crescimento do mato em todas as regiões de praças, parques e área desocupada – além de vários alagamentos – deixando a cidade com aparência de “abandonada” durante os meses de janeiro e fevereiro (e de parte da cidade até Abril).

Somente após a entrega do Plano de 100 dias, a SMSP abriu licitação para contratar empresa para substituir os antigos “reeducandos” do governo Jonas na zeladoria da cidade (no dia 29/01/21).

A licitação (o único modelo obrigatório de terceirização existente e totalmente ultrapassado para nossa época) iria acabar somente em março, deixando subprefeituras e DPJ sem condições de mover um dedo contra o acumulo de mato nas ruas. E pior que isso, com o fim da licitação, uma empresa perdedora ainda entrou na justiça contra o resultado ! O que – somente em Abril – liberou a Prefeitura para contratar o grupo Carrara como vencedora da licitação. Mês em que começaram – FINALMENTE – a fazer a zeladoria de Barão.

SUBPREFEITURA OU ESCRITÓRIO?

É claro que esse problema deixou o subprefeito Osvaldo Kaize numa situação dificílima. Se de um lado a SMSP dificilmente liberava recursos para a subprefeitura, de outro lado a maioria da população baronense desconhecia e supunha que a subprefeitura tinha poderes de prefeitura (devido ao nome) e só dependia dela mesma. E as cobranças e decepções eram muito duras.

Mas com o quase nada de pessoas e recursos que tinha, Kaize conseguiu mostrar bastante serviço:

revitalizou lixeiras da estrada da Colônia Tozan, consertou uma galeria pluvial no Novo Parque Real que havia estourado, fez uma pequena limpeza na praça da Vila Santa Isabel (iniciada pelos moradores), conseguiu caminhões e máquinas para recolher partes de árvores caídas e limpar as principais vias, máquinas e asfalto para tapar buracos nas principais vias, participou da coleta de alimentos do CONSEG/Unicamp e tudo sob forte e intensa cobrança da população com o mato alto, até que após meados de Fevereiro Paullela lhe concedeu uma equipe da DPJ para cortar o mato nas praças E a primeira foi do Jd. Independência.

VISITAS RELÂMPAGO A BARÃO

Dário também veio várias vezes a Barão durante o ano, porém de forma “relâmpago” e sem avisar ninguém: Em janeiro veio ao Hospital de Clínicas acompanhar João Dória no lançamento da vacina Coronavac ; Em fevereiro veio na Mata S. Genebra quando os moradores do Bosque reclamavam de abandono.

Em maio veio inaugurar a nova ampliação da rua Agostinho Páttaro, sem nenhum aviso à imprensa ou líderes de bairros e rapidamente foi embora; E no final de julho veio RE-inaugurar as obras de revitalização da praça José Eduardo Geremias (da parte 2) com a presença apenas de Paulella, algumas autoridades da prefeitura, vereadores e dos pais de Geremias. E mais uma vez, sem avisar a imprensa.

Em Julho, Dário veio 2 vezes: visitou o postinho do Village durante a vacinação mas nem sequer foi ver os problemas do bairro. Mas também veio no evento de comemoração dos 40 anos da Mata Santa Genebra (dessa vez com a presença de alguns moradores locais).

Em outubro, no CNPEM, acompanhou o presidente Jair Bolsonaro para inauguração de linhas de luz e 1ª Feira de Nióbio. Igualmente apenas um “bate e volta”. E por fim, em dezembro de 2021, veio entregar a praça do Vitória Ropole revitalizada por pedido de moradores e subprefeito. Somente nessa ocasião a imprensa foi avisada e Dário, além de discursar, conversou com os moradores do bairro.

EXCLUSÃO DE VÁRIAS LINHAS DE ÔNIBUS

E OUTROS PROBLEMAS

Outra política que pesou muito contra esse primeiro ano do governo de Dário foi o fato da SETRANSP reduzir excessivamente os horários e linhas de ônibus – mas que ocorreu em toda Campinas, não só em Barão.

Depois de reduzir drasticamente os horários de todas as linhas da cidade desde março, em maio, após a EMDEC reformar o Terminal, a SETRANSP anunciou a modificação de mais duas linhas: a 328 não mais iria para o Guará, Jd Alto e que a 376 seria extinta. Ora desde o início da pandemia a SETRANSP já havia paralisado a linha 374 (Jockey Club) que passava pelo Guará, a linha 331 (Rodoviária) e a linha 326 do Jd. Independência.

A revolta foi grande em Barão: através do jornal a EMDEC pediu o contato das lideranças desses bairros mas nada fez. Esse problema – contando com vários outros citados acima, motivou a tentativa de recriação do “Fórum de Barão” para tentar unificar as lideranças locais (o que não deu certo, como sempre). Só 2 meses depois a EMDEC se reuniu com apenas alguns moradores desses bairros, mas manteve o fim das linhas … deixando muita gente ressentida com a falta de democracia e desprezo pelos moradores. E ainda em setembro , mais uma modificação no trajeto da linha 328 e da 321 sem o apoio dos moradores e com muitas pessoas contra. Em outubro a EMDEC anuncia o retorno da linha 330 (unicamp) e a redução do trajeto do 331 no Centro… e muita gente contra…

Isso sem falar que o governo não tomou nenhuma atitude em relação a pontos de congestionamento como o pontilhão da Zeferino Vaz, a acumulação na entrada da Vila Nova e não retornou ou melhorou nenhum dos sérios problemas com o pagamento de cartões , prejudicando ainda mais as viagens.

Enfim a gestão de transportes em Barão em 2021 só serviu pra colocar muita gente na oposição ou com raiva da prefeitura.

FIM DAS BASES DA GUARDA

Além disso, houve um crescimento muito grande de roubos e furtos em Barão nos meses de Junho e Julho, dois meses depois que a única base da Guarda Municipal foi fechada… E assim a culpa por esse crescimento de crimes foi colocada na falta da Guarda e no Projeto Efraim sem qualquer prova. Houve muitas reuniões, debates e conversas e as promessas de ampliar o policiamento em Barão. Mas essas promessas porém não convenceram ninguém…

E O QUE FICOU DE POSITIVO?

Para contrabalançar todas essas ações – mais contra do que à favor da população – as únicas iniciativas aplaudidas e parabenizadas pela população foi a abertura – da ampliação da rua Agostinho Páttaro em Maio e a revitalização das praças do Vitória Ropole, Bosque das Palmeiras, Village e Vila Santa Isabel (ainda só no início). Quase todas por iniciativa do subprefeito Osvaldo Kaise que dentro da LIMITA`DÍSSIMA subprefeitura se empenhou e conseguiu manter o trabalho de zeladoria e arrumação de ruas da melhor forma possível , apesar da lentidão da Prefeitura. Nesse aspecto, o trabalho de Kaize passou a ser bem visto após a contratação do grupo Carrara.

Também no Village, uma empresa contratada pela SANASA iniciou os preparativos para as obras de esgoto do bairro. Embora de forma absolutamente lenta, ninguém sabe quando irá começar.

INCENTIVO À NOVOS EMPREENDIMENTOS

O governo Dário vem intensificando e tentando agilizar tanto a abertura de novas empresas quanto a liberação de novas glebas de claros da cidade para abertura de novos empreendimentos. Esse trabalho, através das pastas de Planejamento e Urbanismo, visa favorecer e talvez até modificar o zoneamento da cidade ampliando e favorecendo o surgimento de milhares de novos negócios (principalmente nas áreas urbanas não ocupadas) porque isso justamente amplia as rendas da Prefeitura.

Se essa concepção e iniciativa é desejada e incentivada por empresários e investidores locais, ela também é mal vista ou vista com preocupação pela “esquerda” em Barão Geraldo, que luta pela não ocupação das áreas verdes e rurais e grandes glebas não usadas para impedir o adensamento e ocupação no distrito. Essa mesma população luta pela construção de Passagens de Fauna” na Estrada da Rhodia e Zeferino Vaz e cobram incessantemente a Prefeitura , que até o momento ainda espera um “TAC” de algum novo empreendimento que assuma tal obra.

Outra questão que marcou 2021 foram as longas e demoradas obras da SANASA , a buraqueira que “não acabava mais”. constantes interrupções de ´´agua nos bairros . Porém essas obras foram contratadas na gestão de Jonas e já estão em sua fase final. (Apesar de muitos erros na construção que obrigou as empresas a reabrirem os mesmos buracos várias vezes). Por causa disso, muitos moradores defendem que a Prefeitura deveria mandar recapear TODO o asfalto onde foram feitas as obras de “capeamento de redes” da SANASA. Embora sabemos que isso provavelmente nunca será feito.

Arney Barcelos

Dário no laboratorio Sirius do CNPEM com Bolsonaro entre os palestrantes foto Lucas Leonis

  • Redação

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