por Carlos Alexandre Fanton Silva
Uma “Sociedade” que se divide entre os que defendem um equilíbrio de coexistência e compromisso Humano como “Tutor” do Planeta, defendendo a preservação e defesa animal ao mesmo tempo que decide sobre o “ABORTO” de crianças indiscriminadamente além da legislação que já regula casos específicos de risco a mãe e diagnóstico de anencefalia, sendo um paradoxo do bom senso antagônico ou a “Sociedade” que objetiva o “Capitalismo Selvagem” da exploração desenfreada e aptidão pelo ” Poder” a qualquer preço?
Temos muito mais neste debate sobre a Sobrevivência do Planeta e consequentemente da Humanidade que “REGENERAR”, nossa conduta entre a razão sublime da sabedoria e nossa sanha pelo poder.
ENCÍCLICA EVANGELIUM VITAE
DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II
“O valor incomparável da pessoa humana….
Na verdade, esta vida não é realidade « última », mas « penúltima »; trata-se, em todo o caso, de uma realidade sagrada que nos é confiada para a guardarmos com sentido de responsabilidade e levarmos à perfeição no amor pelo dom de nós mesmos a Deus e aos irmãos.
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- O eclipse do sentido de Deus e do homem conduz inevitavelmente ao materialismo prático, no qual prolifera o individualismo, o utilitarismo e o hedonismo. Também aqui se manifesta a validade perene daquilo que escreve o Apóstolo: « Como não procuraram ter de Deus conhecimento perfeito, entregou-os Deus a um sentimento pervertido, a fim de que fizessem o que não convinha (Rm 1, 28). Assim os valores do ser ficam substituídos pelos do ter.
O único fim que conta, é a busca do próprio bem-estar material. A chamada « qualidade de vida » é interpretada prevalente ou exclusivamente como eficiência económica, consumismo desenfreado, beleza e prazer da vida física, esquecendo as dimensões mais profundas da existência, como são as interpessoais, espirituais e religiosas.
Em tal contexto, o sofrimento — peso inevitável da existência humana mas também factor de possível crescimento pessoal —, é « deplorado », rejeitado como inútil, ou mesmo combatido como mal a evitar sempre e por todos os modos. Quando não é possível superá-lo e a perspectiva de um bem-estar, pelo menos futuro, se desvanece, parece então que a vida perdeu todo o significado e cresce no homem a tentação de reivindicar o direito à sua eliminação.
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Na perspectiva materialista até aqui descrita, as relações interpessoais experimentam um grave empobrecimento. E os primeiros a sofrerem os danos são a mulher, a criança, o enfermo ou atribulado, o idoso. O critério próprio da dignidade pessoal — isto é, o do respeito, do altruísmo e do serviço — é substituído pelo critério da eficiência, do funcional e da utilidade: o outro é apreciado não por aquilo que « é », mas por aquilo que « tem, faz e rende ». É a supremacia do mais forte sobre o mais fraco.
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