Aos 49 anos, Unicamp tem 96% do orçamento comprometido com salários

A Ouvidoria Geral do Estado de São Paulo determinou à Unicamp que torne públicos todos os salários, benefícios e quaisquer outros créditos ou vantagens recebidas por todos os funcionários em todos os níveis. A determinação visa cumprir decisão e determinação do Supremo Tribunal Federal. O caso está sendo tratado pela Procuradoria Geral da instituição.

Conforme seu próprio próprio site, a Unicamp tem hoje 10.322 funcionários, sendo 1.795 professores e 8.527 administrativos. E mesmo com um orçamento anual que supera os R$ 2 bilhões, quase 96% (95,91%) desse montante já está comprometido com a folha de pagamento.

e deverá fechar o ano de 2015 com déficit orçamentário que deverá bater na casa dos R$ 83 milhões.

Segundo a Ouvidoria, em 2011 o total gasto com o pagamento dos funcionários consumia 83,15% do orçamento . No ano seguinte, esse índice subiu para 88,61% e bateu em 92,29% em 2013. No ano passado, a tendência de alta se manteve e atingiu o recorde de 96,45%. Neste ano, até o mês de junho, o comprometimento já chegou a 95,91% do orçamento, sem que se tenha qualquer indicativo que seja reduzido nos próximos anos.

Na USP comprometimento chegou a 106%
A USP, na verdade, atravessa crise ainda maior que a Unicamp. Com um orçamento de R$ 5 bilhões, terminou 2014 com 105% de seu orçamento comprometido com a folha de pagamento. Só sobreviveu, porque passou a usar uma reserva que em 2012 era de R$ 3,6 bilhões. Em 2014 a reserva caiu para R$ 2,3 bilhões e hoje, já está abaixo de R$ 1 bilhão.

Em razão disso, desde o ano passado, a universidade vem realizando um amplo esforço de ajuste orçamentário. Na oportunidade, o reitor Marco Antonio Zago anunciou contingenciamento de 30% no orçamento e disse que a medida valeria também para este ano.

Segundo informações da assessoria de imprensa da universidade, contratos foram revistos, contratações foram suspensas e investimentos tiveram de ser “redimensionados”.

Entre as medidas adotadas, estava a implantação do chamado Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), numa tentativa de reduzir os custos.

Além disso, grupos de estudos foram formados para analisar a possibilidade de entregar ao governo do Estado, a operação do Hospital de Bauru e do Hospital Universitário, que fica na Cidade Universitária, na Capital.

Cortes chegaram a atingir até mesmo os Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAPs) criados em 2010. Os Naps  foram  uma iniciativa comemorada na universidade já que era a primeira vez que a USP investia em pesquisa com recursos próprios. Até então, esse setor era mantido com dinheiro de agências de fomento como a Fapesp, CNPq e Finep.

A Universidade informou esta semana, no entanto, que os núcleos já foram retirados da lista dos projetos contingenciados.

“O processo de monitoramento das despesas e a busca de sua compatibilização às receitas da universidade persistirão nesse ano e nos próximos, até que se alcance o equilíbrio orçamentário da universidade”, informou a universidade por meio da assessoria.

  • Redação

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