Ato Público fortalece ação judicial e política contra Plano Diretor
Mais de 600 pessoas lotaram a Praça 30 (praça 30 de Dezembro) no centro de Barão Geraldo reafirmando a oposição e organização de ações judiciais e políticas contra a forma como está sendo realizado o Plano Diretor , especificamente em Campinas. A grande maioria professores e profissionais de nível superior ligados a Unicamp ou instituições de pesquisa (engenheiros, advogados economistas, cientistas, arquitetos, urbanistas etc) e muitos artistas também Mas todos que moram em Barão e indignados com a proposta . Os organizadores do movimento já entraram com uma representação no Ministério Público e irão participar da reunião com a prefeitura no próximo dia 20, além de organizar uma reunião no próximo dia 21, também na prefeitura.
Várias pessoas falaram. Principalmente os organizadores do Ato: Manuel Rosa Bueno, Silvio Spinella, Ernestina Gomes e outros. Também falaram os vereadores Pedro Tourinho e Mariana Conti, o ex vereador Paulo Buffalo e a ex vereadora e candidata a prefeita Marcela Moreira entre vários outros.
Como foram várias falas, não iremos especificar cada uma aqui até por questões jurídicas, mas também que os assuntos eram muito próximos e repetitivos. A maioria ressaltou a luta histórica dos ambientalistas pela preservação de Barão desde os anos 1980, a participação na construção do atual Plano de Gestão Urbana local de 1996, apoiado pelo ex prefeito Magalhães Teixeira, que ainda não foi inteiramente implementado e também do histórico do atual Secretário de Planejamento, o engenheiro Carlos Santoro que ja foi secretario de Planejamento do Prefeito Chico Amaral no final dos anos 1990. Alguns lembraram que quando foi pela primeira vez candidato Santoro tentou aprovar condomínios como o Santa Paula e o Reserva D Pedro na entrada de Barão mas “foram barrados pelo movimento popular”.
Quanto à questão atual, a maioria disse que desde o começo, a prefeitura não respeita nem o Estatuto das Cidades que estabelece a participação popular na discussão do Plano e nem a própria Constituição. que a prefeitura e o secretário Santoro em particular, vem tentando deslegitimar a discussão e participação da população de Barão junto na discussão do Plano Diretor e que também “tenta jogar a população de Campinas contra Barão” e usado a Unicamp para justificar a ampliação a expansão urbana sobre a Rural em Barão ou que o secretário só ouve os empreendedores imobiliários e empresários . Ja outros argumentaram a questão politica dentro da prefeitura e na Cãmara onde “somos minoria, mas na sociedade somos a maioria” .
Manuel, Ernestina e vários outros informaram que o movimento já protocolou uma representação junto ao Ministério Público de Campinas que pretende avaliar como o Plano vem sendo realizado. E que no próximos dia 20 e 21 irão participar da reunião na prefeitura com o Conselho da Cidade e pretendem ir à Câmara também. Para Manuel o processo não respeitou a legislação e deveria ser anulado ou rediscutido.
Após as falas houveram a participação de alguns ritimistas do grupo Maracatucá e do violonista e cantor João Arruda. Em seguida, os participantes saíram em passeata pela faixa da Avenida Albino Barbosa de Oliveira (em direção à Rhodia) até a Praça do Coco, fechando e reduzindo o transito nessa faixa por cerca de uma hora com apoio da Policia Militar.
Não houve nenhum incidente contrário.
foto Isabela Tavares
1 comentário