PODCAST: A secretária de Planejamento e Urbanismo de Campinas, Carolina Baracat Lazinho, em entrevista exclusiva ao @JORNALDEBARÃO, disse que as diversas recentes medidas e mudanças feitas nas leis e nos procedimentos da Prefeitura, não afetam nem promovem “adensamento” ou qualquer mudança nas diretrizes do Plano Local de gestão de Barão Geraldo ainda vigente desde 1996. Tais medidas e mudanças que valem para o restante de Campinas partem de duas necessidades prioritárias determinadas pela gestão de Dário e Wandão: a necessidade de adensamento comercial para sustentar “toda a infraestrutura necessária para as linhas de transporte público” e também devido à necessidade de retomada econômica após 2 anos de pandemia que reduziu as condições econômicas da sociedade como um todo. Mas essas medidas não contrariam as definições da população baronense nas discussões do Plano Diretor e mantém o Plano Local de Gestão.
Desde o início do governo de Dário, a Prefeitura de Campinas publicou diversas medidas facilitando a abertura de empreendimentos em terrenos da cidade. Há exato 1 ano, a Secretaria de Planejamento inaugurou seu novo site e criou um grupo gestor para desburocratizar e agilizar análise de projetos e começaram ampliando o comércio em áreas de zona mista. Apostavam que a desburocratização poderia gerar investimentos e empregos. Para isso implantaram novos programas de aprovação digital de projetos e para cadastramento de glebas, etc Em Abril iniciaram as discussões na Cãmara de mudanças maior facilidade para abertura de empreendimentos, de cadastramento liberação e abertura de “glebas”, de aprovação rápida de alvarás de construção, etc
Perguntamos para a secretária Carolina qual o sentido e o objetivo dessa recente política de facilitação e ampliação de negócios? seria para ampliar a economia?
A preocupação maior é com o crescente adensamento da ocupação do solo que em Barão Geraldo é visto como que já está muito excessivo. Há uma preocupação de que Barão não quer o destino do Cambuí ou do Mansões, Alto Taquaral etc. Mesmo porque o adensamento amplia a criminalidade principalmente nas regiões centrais de Barão, Cidade Universitária e avenida 1 especificamente.
Ouçam nas entrevistas abaixo o que a secretária Carolina respondeu às nossas perguntas sobre as principais preocupações em Barão:
“O novo Plano Diretor foi estruturado no Desenvolvimento Ordenado pelo Transporte, que é o DOT e em cima das linhas de transporte a gente está levando uma zona mais mista, mais adensável. Porque é o que viabiliza as demandas por transporte público. Se não houver gente, não ha quem pague o custo de toda essa infraestrutura no transporte Publico”. Barão Geraldo foi diferente. A gente praticamente congelou de levar um adensamento maior, de um dinamismo maior que está estruturado no restante da cidade”
“O Dr Dário entendeu que é importante retomar esse programa de desburocratização justamente pra gente retomar a economia do município após uma pandemia aí em que houve consequências desastrosas na geração de empregos, de mais pessoas indo morar na rua , de ocupações em áreas de risco por as pessoas não estão conseguindo pagar o aluguel É importante a secretaria ter essa vivência do que está acontecendo no mundo lá fora.“
Diferença entre Lote e Gleba
Carolina Baracat informa que todos os projetos de legislação urbanística e suas alterações passam pela discussão da sociedade. E por lei , o poder público deve levar ao debate em audiência pública para a sociedade participar dessa discussão.
ESTRADA DA RHODIA
Baracat informou também que o próprio Plano Diretor indica a necessidade de duplicação e complementação da Estrada da Rhodia ( além de duplicação com drenagem, esgotamento, ciclovia, calçadas c/ acessibilidade, sinalização, estacionamento, e alternativas de transporte) , mas que a Prefeitura vem acatando apenas empreendimentos que não contrariem o Plano Local de 1996 e não permite adensamentos como foi feito em outras grandes avenidas de Campinas. Ela informou a necessidade urgente de um Plano de Desenvolvimento Econômico da Estrada da Rhodia e a necessidade se se rever o Plano Local de Gestão de 1996
REGIÃO DA MATA SANTA GENEBRA
A secretária informou também as diretrizes para os bairros e glebas rurais no entorno da Mata Santa Genebra (que sofrem grande pressão imobiliária) determinam a redução e impedimento de adensamento populacional automaticamente criam uma “certa segregação” Mas que a ocupação da região deverá ainda ser discutida com a Secretaria do Verde e com a população antes de implementada
PROJETO DE INTEGRAÇÃO E FORTALECIMENTO TURÍSTICO DE BARÃO GERALDO
Carolina falou também da discussão e possibilidade de implementação de um projeto de integração dos campos turísticos de Barão Geraldo mas que depende de conversas com a Secretaria de Cultura e Turismo