Baronenses recriam o “Cine Barão” como cinema alternativo

(com informações do G1) 60 anos depois do primeiro “Cine Barão Geraldo” criado por Guido Camargo Penteado Sobrinho em sua casa (no antigo armazém da Fazenda Santa Genebra) , um grupo de baronenses inaugura hoje, 7/8, o “Cine Barão” como um cinema alternativo de filmes  “cult” que funcionará provisoriamente no Restaurante Raízes Zen, no centro de Barão. O filme de estréia é o bem avaliado – e já clássico  “Tudo sobre minha mãe” de Pedro Almodóvar  e que sera comentado posteriormente pelo prof Boccara da Unicamp. O Restaurante Raízes Zen fica na rua Antonio Pierozi, 94, centro de Barão.  A seção de inauguração e gratuita.cinefilos

O Cine Barão  foi criado por um grupo de profissionais de diversas áreas que são amantes do cinema alternativo, dos cines de arte e não comercial, como era a proposta do Cine Topazio, que funcionava no Shopping Prado Boulevard que também ficava longe e acabou fechando em 2014, ou do antigo Centro Cultural Victória que funcionava no centro, nos anos 1990.  Porém a proposta é mais popular e não comercial e busca resgatar a ideia de um “cinema de rua”

“A gente tá precisando voltar àquela ideia do cinema de rua. É difícil manter um cinema de qualidade dentro de um shopping. A ideia foi fazer ele acontecer mesmo que fosse num lugar não tão apropriado, mas que pudesse mostrar os filmes que a gente estava sentindo falta”, disse o professor Manuel Rosa Bueno, um dos coordenadores. Segundo ele  num primeiro momento o projeto visa criar um cineclube estruturado em Barão Geraldo e, posteriormente, será avaliada a possibilidade de exibir filmes do circuito europeu que ainda estão em cartaz.

“No primeiro momento, vamos ficar com os filmes que não estão em cartaz por causa dos direitos autorais, mas a nossa vontade é chegar nisso. Agora, nós temos o projetor, aparelhagem de som, mas não temos a tela e vamos nos instalar nos fundos de um restaurante”, disse Bueno

O Cine Barão começa com um ciclo de filmes  de Pedro Almodóvar  durante o mes de agosto sem repetição (VEJA ABAIXO CARTAZ COM A PROGRAMAÇÃO)  Manuel Bueno diz que “O Almodóvar sempre traz muita gente. Neste mês serão seis filmes do cineasta. Nós esperamos lotação máxima, o pessoal está muito entusiasmado”

Fechamento Topázio
O Cine Topázio, que funcionava no Shopping Prado Boulevard, encerrou as atividades em 30 de novembro de 2014. O dono do cinema optou por não renovar o contrato com o centro de compras porque pretende transferir o estabelecimento para a região central. A Prefeitura se comprometeu a colaborar no processo de localização de um novo espaço, mas não há prazo para a reabertura.

Na época, os frequentadores chegaram fazer uma campanha nas redes sociais para tentar sensibilizar os empresários a manter as salas em funcionamento. Um abaixo-assinado virtual conseguiu reunir 2.549 assinaturas.

Outro fator que motivou a saída do Topázio do shopping foi o fato de o cinema estar passando pelo processo de digitalização da projeção. Para fazer as adequações das salas, a empresa teria que gastar mais de R$ 1 milhão. Para garantir o investimento, seria necessário aumentar o faturamento.

No entanto, o Cine Topázio não foi o primeiro cinema alternativo a encerrar as atividades na cidade. As salas de exibição do Centro Cultural Vitória, que depois virou Centro Cultural Evolução e também o Cine Paradiso, que funcionou até 2009, não resistiram aos novos tempos.

Historiador levanta a história do “Cinema do Guido”

Concomitante ao projeto o historiador Warney Smith vem  pesquisando e levantando a história do Cine Barão Geraldo fundado pelo primeiro vereador de Barão , Guido Camargo Penteado Sobrinho em 1995.   Segundo Warney a iniciativa de Guido, respondeu a um incentivo do próprio poder publico – por proposta de outro vereador da Câmara – em conceder isenção de impostos para instalação de cinemas em Campinas .

“As primeiras seções ocorreram num salão do antigo Armazém da Fazenda Santa Genebra comprado pela familia Mussi Penteado anos depois. Como contou sua filha Maria Cecilia Penteado, seu pai abriu um buraco na porta do quarto dele de onde se projetava os filmes para o salão.”

Segundo conta o historiador, o primeiro operador das máquinas de projeção de Guido foi o eletricista  José Pacci  que também era músico e trabalhava com eventos (e que mora hoje no Vila Nova) com 85 anos.  José Pacci ficou fazendo a projeção do CIne Barão Geraldo quando o cinema se mudou para um salão alugado  (atrás do bar do seu pai) na atual rua José Martins )  até 1960, quando abriu sua  oficina no Guanabara e se mudou de Barão.   Mas seu irmão Oswaldo Pacci continuou sendo o operador de projeção até o fechamento do cinema , por volta de 1966.

“Não havia uma sala fixa . O Guido alugava um salão e  cobrava entrada para pagar o aluguel. Mas depois que  o Guido  assumiu como  Tabelião e também administrando o posto de gasolina, foi ficando sem tempo como contou seu Oswaldo, quando começou a ir pouca gente , ele resolveu parar”

Para o historiador a criação do Cine Barão é um novo marco da historia de Barão Geraldo que deveria investir no turismo cultural como forma de economia .

Ciclo Almodovar abre o Cine Barão 

o Cine Barão começa com o Ciclo Almodovar  hoje com a apresentação de “Tudo sobre minha mãe” e comentado pelo professor Ernesto G.Boccara do Depato de Multimeios do Instituto de Artes

Amanha dia 8 é o dia do filme “A pele que Habito” comentado pela professora de artes visuais Beatriz Ferreira Pires

No dia 14 sera a vez do filme “Fale com Ela” comentado po um dos próprios organizadores do Cineclube , o cineasta  Igor Capelatto

No dia 15 sera  o filme ” Volver”  que será comentado pelo professor Benedito A. Cruz da FATEC-Americana.

Dia 21 sera a vez do classico “Mulheres a beira de um ataque de nervos” com comentario do professor Paulo de Tarso também do Multimios IA  e tambem um dos organizadores do Cine Barão

Por fim Dia 22 será exibido o filme “Ma Educação” que será comentado pelo programador do MIS Vitor Casemiro

Inicialmente a entrada será franca , mas parece que posteriormente os organizadres pensam em cobrar um preço de custo

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  • Redação

    O Jornal de Barão e Região foi fundado em janeiro de 1992 em papel E em 13 de maio de 2015 somente on line

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