(do G1) Após receber 120 questionamentos de dez empresas, a Prefeitura de Campinas suspendeu pela segunda vez o edital para construção do Teatro de Ópera Carlos Gomes, no Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim. O secretário de Administração, Silvio Bernardin, amenizou o atraso e garantiu que as obras da casa, estimada em R$ 83 milhões, começam ainda neste ano.
“Não houve tempo hábil para responder a todos, são questões puramente técnicas. Imaginamos fazer isso nesta semana e relançar o processo até dia 28/8. A entrega do teatro continua prevista para 2017”, explicou o titular da pasta. Segundo ele, os apontamentos feitos pelas companhias não devem resultar em alterações nos valores previstos no contrato.
“Não há nada que possa alterar o valor”, frisou Bernardin. Em julho, o Executivo precisou relançar o processo licitatório com aumento de R$ 9,5 milhões no valor, após constatar erros na planilha orçamentária. As propostas seriam abertas nesta terça-feira (18).
A casa de espetáculos, de acordo com a Prefeitura, deve ter capacidade para 1,2 mil espectadores e atender, por ano, cerca de 3 milhões de visitantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
O início da construção chegou a ser anunciado para dezembro de 2013, com previsão de término em 45 meses. O projeto é realizado pela administração em parceria com o estado.
Trâmite
Após lançamento do novo edital, a Prefeitura deve aguardar mais 60 dias para recebimento das propostas e ordem de serviço. Depois disso, o prazo para conclusão dos serviços é de 22 meses, além de outros três para emissão do termo de recebimento definitivo da obra.
A estrutura
Uma projeção divulgada pelo arquiteto paulistano Carlos Bratke, em 2013, revela detalhes do Teatro de Ópera Carlos Gomes. A casa terá estilo elizabetano, onde o palco avança sobre a plateia em um semicírculo para criar interatividade entre cena e público.
O desenho apresentado pelo ex-diretor do Museu da Casa Brasileira indica um teatro com 12 mil metros quadrados de área construída, em que a forma é a de um triângulo com lados curvos.
A sala de espetáculos é formada pela plateia principal com 1 mil assentos, balcão com 200 lugares, sala de projeção, controle e tradução simultânea. Atrás do palco, ficará a parte técnica da casa, incluindo camarins e espaço para manutenção de instrumentos acústicos e elétricos.
O projeto de Bratke foi doado ao município pelo valor simbólico de R$ 400 mil, em maio de 2011, pelos empreendedores de um complexo de condomínios da cidade como contrapartida pelas construções das casas e prédios às margens da Rodovia Anhanguera