CEI Agostinho Páttaro passa por grande reforma em um ano de pandemia

Por Marlene Ferreira.

Essa semana, dia 17/06/2021 tive a honra de estar prestigiando o novo momento em que a CEI Agostinho Páttaro tem apresentado a comunidade, sua reforma tão esperada e aguardada por familiares dos alunos, que assim como eu, ex aluna, mãe de três ex alunos e ex estagiária da escola.

A diretora da escola, a professora Luciana Squarizi Andrade de Lima, me recebeu com muita alegria e disposição, e contou um pouco da sua chegada na escola em 2020.

Ela é educadora formada pela PUCCAMP com especialização em gestão escolar e mestrado em Psicologia Escolar atua na rede municipal há 18 anos, foi indicada para assumir a CEI Agostinho Páttaro em fevereiro de 2020. Ela lembra que foi um ano muito desafiador, pois logo que assumiu, com 10 dias na escola, teve uma infecção renal, que virou infecção generalizada, que a levou para a UTI e quando saiu do hospital a escola já estava fechada por conta da pandemia e precisou traçar uma estratégia de gestão diferenciada.

Quando saí do hospital a escola já estava fechada por conta da pandemia e precisei traçar uma estratégia de gestão diferenciada. Convoquei uma reunião extraordinária do Conselho de Escola via meet ( era uma grande novidade na época) e nessa reunião tracei algumas ações com o Conselho. Inclusive foi organizado o “Grupo de Ajuda de pais e funcionários da comunidade do Agostinho”, arrecadando cestas e doações e entregando à famílias da escola em vulnerabilidade social, que está atuando até hoje.”


Além destes Luciana cita outros desafios: “Constatei que havia muitas demandas de reforma a serem realizadas na escola, necessidades físicas urgentes, e algumas já aprovadas pelo conselho em anos anteriores. Comecei fazendo a cobertura da rampa de acessibilidade da entrada da escola, pois havia verba não utilizada e aprovação do Conselho. Outra providência foi a troca do deck da Sala de Recursos da escola, que era de madeira, já apodrecida, e nem um pouco adequada às necessidades das crianças que ali frequentam. Esta demanda era aguardada pela comunidade e já aprovada pelo Conselho também.”

Enquanto ela me mostrava a reforma, pude observar e registrar a recuperação da caixa dágua, que estava enferrujada e sem base de sustentação, um perigo conforme vi em foto. A mão de obra executada foi lixar, passar produto de recuperação do ferro e pintar com tinta óleo. Além disso, fizeram uma base de concreto de sustentação da estrutura, proporcionando maior segurança, além de beleza. Outras reformas e instalações foram feitas, sempre com o prévio acompanhamento e aprovação da Coordenadoria de Arquitetura e Engenharia da Educação, segundo informa a gestora da escola.


Outro lugar que também fotografei foi a horta, um dos projetos pedagógicos da escola estava muito degradada e a necessidade de revitalização foi essencial. Luciana disse que consultou uma especialista da Rede Municipal de Educação de Campinas para realizar o novo projeto para a horta, mais moderno e econômico.

Por fim, realizaram a pintura da escola, interna e externamente.
A diretora diz que : “A revitalização da pista de “motocas” foi um carinho especial com as crianças, que esperaram tanto tempo para voltar a brincar neste espaço.

PREVENÇÕES CONTRA A COVID

Conforme contou Luciana, desde o início da pandemia, com a suspensão do fornecimento da merenda escolar, o CEASA disponibilizou cestas básicas mensais e kits de hortifrutis para as famílias que manifestarem interesse e se cadastrarem na escoa para receber.
O retorno presencial na educação infantil foi autorizado desde 3 de maio, respeitando 35% do total de alunos. A organização acontece com as 3 turmas, que frequentam uma semana cada vez, em rodízio.
Quem não retornou presencial continua nas interações on line, recebendo propostas de atividades e interagindo.
O horário de atendimento foi reduzido, das 7h20 às 10h20 e das 13h10 às 16h10, com oferecimento de duas refeições
A escola recebeu os técnicos do DEVISA e se adequou à todas as normas de segurança sanitária. Tem totens de álcool em gel em toda a escola, todos os profissionais receberam máscara, face shield e aventais de TNT. As crianças receberem máscaras e garrafinhas de água individuais.
Nas salas as mesas foram reorganizadas conforme o distanciamento de 1,5m, e os materiais guardados em embalagens individuais e não mais coletivos, como antes. No refeitório colocaram barreiras de acrílico nas mesas.


Ver a escola bem cuidada, com sua beleza valorizada me traz grande satisfação e alegria. Acredito que a escola pública deve ser um local bonito, e as crianças e profissionais que lá frequentam e trabalham devem receber a melhor infra estrutura possível.”

Luciana Squarizi Andrade de Lima


História de Agostinho (Augustinho ) Páttaro

A história que se conta sobre o nome da atual CEI Agostinho Pattaro, é a da família Páttaro. E que ainda no século 19, Gerônimo Páttaro, então com 16 anos, saiu de um lugarejo perto de Veneza chamado Meolo, na Itália, e veio com a família para a nova terra, o Brasil, para tentar a vida. Com ele veio também uma irmã mais velha, Elizabeta, conhecida pela sua atraente beleza. Foram morar em Jundaí e depois em Ribeirão Preto, onde um rico fazendeiro se apaixonou por Elizabeta e com ela se casou.

Segundo Tito Páttaro Bozza, bisneto de Geronimo, foi este fazendeiro, seu cunhado, que ajudou Gerônimo a comprar um pedaço das terras da Fazenda Rio das Pedras (que na época ainda era da família Barbosa de Oliveira, no local conhecido como “Curiango” que hoje fica próximo à Cerâmica na Estrada da Rhodia). .

Tito conta que, anos depois, por volta de 1938-39 seus filhos, Luís e Augustinho Páttaro, venderam o sítio para outro descendente de imigrante, Atílio Botin e compraram dois sítios que hoje ocupam todo o início da Avenida Santa Isabel: Luis Páttaro comprou de Domingos Bonatto (entre a escola Rezende e o início da avenida) e Augustinho comprou de Francisco Pacheco de Almeida Prado (entre a escola Rezende e o Buratto)

A partir de 1947 Luís e Augustinho resolveram lotear seus sítios com o apoio a Prefeitura em troca de doações de terrenos. Uma parte para fazer a Avenida Santa Isabel e outra – já nos anos 1950 – para fazer o primeiro “Ginásio” de Barão. Foi aí que Augustinho quis doar um grande terreno para o Ginásio e como contou Tito, até comprou parte de terreno do irmão para complementar. Assim, inicialmente o Ginásio ficou com o nome de “Ginásio Agostinho Páttaro”.

Mas no início dos anos 1960 a Secretaria Estadual de Educação mudou o nome do Ginásio Agostinho Páttaro para Ginásio “Barão Geraldo de Rezende”. E anos depois (por volta de 1968-69) outro sitiante, o português Manoel Antunes Novo – em troca do loteamento de seu sítio – doou uma área para a prefeitura construir ali uma creche. E, para sanar a injustiça de que tiraram o nome de Augustinho do Ginásio, a prefeitura resolveu colocar o nome da creche com o nome de Augustinho. (e ainda colocaram Agostinho).

Assim, em 1969, a Prefeitura construiu uma creche no terreno de Manecão (Manuel Antunes Novo) já com o nome de Agostinho (e não o nome de batismo Augustinho) Páttaro. E a escola cresceu e foi o berço de muitas gerações de baronenses e hoje possui 350 alunos no Ensino Infantil, – agrupamentoII/III.

E hoje, 52 anos depois (completa em setembro) a antiga creche chama-se agora “C.E.I.” Centro de Educação Infantil Agostinho Páttaro (antigamente EMEI Escola Municipal de Educação Infantil) e está localizada na Rua Manoel Antunes Novo 505, no bairro Vila Ninoca em Barão Geraldo, Cep: 13084-175, Campinas-SP.

“Trata-se de uma escola de tradição que atende há 51 anos crianças dos diversos bairros de Barão Geraldo, assim como outras advindas de bairros próximos, tais como: Jardim São Marcos, Vila Esperança, Parque Taquaral, entre outros.” disse a diretora Luciana Squarizi Andrade de Lima

O vice-diretor é Guilherme Weiss e a orientadora Pedagógica Luciana Basseto. O corpo docente é composto por 14 servidores. Os serviços terceirizados compõem 9 funcionários, que atuam na área da alimentação, segurança, cuidadores e limpeza.

Por fim, quero agradecer a equipe da CEI Agostinho Páttaro pelo acolhimento e por essa enriquecedora e gratificante oportunidade de escrever sobre essa escola maravilhosa que tem marcado varias gerações de todo o Distrito de Barão Geraldo.

Marlene Ferreira

a professora Luciana e eu
  • Redação

    O Jornal de Barão e Região foi fundado em janeiro de 1992 em papel E em 13 de maio de 2015 somente on line

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