O crescimento das filas e de mora nos atendimentos do HC número de atendimentos no Pronto Socorro do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp aumentou 43% desde 2019. Em 2019 foram 5.100 atendimentos de emergência e em 2022 o índice chegou a 7.300. A maior parte da procura acontece nas especialidades de cardiologia, neurologia, ortopedia e cirurgias de urgência (como tumores, inflamações, problemas respiratórios, etc…). Também no Hospital em geral o número de consultas no Hospital pulou de 305.291 em 2020 para 394.273, em 2022. (aumento de 29%).
A informação é da superintendente do hospital Elaine Ataíde. Para ela, esse aumento é resultado da crise econômica provocada pela pandemia de COVID19 como a principal razão que fez muita gente deixar de pagar convênios.
Outra causa foi o agravamento de muitas outras doenças provocadas pelo não atendimento médico no período o que forçou a população mais pobre e sem renda a procurar um pronto socorro.
Segundo ela, o grande aumento no número de consultas é puxado, principalmente, por pacientes com câncer que recebem o diagnóstico nos postos e Centros de Saúde (UBSs) e são encaminhados para o HC.
“Com o advento da pandemia, esses pacientes acabam tendo neoplasias mais avançadas, necessitando estar vindo para um hospital terciário, quartenário, como o nosso. Outro gargalo é o da cardiologia, estão tendo que vir para o nosso serviço para fazer o acompanhamento.”
Dificuldade na atualização de dados
O HC da Unicamp informou também que tem dificuldades para atualizar os dados dos pacientes. Segundo a superintendente 60% dos cadastros de 1,2 milhão de pacientes estão defasados, o que dificulta o trabalho dos funcionários para chamar as pessoas para realizar algum procedimento e pode fazê-las perder o procedimento.
Atualmente, a única forma de fazer a atualização é presencial. “Às vezes estão na lista de espera, tem que convocar para algum evento, agendamento de consulta, de cirurgias, e a gente não consegue o contato“, declarou.
As filas só crescem no HC