Juiz suspende 2º reajuste de água pela Sanasa, mas cabe recurso.

O juiz Carlos Ortiz Gomes,da 10ª Vara Cível   suspendeu  por liminar o reajuste de 15% nas contas de água solicitado pela Sanasa à Agência Reguladora dos Serviços de saneamento das Bacias dos Rios PCJ (ARES-PCJ). A decisão foi analisada e publicada no DOE  desta segunda-feira (27/7). O aumento começaria a vigorar a partir de 17 agosto e seria o segundo em menos de seis meses – em fevereiro a cobrança pelo consumo subiu 11,98%. conta_sanasa-1854165

A ação foi solicitada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo na útlima sexta (24) solicitada pelo morador Renato Cesar Pereira e outros e aceita pelo MP e analisada nesta segunda. (VEJA REPORTAGEM SOBRE PEDIDO DE EXPLICAÇÕES DO MP LOGO ABAIXO)

A principal alegação do juiz é de que, pela Lei Federal nº 11.445 de 5 de julho de 2007, não é permitido conceder mais de um aumento em um período inferior a 12 meses. A assessoria da SANASA informou que a empresa vai recorrer assim que receber a notificação do MP.

Além de contestar a necessidade da Sanasa em cobrar mais dos consumidores pelo uso da água, a liminar também obriga, em um prazo de cinco dias, que a companhia de saneamento apresente cópias dos documentos que justifiquem a revisão da tarifa e foram entregues à Agência Reguladora dos Serviços de saneamento das Bacias dos Rios PCJ (Ares-PCJ), que autoriza os reajustes.

Ortiz Gomes disse que “A agência batizou o aumento de reajuste extraordinário, mas pela lei não tem isso”.  Segundo o juiz, para decidir a medida cautelar, é preciso atender somente a dois requisitos: se o que a defensoria está pedindo é plausível e se a demora para decidir resulta em ônus para os consumidores.

Veja, abaixo, a íntegra da decisão:

“CONCEDO a reclamada liminar, determinando à SANASA que: 1. Se abstenha de implementar o reajuste programado, autorizado pela Resolução n. 93 de julho de 2015, da ARES-PCJ, sob pena de pagar multa consistente no pagamento do dobro do acréscimo atualizado, por cada consumidor atingido, sem prejuízo de outras sanções; 2. Exiba, no prazo de cinco dias, cópias dos documentos que justificaram a revisão tarifária impugnada, bem como o lucro da empresa no exercício de 2014. Intime-se com urgência. O mandado deverá ser instruído com cópia desta decisão, observando-se que a requerente é beneficiária da justiça gratuita, citando-se, com as advertências legais, em especial quanto ao prazo para a resposta, que é de cinco (5) dias (art. 802 do CPC), e que se não for apresentada resposta, por meio de advogado, presumir-se-ão aceitos pela requerida como verdadeiros, os fatos alegados pela requerente (art. 803, 285 e 319, todos do CPC). Dê-se ciência ao Ministério Público. IV. Após, com a resposta, ou decorrido o prazo, abra-se vista dos autos ao Ministério Público, a seguir, voltem-me conclusos. Intimem-se. Campinas, 27 de julho de 2015. CARLOS ORTIZ GOMES Juiz de Direito Titular da 9ª Vara Cível”.

Economia “excessiva” causou aumento na tarifa
A alta da tarifa foi publicada em 17 de julho no Diário Oficial e começaria a valer 30 dias após a publicação. Na época, a Sanasa justificou que a crise hídrica impactou “significativamente” no caixa da empresa, que apresentou defasagem tarifária de 27,32% no período de fevereiro a maio de 2015. Além disso, o aumento no custo com energia elétrica também é mencionado em defesa da necessidade de aumento.

MP pede para Sanasa explicar alta na conta de água

O Ministério Público pediu explicações para a Sanasa sobre a sequência de reajustes na conta de água em Campinas. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a empresa de saneamento tem 30 dias para responder o ofício enviado nesta segunda-feira (27) pelo promotor substituto da 9ª Promotoria de Justiça (PJ), Luís Felipe Delamain Buratto mas por enquanto ainda não foi aberto um inquérito para investigar o caso, e o pedido de explicação feito à Sanasa é uma das peças que será avaliada para a decisão de iniciar, ou descartar, uma apuração sobre os aumentos. A definição deve ficar a cargo do promotor Valcir Paulo Kobori, titular da 9ª PJ que retorna do período de férias na próxima semana.

A representação questionando a sequência de reajustes na tarifa de água foi feita por Renato César Pereira, que levou o documento, de 11 páginas, em 21 de julho ao MP. O  químico considera os reajustes “abusivos” e por isso decidiu procurar a promotoria.

A alta de 15% da tarifa foi publicada em 17 de julho no Diário Oficial e passa a valer após 30 dias. O aumento foi autorizado pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ).

A empresa de saneamento citou, para justificar o segundo reajuste este ano, que a crise hídrica impactou “significativamente” no caixa da empresa, que apresentou defasagem tarifária de 27,32% no período de fevereiro a maio de 2015. Além disso, o aumento no custo com energia elétrica também é mencionado em defesa da necessidade de aumento.

Série de reajustes
Este será o quarto aumento na conta da água em menos de dois anos. Em 2014, houve uma alta de 6,63% em janeiro; em fevereiro, foi criada uma taxa adicional de esgoto. Já este ano, também em fevereiro, passou a ser aplicado mais um reajuste, de 11,98%; agora, a Sanasa vai elevar em 15% os valores. No primeiro ano do governo de Jonas Donizette (PSB), houve redução no preço da tarifa social.

Na prática, quem pagava R$ 72,72 por 15 m³ de água por mês em 2012, passa a desembolsar R$ 111,36 em agosto deste ano após a sequência de aumentos. De acordo com a Sanasa, apesar da crise hídrica foram investidos cerca de R$ 275 milhões no período de janeiro de 2013 a junho de 2015.

Prefeito justifica
Em 22 de julho, Jonas usou uma rede social para justificar o aumento na conta. “É preciso ressaltar também o aumento de 70% na tarifa de energia elétrica nos últimos 12 meses. Desde março, a Sanasa vem arcando com esse aumento sem repassá-lo para a sua tarifa. Foram R$ 2,3 milhões a mais por mês na conta de energia da empresa”, escreveu.

O pessebista também citou números dos investimentos feitos pela Sanasa. Segundo ele, em 2013 foram R$ 103 milhões; 2014, R$ 113 milhões; e no primeiro semestre desde ano, “mesmo com todas as dificuldades”, disse, são R$ 58 milhões por enquanto.

PARTE DA NOTICIA É DO SITE G1 EPTV CAMPINAS

VEJA REPORTAGEM DA EPTV GLOBO SOBRE O CASO EM 

http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/07/liminar-suspende-2-reajuste-na-conta-da-sanasa-este-ano-em-campinas.html

  • Redação

    O Jornal de Barão e Região foi fundado em janeiro de 1992 em papel E em 13 de maio de 2015 somente on line

    Related Posts

    Gabi já faz sucesso entre as novas pilotas brasileiras

    Read more

    Rota realiza campanha “A Paz no trânsito começa por você”

    Read more

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    COLUNISTAS

    Shopping Pq.D.Pedro tem espetáculo que faz você viajar por seus sentidos

    Shopping Pq.D.Pedro tem espetáculo que faz você viajar por seus sentidos

    Cassação de candidatura em Campinas

    Cassação de candidatura em Campinas

    SEU FILHO ESTÁ SEGURO DENTRO DAS ESCOLAS E CRECHES?

    SEU FILHO ESTÁ SEGURO DENTRO DAS ESCOLAS E CRECHES?
    TERRORISMO  AMBIENTAL: INACEITÁVEL! O  que se pode fazer
    Secura suada

    A Câmara de Campinas não é transparente!

    A Câmara de Campinas  não é transparente!