O MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) anunciaram na quarta 24), em Brasília, o investimento de R$ 180 milhões em três instituições selecionadas para formar Centros de Competência no desenvolvimento de pesquisas em 5G e 6G, tecnologias imersivas aplicadas a mundos virtuais e Open RAN (Open Radio Access Networks). Serão implantados 3 centros “hitechs” (de alta tecnologia) iniciais: As três organizações selecionadas são o CPQD TELEBRÁS (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações; o INATEL (Instituto Nacional de Telecomunicações , em Santa Rita do Sapucaí (MG); e o CEIA (Centro de Excelência em Inteligência Artificial) da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFG), em Goiânia (GO).
A instituição vai atuar na temática de Open RAN, que tem como foco o desenvolvimento de tecnologias abertas para infraestrutura de redes de telecomunicações. Atualmente, as redes são dependentes de equipamentos produzidos por poucos fornecedores, que oferecem soluções proprietárias. O Open RAN permitirá que empresas se especializem no desenvolvimento de software e hardware abertos, possibilitando o surgimento de novas empresas no segmento e aumentando a oferta de equipamentos e soluções às operadoras de rede.
“A missão do CPQD é de sempre trazer resultados positivos para nosso país, apostando no desenvolvimento de recursos inovadores para o setor telecomunicações. Como Centro de Competência iremos repassar à indústria e a toda a sociedade o nosso aprendizado e os melhores resultados possíveis. É momento de apresentarmos soluções”, disse o presidente do CPQD, Sebastião Sahão Júnior.
Cada um dos três Centros de Competência receberá o investimento de R$ 60 milhões, oriundos do Programa Prioritário PPI IoT/Manufatura 4.0, que vão ser aplicados em um período de 42 meses em ações que combinam ampliação e fortalecimento de competência científica e tecnológica em pesquisa, desenvolvimento e inovação; formação e capacitação de recursos humanos; atração e criação de startups. Segundo o presidente da EMBRAPII, esse modelo é inédito no país, e a previsão é que outros seis Centros de Competência sejam anunciados em todo o Brasil ainda este ano.
“Os Centros de Competência vão construir conhecimento e criar pontos de referência para as pesquisas em áreas de tecnologias de fronteira, cujo desenvolvimento é estruturante e estratégico para o posicionamento do país na economia mundial. Queremos inserir de vez o Brasil dentro do mapa desse novo ecossistema de inovação e em posição de destaque para as pesquisas”, afirmou o presidente interino da Embrapii, Igor Nazareth.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou que a iniciativa vem para apoiar o desenvolvimento de soluções tecnológicas que atendam, principalmente, as diferentes demandas da sociedade.
“A inovação se dá justamente no encontro do conhecimento com as necessidades da sociedade. A ideia é dominar o conhecimento e apresentar soluções para os mais diferentes desafios contemporâneos usando a nossa capacidade criativa. Queremos construir um caminho para que o Brasil se torne referência mundial não só na produção de conhecimento, mas no desenvolvimento de tecnologias, assegurando a autonomia e aproximando nosso país das economias mais avançadas”, pontuou a ministra, durante o anúncio do investimento.
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)