Assim como quase todos os bairros de Barão, por mais de 10 anos os moradores do bairro Solar de Campinas cobram melhorias. O Solar é um bairro que já existe há mais de 40 anos na divisa com Paulínia. E desde 2009 cobram melhorias públicas: asfalto, praça, ônibus, academia ao ar livre, calçamento e manutenção do bairro e outras melhorias urbanas que justifiquem o preço absurdo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) que são obrigados a pagar todos os anos e sem nenhum retorno. E o bairro só tem 7 ruas e 156 casas. Porque a falta de retorno?
Recentemente o morador Valdemir Martinhago pintou o muro de sua casa dizendo que o bairro estava abandonado, cobrando as principais reivindicações e os números de protocolos desde 2009 e dizendo “Pagamos IPTU caro”. O primeiro protocolo é de outubro de 2009 (09/10/12441) outras duas petições foram entregues em 2010 (17/10/337226 e 18/10/38351). Os moradores não entraram em contato com o Jornal de Barão mas depois conseguiram uma reportagem da tv Thathy / Record.
Na reportagem para a Record , Valdemir conta que o bairro tem 40 anos “só cobrando IPTU e sem benefício algum para os moradores”. Sua esposa Rosângela Martinhago disse que após essa petição de 2009 foi feita uma atualizada em 2017 com a assinatura de 70% dos moradores (requisito para que seja lançado o plano em que parte dos custos são divididos com a população pagando mensalmente) . Segundo Rosângela já existe o projeto de pavimentação e só faltavam as galerias pluviais e a prefeitura prometeu que em 6 meses já teria o projeto de pavimentação e proposta aos moradores.
Rosângela disse que já houve associações de moradores no bairro no passado mas já a alguns anos esta paralisada.
Segundo o morador Roberto Smiderle , como o bairro fica na divisa com Paulínia, os moradores solicitaram também à prefeitura e Paulinia o asfaltamento. Mas a Prefeitura de Campinas recebe todo o IPTU e “não faz nada” .
“E é uma buracaiada quando passa a máquina pra arrumar e aí que vira um desastre mesmo. Porque quando chove é muita lama e quando faz sol é muita poeira. E quando se lava e estende a roupa no varal chega no final da tarde tá aquela poeira ” – declarou.
Outro petição é a praça do bairro cujo pedido também tem mais de 10 anos. Os moradores chegaram a contratar um arquiteto para criar um projeto de praça e entregaram à Prefeitura. A moradora Juliene Barbosa disse que o arquiteto entregou todo o projeto pronto na prefeitura e até hoje nenhum retorno. Segundo ela a situação é vergonhosa pra Prefeitura por conta do valor do IPTU, da água e da luz.
“Não é um valor normal eu pagar 250 reais de luz , 350 reais de água para morar num lugar sem nenhuma estrutura”.
Nova promessa
Em nova reunião com o secretário de Infraestrutura, José Carlos Barreiro, acompanhados do subprefeito Osvaldo Kaize e do vereador Rossini os moradores foram cobrar a resposta sobre o asfalto que a muitos anos não tinham dos protocolos de solicitação. Segundo a moradora Wiviann Brandão que esteve na reunião representando os moradores, o secretário explicou como funciona o processo e prometeu que iria ressuscitar o último protocolo parado para fazer um orçamento do projeto e depois conversarmos sobre a possível execução. E deu um prazo de 30 dias para essa resposta.
Segundo ela Barreiro deixou claro que os moradores terão que pagar uma parcela e que para a aprovação terão de ter, pelo menos, 70% de adesão dos moradores ou proprietários que aceitem pagar tal parcela.
Porém sobre a praça negaram qualquer ação no momento: “Deixaram claro que não tem como mexer na praça enquanto não houver asfalto, guia etc. E que que teremos que lutar pelo asfalto primeiramente Falaram que depois que tiver asfalto, a praça fica fácil de resolver” – disse Wiviann.
Na opinião de Wiviann o bairro é pequeno e não interessa muito pra eles.
(AB)
A comissão dos moradores do Solar , (da esquerda para a direita) Rosângela, Wiviann, André, Roberto, Leandro e Valdomiro (que está tirando a foto) já haviam se encontrado em 18 de janeiro com o subprefeito Osvaldo Kaize para encaminhar as solicitações .
Cinco meses depois se reuniram novamente com ele, o vereador Rossini e o secretário José Carlos Barreiro