Esta crescendo o numero de moradores que querem fazer mutirões de limpeza nos bairros. As razões são obvias: Devido às dificuldades tanto das pessoas em evitar sujar ou de limpar os espaços públicos como, por outro lado , da prefeitura/ subprefeitura ter a dificuldade de estar constantemente limpando todos os lugares, algumas pessoas começam a fazer isso e convidar outras pessoas para se juntar.
Em Barão, a pior situação está na região do Village. Onde está o mais organizado e efetivo desses grupos que é o projeto “”Prática do Bem” criado por duas empresárias moradoras no Village: Carolina Baptista Praça e Luiza Corradini. Trata-se de uma “caminhada de conscientização” através da prática de recolher o lixo das ruas, e “<em>ser exemplo e incentivo para o coletivo contribuir com a limpeza da cidade”. Só nos últimos 6 meses de 2020 o grupo coletou cerca de 230kg de lixo das ruas do Village (e mais 53kg no último domingo dia 17)
PROJETO “PRÁTICA DO BEM”
Segundo Luiza, tudo começou em meados de 2020, quando Carolina, criadora da marca “Olha, Amora!” começou a fazer reciclagem dos seus resíduos orgânicos e, ao adquirir um kit de composteira da empresa dela – o “Projeto Guaráipu” de compostagem – surgiu uma grande amizade e parceria. Ambas cientes dos problemas de entulhos, resíduos e outros materiais jogados no bairro, em locais inadequados, Luiza e Carol combinaram de que, todo domingo, iriam realizar uma “caminhada” e juntar todo lixo que encontrariam.
E assim surgiu a “Pratica do Bem”: na prática decidiram se encontrar no último domingo de cada mês quando focavam em uma rua diferente do Village convidando os vizinhos a participarem e, aos poucos, veio mais pessoas. Claro, os passeios seguem os protocolos de segurança: Uso de máscara, luvas, óculos de sol, protetor solar e chapéu, desde a primeira “Prática do Bem”, há 6 meses, foi recolhido e pesado 230kg de materiais, dos quais, 10% (23kg) eram recicláveis. Esse material, até o momento, foi destinado ao serviço público municipal de coleta de resíduos urbanos e para a coleta seletiva, respectivamente.
A Prática do Bem ganhou o apoio da AMPROVIC – Associação dos Moradores e Proprietários do Village Campinas que vêm trabalhando junto Sub-prefeitura para achar soluções: foi sugerido a instalação de um ponto oficial de descarte, além da fiscalização e autuação daqueles que forem pegos realizando o descarte em local incorreto.
“Quando estamos na rua, mais importante que recolher o lixo no local inadequado, é estar próximo a comunidade. O bairro possuí moradores de todos os níveis sociais, e durante a Prática do Bem temos contato com todos, ouvindo suas opiniões, suas experiências, críticas e sugestões. Convidamos para uma reflexão sobre os impactos negativos da prática de jogar lixo em qualquer lugar e convidamos os moradores a nos ajudar. Existem muitos boatos de que a Sub-prefeitura definiu pontos de descarte não-oficiais, e aproveitamos para orientar o descarte em um único local. Centralizado, o problema é mais “fácil” de resolver” – disse Luiza.
O sucesso dessa ação foi divulgada na página Seja Local Barão Geraldo (@sejalocalbarao), na pagina da Amprovic – Associação dos Moradores e Proprietários do Village Campinas e do “Positive Impact Project” para divulgação e engajamento da população. E também já realizou uma edição dedicada ao “Projeto Aretha no Everest”, contribuindo com a realização do sonho da esportista brasileira.
O TRABALHO DE MARISA
Lembramos aqui também do trabalho de Marisa de Oliveira, moradora da estrada para o Village que. pelo menos uma vez por mês. também limpa sozinha a lixeira da entrada do bairro onde ela mora. Ela conta que passava duas vezes por dia na frente da lixeira e estava muita bagunça com muita sujeira em volta e isso a estava incomodando. E por isso resolveu dar um fim naquela sujeira. As primeiras vezes, segundo ela, foram em agosto, quando ela levou cerca de 2 a 3 horas arrumando e tirando o lixo “Foram vários sacos de lixo espalhado que peguei e muitos com vidros também” Ela já mora há 3 anos no local e só ano passado que começou a perceber a piora da desorganização na lixeira. E desde então , de vez em quanto ela cuida e faz sozinha a limpeza. (Claro que ela usa luvas de borracha. Marisa é auxiliar de limpeza na empresa Água Jato) Só no ultimo mês , dezembro, não conseguiu pois só chega a noite em casa e nessa lixeira não tem iluminação. Um pouco pq só eu limpo ninguém ajuda a última vez so de saco de vidro quebrado foram 8 sacos é muito difícil.
Marisa diz que gostaria de poder contar com outras pessoas “Mas infelizmente ninguém se prontifica a ajudar ,o trabalho de limpeza não é fácil até porque tem muito tipo de lixo diferente. Então voce tem que ter coragem pra enfrentar. Mas muitos….Acho que , se isso é obrigação dos funcionários da prefeitura, eu não concordo porque quem sujou e jogou o lixo de qualquer jeito, foram as pessoas! E muitos nem desce do carro pra colocar la! Simplesmente joga o lixo e se cair no chão, lá fica. Isso é simplesmente uma falta de educação e organização.” disse ela.
PROJETO “VIDA VERDE BARÃO GERALDO”
No centro, a baronense Mariana Ferraz, moradora da Vila Santa Luzia propõe o projeto “Vida Verde Barão Geraldo”. Ela quer apresentar o projeto aos moradores dos bairros ao redor do centro para ir assim fazendo grupos em cada bairro, tirando o lixo inconveniente de praças e completando com o plantio de árvores frutíferas. “Tirando o lixo das áreas e plantando vida”. Ela não concorda com o argumento que “isso é trabalho da prefeitura” e ficar sem fazer nada esperando quando a prefeitura mandar alguém. “É uma questão de cidadania. A obrigação da prefeitura é com a cidade toda e vamos ficar sempre esperando?
Apesar de iniciar da praça da Vila Santa Luzia – (que tem o nome de seu avô, José Soprano, um dos pioneiros de Barão) – ela e outras pessoas querem mostrar o serviço em outros bairros, explicando para os moradores das vilas como é bom ter aquela árvore de manga ou aquele abacate perto de casa, sem agrotóxico, e como podemos fazer isso sem custos. Mariana diz que sua proposta é limpar onde podem manter limpo para não favorecer bichos peçonhentos, “porque se houver lixo acumulado, matos e entulho, acabam atraindo isso. Mas também fazemos um plantio de árvores frutíferas como mangueira, abacateiro, jabuticabeira, acerolas, limoeiro e etc. Sobre mudas, eu mesma faço e assim integrantes de outros bairros de Barão tambem, cada um com uma ja está ajudando.
“Nesse final de semana 17/1 Mariana e amigos juntaram coletaram 4 latinhas e uma garrafa, além de vários galhos de árvore num mesmo local para facilitar a coleta pela prefeitura. Mas só foi pouco porque conforme disse Mariana um dos contratados pela Prefeitura havia passado alguns dias antes no bairro. Mas mesmo assim Também faz limpeza seu Cláudio, que mora no Taquaral e roda toda a região de bicicleta todos os dias coletando latinhas. Ele vem sempre a Barão , cerca de 3 vezes por semana para coletar latinhas para revender para reciclagem. È aposentado e as latinhas servem para complementar a renda.
PRAÇA TINHA FONTE DE ÁGUA E LUZ E HAVIA TRADIÇÃO LOCAL
No passado esses “mutirões” eram naturais, nem eram convocados. As pessoas eram acostumadas a limpar em frente da casa e sempre se prontificavam a limpar ruas, calçadas e praças. Mas atualmente, a vida moderna dificulta essa atividade por vários motivos e costumes, cada vez mais individualistas.
Mariana lembra que ha alguns anos atrás a praça José Soprano tinha uma placa com o nome de seu avô. E os moradores da Vila faziam mutirões para limpar, plantar e cuidar etc. A praça tinha torneiras e tomadas para que pudessem ajudar na limpeza e irrigação das plantas, ligar aparelhos e também ajudava na organização de festinhas juninas que às vezes os moradores antigos faziam.
E tudo o que tem de árvores frutíferas nela fomos nos moradores, quanto também a limpeza. Ate a CPFL tirar nossas tomadas que eram usadas para nos mesmos cortar a grama, e assim como a SANASA cortou todos canais de agua ( torneiras) que aguávamos e fazíamos a limpeza de coisas na própria praça, hoje ela esta como as outras também com muito mato e lixo, pois também quem ajudava esta de idade dai a minha ideia de ter esse mutirão não apenas aqui mas sim em Barão todo.
“Imagino que se falarmos isso para alguém isso hoje irá falar que é obrigação da Prefeitura, mas e quando a prefeitura já não faz nada por nós?! Penso em novamente juntar não só o pessoal da minha praça, mas sim de diversas áreas arborizadas e praças que temos em Barão, pois “Barão e uma área rica nesse requisito. Porém sozinha nada é possível.”texto Arney Barcelos fotos Projeto Guaráipu, Marisa de Oliveira, Arney Mariana Ferraz+84.569Pessoas alcançadas515EngajamentosTurbinar publicação
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