Moradores do Village querem solução para rua Emílio Coelho

RESUMO DA REUNIÃO DO DIA 13 /7 (feita baseada na Ata redigida após a reunião)

Na quinta feira dia 13/7 representantes desses moradores fizeram uma reunião com o subprefeito Osvaldo Kaize quando protocolaram um abaixo assinado, com as primeiras 100 assinaturas, solicitando urgência nas providencias para minimizar as condições das ruas de terra do bairro, principalmente no trajeto do ônibus. Foi exposto ao subprefeito a situação de caos devido à poeira levantada por veículos que circulam nas vias principais (muitos em alta velocidade, incluindo o ônibus) e o consequente adoecimento dos moradores, crianças, adultos e idosos por causa da poeira nesta época de extrema estiagem.

Os moradores apresentaram vários receituários de tratamento médico de moradores, assim como notas fiscais de medicamentos para tratamento de alergias causadas pela poeira. Leandro Negretti disse que um médico pesquisador da Unicamp lhe informou que a poeira além de causar problemas respiratórios, causam também problemas neurológicos, pois o “material particulado” se instala no organismo e o
mesmo não consegue eliminar. Disseram também que alguns moradores já faleceram no bairro em virtude de problemas respiratórios graves: uma senhora por enfisema pulmonar, um senhor fez uso de respirador até seu falecimento. (Paulo Penteado, morador e cabelereiro famoso de Campinas que morreu de câncer, entre outros que foram diagnosticados. Pode até ser que uma das causas de adoecimento que os levaram à morte foi a inalação e ingestão de materiais suspensos particulados (amianto, ferro, magnésio, madeira, panos, entre outros muitos). Além do uso de corticoides em crianças aparentemente saudáveis. 

Os moradores lembraram que essa é uma reivindicação antiga e que ainda não temos nenhuma solução por parte do poder público. “Todos nós cumprimos com as nossas obrigações com a prefeitura pagando o IPTU e outras taxas, o mínimo que se espera é o retorno desse imposto com benfeitorias para o Bairro, e não apenas poda de mato e limpeza urbana, necessitamos de cuidados maiores como providencias para diminuir a velocidade dos veículos no bairro, minimizar a poeira, infra estrutura das praças, melhoria no transporte publico, segurança, entre outras providencias. Sentimos-nos abandonados a nossa própria sorte e vemos nossas vidas (questão de saúde) e também nossos imóveis sendo cada vez mais desvalorizados pelo abandono desse bairro que é nossa morada, afinal viemos para cá em busca de qualidade de vida e estamos ficando com doentes por causa da constante exposição à poeira, constatação essa, que pode ser confirmada
pela diretora do nosso Posto de Saúde
“.

Sobre a necessidade urgente de lombadas ou calçamento com paralelepípedos

Foi lembrado na reunião que os moradores com seus próprios recursos e esforços fizeram lombadas na rua principal para minimizar a poeira, esforço que foi infrutífero, pois a subprefeitura, na pessoa do Sr Kaize, junto com a Guarda Municipal e trabalhadores do setor de obras da prefeitura retiraram as lombadas alegando que não é possível ter lombadas em vias não pavimentadas, pois não há como sinalizar, apesar da EMDEC ter colocado placas com limites de velocidade (30 km/h) na rua em questão.

Segundo os moradores, Osvaldo Kaise reconheceu a dificuldade dos moradores em relação à poeira, disse que se sensibiliza com os moradores e que desde abril tem entrado em contato com a secretaria de obras solicitando que fossem tomadas providências em relação às ruas principais do bairro, disse ainda que mobilizou o vereador Rossini para ajudá-lo nessa demanda.

Kaise também informou que, o que foi sugerido e solicitado à secretaria de Obras foi a colocação de uma faixa de paralelepídos ou asfalto, seguido da lombada e outra faixa de calçamento asfáltico ou de paralelepípedos ao longo das ruas de maior movimentação, podendo assim ocorrer a sinalização de solo conforme prevê a legislação. Isso diminuiria a velocidade e, portanto a poeira levantada com o movimento de veículos.

“Ele nos colocou a par da situação da subprefeitura que recebeu material, porém não tem mão de obra, uma vez que a mão de obra utilizada pela prefeitura é dos reeducandos do sistema prisional e que em virtude da pandemia não está sendo disponibilizando o serviço dos reeducandos.”

Segundo eles, Kaize ficou de dar uma posição até a próxima sexta feira (16/07/2021) sobre a resposta da Secretaria de Obras para a construção das lombadas. Lembramos a ele que as lombadas feitas pelos moradores (com recursos próprios) foi uma medida paliativa extrema, após anos convivendo com o
problema e com a realidade de aumento de tráfego de veículos, principalmente veículos pesados. Lembramos que a via é muito extensa e larga dando oportunidade para o aumento de velocidade dos que trafegam pelo bairro, muitas vezes ou quase sempre desrespeitando o limite de velocidade estipulado pela EMDEC, colocando em risco os pedestres, os transeuntes em geral e os animais, tanto domésticos como selvagens (sim, é constante o atropelamento de animais no bairro) além de outro fator relevante e
frequente: os “rachas”, manobras de motocicletas em alta velocidade e até “cavalos de pau”, principalmente em finais de semana.

Na reunião Kaize reconheceu a gravidade da situação e o perigo de acontecer algum “acidente mais grave”. “Foi colocado ao Subprefeito que, caso necessário reuniremos documentos, fotos e tudo o que for
necessário para ajudar a Subprefeitura a resolver o problema. Também foi informado que caso não houvesse providencias urgentes, serão feitos Boletins de Ocorrencia das situações vividas pelos moradores
.”

Outra medida paliativa que foi levantada seria o envio ao bairro de caminhões pipa para irrigação das ruas como foi feito algumas vezes nos últimos dois meses, o subprefeito esclareceu que os caminhões pipa são de uma empresa contratada pela prefeitura apenas para fazer a limpeza das ruas onde ocorrem
feiras livres, que as vezes ele consegue que a empresa faça a irrigação, mas que nem sempre esses caminhões estão disponíveis, disse também que tentará conversar com o órgão responsável pelo contrato para ver se consegue incluir esse serviço de irrigação das ruas principais do Village no contrato com a empresa.

Os moradores informaram que já fizeram a mesma solicitação várias vezes no 156 e encaminharam emails para a secretaria de infra estrutura da Prefeitura, porém não obtiveram sucesso.

Mais uma vez foi levantada a questão da pavimentação do bairro, já que existem tipos de
pavimentação e medidas que poderiam ser tomadas mesmo que o bairro fosse uma Área de Proteção Ambiental, conforme orientação de engenheiros ambientais e outros profissionais autônomos.

Kaize reconheceu que o Village não é área rural, e que a grande maioria dos proprietarios possuem escritura de seus imóveis e todos pagam o IPTU, esclareceu também que para a pavimentação do bairro é necessário a adesão por escrito de70% dos proprietários de imóveis, já que os custos dessa obra serão rateados entre eles. E que já cobrou do diretor técnico da EMDEC uma solução para o problema e que tem trabalhado no sentido de atender as solicitações, também propôs uma reunião com o secretário de obras da Prefeitura para que este coloque os moradores a par dos andamentos dos projetos para o bairro.

Essa semana Kaize 20/7 o subprefeito respondeu que solicitou as obras e reunião com o Secretário de Infraestrutura Mas ainda não teve respostas. E prometeu que as lombadas serão feitas mas depende de liberação de mão de obra especializada pela prefeitura.

Assinam: Maria Rita Gândaro Santos, Leandro Mello Negreti, Anna Julia de Carvalho, Renata Freitas Rocha Perrussi, Domenico Gallichio Neto, Moises Machado, Odilon Pereira Nascimento Neto e Luciane Bispo

Documentos entregues ao Sub Prefeito:
 Abaixo assinado pedindo emergencia nas medidas preventivas com 100
assinaturas. 
 Amostra da pesquisa on line dos moradores doentes, expostos a poeira e suas
dificuldades. 
 Relatorio da Amprovic encaminhado ao Ministério Público desde 2016
relatando os problemas do Bairro. 
 Copia da NR-15 anexo 12. 

  • Redação

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