O Banco BTG ainda está vendendo os 85% do controle acionário da Rota das Bandeiras que pertence aos fundos de investimentos RBH (Rodovias do Brasil Holding S.A) controlado pelo fundo internacional “Mubadala”, sediado na cidade de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos e ao OTP CRB Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia” (ou “OTP CRB FIP”) da Odebercht. Os controladores do fundo querem em torno de R$ 4,5 bilhões de reais para passarem o controle da concessionária responsável pelo sistema de estradas chamado por eles de “Corredor D. Pedro” (por ter a rodovia D. Pedro I como a principal do sistema). Porém até o momento, ainda não conseguiram fechar nenhuma proposta de investidores.
Em janeiro deste ano tanto O Globo como a analista Suno anunciaram a venda pelo BTG. Porém dias depois (17/01/22) o diretor administrativo e financeiro da empresa André de Paula Yusiasu divulgou nota informando seus acionistas, debenturistas e ao mercado em geral que o Mubadalla informou que as “oportunidades estratégicas” são avaliadas constantemente mas que “não existem atualmente negociações com terceiros a esse respeito“. Passados 4 meses, a venda continua. Além da crise econômica do pais e do mundo um dos motivos pode ter sido o prejuízo de R$ 48.059.861,73 conforme balanço de 2021 e o EBITIDA da Rota divulgado em abril. O que é pouco pelo lucros que a companhia arrecada.
HISTÓRICO
Segundo a Rota, em 27 de maio de 2019 a Odebrecht Rodovias S.A. (“ODBVias”) vendeu 85% do capital social da Companhia por R$ 2 bilhões para o RDB FIP (Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia SCP 1355) ficando com 15% das ações da Companhia, por meio do OTP CRB FIP. A venda foi aprovada pela ARTESP (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) e pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), no dia 28 de fevereiro de 2019 e pelos Conselhos de Administração da ODBVias.
Mas em 11 de maio de 2021 a Concessionária Rota das Bandeiras S.A. passou a ser controlada pela empresa RBH (Rodovias do Brasil Holding S.A.), e o RDB FIP permanece como controlador indireto da Companhia, uma vez que a RBH e a ODBVias no capital e e assumiu o controle completo de 300 km de rodovia, que corta 17 municípios da região, com mais de 2,5 milhões de habitantes e a ampliou em mais de 50 km.
AB