N.A.S. vai lançar 6 novas empreendedoras no mercado

Seis moradoras de Barão Geraldo, candidatas a novas empresárias apresentaram, no último dia 2/10, suas propostas de negócios no N.A.S. (Núcleo de Ação Social) para investidores e empresários parceiros da entidade: Duas delas já conseguiram o financiamento inicial . Mas o N.A.S. vem buscando novos investidores para atender as outras propostas de empreendimentos qualificadas e que apresentaram suas propostas.

São elas: Ana Maria Vasconcelos, Fernanda Oyata, Liliane Camilo de Lima , Nathalia Lethícia da Silva Nascimento, Maria Zilda de Souza Ferreira Franco e Rosilene da Conceição Eugenio (em ordem alfabética). Além de curso de capacitação para empreender, todas tiveram um “mentor” para auxiliar a montar o “plano de negócios”, fazer os cálculos e requisitos para apresentar aos investidores e orientações para resolver os problemas para conseguir crédito, como criar uma microempresa, pagar as dívidas, lições básicas de economia e contabilidade mínima, etc.

Participaram da reunião a diretoria, os mentores e muitos dos professores, voluntários, colaboradores e funcionários do N.A.S. , ´do Jornal de Barão, além da montanhista e professora de Educação Física de Aretha Duarte que recentemente conseguiu chegar ao topo do Monte Everest , o mais alto do mundo.

O presidente do N.A.S. João Moreno disse que a implantação do programa NAS Empreendedor foi também um aprendizado para a diretoria da entidade. Também uma nova aprendizagem pois segundo ele, o programa de empreendedorismo social é muito diferente de trabalhar com sustentabilidade social e o desenvolvimento humano em prol do processo emancipatório das famílias e que pode impactar bastante a comunidade do Real Parque e das famílias que foi o primeiro objetivo da fundação do NAS há 25 anos. Segundo ele, a primeira característica do empreendedor é acreditar. a segunda é a “persistência e resiliência” e a terceira é não ter medo de trabalhar sem ter hora para isso

. E ele acredita que o grupo de empreendedoras selecionadas tem essas categorias pois foram persistentes durante toda a preparação.

ARETHA DUARTE ENCANTOU A TODOS

A convidada especial da reunião de apresentação foi a atleta montanhista de Campinas Aretha Duarte que contou um pouco de sua vida e também como surgiu a idéia e todo o planejamento para escalar o Himalaia e chegar ao topo do Everest.

Aretha conta que é filha de migrantes de Pernambuco que vieram para Campinas nos anos 1980 e ocuparam um terreno no Jardim Capivari. No início dos anos 2000 a prefeitura doou o terreno o que possibilitou eles construírem sua casa. Desde a infância pegou o gosto por futebol e chegou a jogar na Ponte Preta . Aretha contou que trabalhou com venda de doces e salgados quando estava na escola. Por ter ganho bolsa, ela conseguiu cursar Processamento de Dados no colegio Bentinho que lhe possibilitou um estágio na agência do Banespa de Barão Geraldo. Depois, decidiu cursar Educação Física na PUC Campinas. Ela definiu fazer desse curso um meio de potencializar oportunidades para os mais pobres quando se formasse. Porém no 2º ano de faculdade um professor lhe apresentou possibilidade de trabalhar com Escalada e Montanhismo que foi o seu destino profissional. Com isso ela viajou a trabalho para dezenas de países do mundo, subiu as mais altas montanhas de vários países e continentes . Mas só conheceu o Everest por amigos em 2019 quando decidiu escalá-lo. “Sempre busquei fazer as coisas com afinco dedicação e disciplina da forma mais estraordinária possível”.

Segundo Aretha para atingir o Everest, os custos ficavam da ordem dos US$ 67.000 (cerca de R$ 400 mil) Por isso ela realizou um grande planejamento para conseguir esse montante. E o recurso que ela decidiu usar foi trabalhar com resíduos para reciclagem. Conseguiu criar uma rede de mais de 500 pessoas ajudando para juntar 130 toneladas, foi em diversos programas de TV e empresas e conseguiu juntar 130 toneladas Mas só a reciclagem não foi suficiente juntar o necessário e teve de correr atrás de patrocínio E conseguiu mais 7 empresas que complementou o valor. Ela conta ainda que o mais difícil foi arrecadar esse valor. Mas na subida ela também teve problemas seríssimos como edema pulmonar, queimadura da retina, frio e risco de queda. Mas com toda dificuldade conseguiu chegar no dia 23 de maio.

Aretha diz que o propósito do projeto “Aretha no Everest” não era atingir uma realização pessoal. O propósito era gerar esse impacto ambiental para que se difundisse a idéia de sustentabilidade. “Com certeza através disso havia uma conquista coletiva. O meu propósito estava gerando uma transformação e uma conquista para mais pessoas”

“Queria que voces enxergassem nessa realização que ela foi só o primeiro passo para o meu sonho grande que não era chegar no topo do Everest, mas sim de gerar transformação social: impacto positivo, transformação ambiental.”

Depois de ter conseguido chegar ao Everest Aretha decidiu assumir um compromisso de que todos as ações e projetos a partir desse momento teria esse sentido, “Eu tenho o desejo enorme de que mais paredes de escalada sejam instaladas em todos os lugares pobres do pais para que mais crianças tenham acesso a esse esporte ainda elitizado e mais acesso a tecnologia, robótica, filosofia , artes, “mentoria” , Uma oportunidade incrível de gerar auto conhecimento e identificar o potencial de realizar grandes realizações”

E depois ela deixou uma mensagem

“Acredito que descobri um poder dentro de mim. Um poder que tenho chamado de “P.I.B.” “poder interno bruto”. Não é exclusivo meu mas um poder que existe em todo mundo As vezes ele nao é reconhecido por falta de estrutura familiar, educacional, social, etc. Mas quando a gente descobre esse poder de realização a gente lapida esse poder e passa a sonhar grandes coisas. Pode fazer qualquer coisa grande. Mesmo que as coisas não estejam fáceis. Meu recado é que todos vocês descubram e ativem esse PIB e sigam em frente na busca de objetivo de voces. Tenham certeza que o objetivo de voces de transformação pessoal vai impactar toda a família de vocês e todo o entorno de vocês. Então não parem e sigam em frente Porque isso faz diferença para toda a sociedade”.

Aretha Duarte

CONHEÇA AS NOVAS EMPREENDEDORAS

Ana Maria e seu “Hot Dog Gratinado”

Ana Maria Vasconcelos

Ana Maria Vasconcelos apresentou sua proposta de empreendimento propõe abrir a “Pinkz Hot Dog” uma barraca de cachorro quente para produção e venda de hot dog gratinado por meio “delivery” que, segundo ela, não é vendido pelas nove pontos de venda de hot dog de Barão Geraldo. Seu objetivo é fazer propaganda e vender através dos aplicativos de entrega como Ifood, Uber Eats, Rappi e whatsapp. Ela conta que já tem experiência de 10 anos na elaboração de hot dog antes da pandemia mas que foi obrigada a abandonar devido à pandemia e problemas de saúde na família. Solteira cuida da mãe e tem dois filhos e tem nesse negócio a maior esperança de manutenção da família. Ana diz que tem como diferenciais ingredientes de qualidade, atendimento ágil, oferece “O melhor Hot Dog gratinado de Campinas” e tem como estratégia de venda para atingir 10% do público jovem de universitários da UNICAMP.

Fernanda Oyata e sua “Click Ovos”

Fernanda Oyata tem como proposta montar uma empresa especializada em venda e entrega de “ovos caipiras” pela internet. Moradora nova em Barão, veio de São Paulo em 2018, tem 42 anos, é casada e tem 2 filhos. Segundo ela quando chegou ficou incomodada ao comprar ovos em supermercados e se deparar com muitos ovos estragados. Ela pesquisou e viu que a forma de produção das granjas no Brasil com galinhas presas em gaiolas e descobriu uma forma de tratamento de galinhas nos EUA chamado de “free cage” que vivem livres e com alimentação balanceada para produção de ovos de maior qualidade. Com base nisso ela pesquisou e selecionou fornecedores e já abriu sua empresa de venda de ovos on line chamado de “Clique Ovos”.

Já atuando em Campinas e Barão desde 2020 a Clique Ovos vende cerca de 50 cartelas de ovos por mes, porém a partir desse investimento ela quer aumentar a quantidade de vendas e de seu faturamento com a estratégia de entrega de pedidos menores e mais frequentes (semanais) mantendo ovos frescos e curtíssima armazenagem pré-entrega.

Ela já possui páginas de propaganda em Facebook, Instagran, mercado livre, vendendo por whats app e já tem bastante clientes. Mas quer ampliar as vendas para poder finalizar sua loja virtual, comprar uma “impressora de ovos” e uma barraca de venda em eventos com a meta de algum dia poder montar sua loja física.

Liliane e seu “Pão Caseiro”

A proposta de Liliane Camilo de Lima é de ampliar seu empreendimento de produção e venda de pães artesanais na região de Barão Geraldo que já vem tocando há 5 anos. Liliane conta que até 2016 viva no Rio de Janeiro vendendo marmitex na rua, quando resolveram se mudar para tentar a vida em Barão. Aqui, ainda vendendo marmitex, decidiu fazer pães caseiros por hobby e logo começou a receber encomendas de vizinhos e amigos que diziam que seus pães tinham “o sabor da infância ou dos pães dos cafés na casa da vó“. E assim, ela decidiu fazer pães para a venda.

Seu público alvo são os moradores da Região da Mata Santa Genebra e os lojistas de Barão como oficinas mecânicas, salões de beleza, dentistas, minimercados, etc. Segundo ela o único concorrente em sua região é a Padaria Real Pães, que não produz pães caseiros que vendem. e além disso, há

Hoje são 5 pessoas, incluindo ela e seu esposo, que produzem e vendem de 80 a 120 pães diariamente. Mas Liliane quer alavancar seu negócio para passar a produzir 200 pães diários. E para isso precisa de capital para comprar máquinas mais potentes e adequadas para atingir essa meta e poder ampliar o mercado e empregos em seu negocio

Maria Zilda da “Help Baronni” (Costura leva e trás)

Maria Zilda de Souza Ferreira Franco apresentou sua empresa “Help Baronni” como uma “agência de customização têxtil” na prática, ela é especializada em fazer consertos e ajustes rápidos em qualquer tipo de roupa, a partir do “sistema leva e traz“. (Isto é, o motoboy vai buscar a roupa que necessita fazer o conserto e vai entregar depois de pronto. Com tudo acertado pelo whats app).

Segundo ela a empresa foi criada como um brechó chamado “Baronni” em 2003, em Barão, que se originou de uma boutique que ela havia aberto quando chegou em Campinas em 1996 e foi obrigada a encerrar a boutique por motivo doença.

Junto ao brechó, Zilda criou uma oficina de costura e serviços rápidos (troca de botão, zipers, barras, etc) e ajustes para adaptar as roupas industrializadas para as pessoas, porque percebeu que esse era um mercado muito promissor. E assim surgiu a Help Baronni.

Ela mesma fez uma pesquisa em setembro passado e descobriu que 74% das pessoas entrevistadas precisam arrumar suas roupas trimestralmente e que 77,2% não conhece nenhum serviço expresso nesse ramo. E que 50% gostariam de conhecer esse serviço de “leva e trás” que ela oferece. que trabalha com data e hora agendada na hora de contratação de serviços E que dá à sua empresa agilidade , pontualidade na entrega devolução das roupas

Para atingir o mercado ela reduziu a tabela de preços ampliou os horários para atender a todas as emergências

Para atingir essa meta de ampliar clientes e o negócio Maria Zilda precisa de um investimento para vários objetivos integrados: comprar vários equipamentos e equipamentos de informática, fazer publicidade pelas redes sociais, comprar o “esterilizador”, obter mais conhecimento, e ter capital de giro. Além da meta de gerar novos empregos.

Nathalia e sua loja virtual de moda jovem

Nathalia Lethícia Nascimento quer montar sua loja de moda jovem: a “NL Modas” que seria especializada em roupas para jovens de 18 anos a 25 anos e no estilo “tumbler” que segundo ela são roupas mais confortáveis para jovens.

Ela conta que já vem trabalhando pela internet porque precisa cuidar de sua avó e trazer uma renda para casa. Seu objetivo é criar uma loja virtual até final desse ano. Ela pesquisou e percebeu que em Barão não tem lojas para esse público. Nathália contou que a NL Modas vai funcionar com vendas via internet e entrega por motoboy inicialmente. E como vai trabalhar sempre com roupas de qualidade e preços baixos, ela pretende atingir toda Campinas e crescer futuramente para além, montar sua loja fisica etc..

Rosilene e a “Generoso Pizza Cone”

Rosilene da Conceição Eugênio conta a história de como surgiu sua empresa. Ela trabalhou por 14 anos cuidando de 7 kitnets e de uma senhora e, nos feriados aproveitava fazendo e vendendo ovos de páscoa, cestas, chocolates, doces e salgados para completar a renda.

Até que um dia ela foi dispensada e teve que intensificar sua paixão pela culinária para suprir as necessidades da família. Além disso, Rosilene diz que muitos vizinhos e pessoas da região já conhecem seu “dom culinário” e já são clientes.

Um dia ela e sua família conheceram a “pizza cone” em Sumaré e acharam prática e deliciosa demais . Ela fez uma pesquisa e descobriu que em Barão Geraldo não vende e uma encomenda de muito longe ficaria muito caro. Ela também identificou nessa pesquisa que grande parte de comidas rápidas e de delivery nem sempre tem qualidade e as pessoas têm valorizado mais comida fresca evitando produtos industrializados e valorizando massas e molho
caseiro.

Então ela decidiu criar esse negócio: a “Generoso Pizza Cone” Segundo ela, o nome do empreendimento é justamente porque essa pizza em forma de cone tem que ser generosa, com boa quantidade de massa e recheio (correspondente a 1/4 da pizza grande normal) e feita com produtos de qualidade deixam os clientes “nas nuvens”.

Além disso, outro ponto positivo para ela ampliar sua atuação culinária é que o investimento para produção da pizza cone é muito baixo, (entre maquinário e ferramentas) até a produção do produto em si. “O que irá me permitir margem de lucro favorável para recuperar meu investimento e reinvestir para crescer“. Seu principal público alvo, como não poderia ser diferente, são os estudante universitários (Unicamp e Pucc) que queiram comidas rápidas, gostosas e práticas e com um preço acessível. “E também famílias que queiram uma refeição diferente, ter uma noite divertida e ter essa experiência com os sabores.” – diz Rosilene.

E ela conta com o amplo crescimento do setor de delivery de produtos alimentícios e planeja usá-lo para distribuição e entrega das pizzas poderia ser de 2 formas: ou o cliente retira no local, sem taxa de entrega, ou o envio através do Ifood, que dá bastante visibilidade. ou por motoboy que ela ja tem disponibilidade em casa e reduz o custo do produto.

De todas essas, por enquanto apenas os negócios de Rosilene e Lucilene foram escolhidos para serem financiados por uma empresa a AGF Equipamentos

Arney Barcelos

  • Redação

    O Jornal de Barão e Região foi fundado em janeiro de 1992 em papel E em 13 de maio de 2015 somente on line

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