A diabetes é uma doença silenciosa que atinge 10% da população, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde. E a Associação dos Diabéticos de Campinas estima que na cidade existem 130.000 pessoas que possuem a doença, sendo que metade delas não sabe que sofrem dela por não fazer testagens. Mesmo assim a outra metade que sabe e se cuida, tem o seu tratamento comprometido por falta de medicamentos adequado e eficazes, ocasionando complicações em suas vidas e mortes.
E conforme o presidente da entidade, o professor e economista Marcello Bezerra, além de uma grande quantidade de mortes, isso acaba gerando varias consequências: além das várias complicações incapacitantes, que deixa a pessoa inepta ao trabalho, no primeiro momento, ausentando de forma regular; até leva-lo à invalidez, perdendo sua função vital de sua atividade, “ocasionando um preconceito muito grande com relação aos diabéticos no mercado de trabalho, de forma desnecessária, mas informo que podemos ter diabéticos bem controlados e com uma vida com bem estar. ”
A outra metade que não sabe que tem a doença, segundo ele, somente a descobre quando tem algum problema renal, cegueira, amputações, problemas de circulação, derrame entre outros; em decorrência da mesma e aí então vai buscar o tratamento, sendo que sua situação não permite o retorno à situação normal.
“Tudo isto ocorre, porque muitas vezes a doença demora para se identificar, de novo pela falta de testagem, o que retarda o início do tratamento. A dificuldade ao acesso de testagem em massa, ocasiona esta catástrofe, levando a óbitos e problemas crônicos irreversíveis. E os que já estão fazendo tratamento não tem remédios básicos nos postos de saúde, como insulinas adequadas, apenas as ultrapassadas. A falta da atualização dos medicamentos eficazes se dá entre os medicamentos orais e injetáveis, com defasagem tecnológica de ponta, sem contar que a falta de tiras para medir a glicose são dificultadas nos postos de saúde, pois nunca tem orçamento. Concomitantemente a isso, contamos com a ausência e a falta de profissionais de saúde treinados para o tratamento da doença no setor público, em resumo, uma catástrofe anunciada a qual age silenciosamente entre a população brasileira.
Segundo Marcello o tratamento para não ter complicações é muito caro, em média R$ 800,00 / R$ 1.500,00 por mês, só de remédios, se for considerarmos a renda média do brasileiro segundo a PNAD fica inviável pagamento somente dos remédios, sem contar médicos e exames, do tratamento padrão.
A Associação dos Diabéticos de Campinas tem procurado atuar com alerta e prevenção, orientação e ajuda aos portadores da doença e seus familiares há mais de 25 anos, porém em época de COVID-19, não estamos podendo ajudar de forma presencial e para resolver isto, criamos o canal do facebook para fazermos lives(palestras) para alertar e orientar a população no aspecto do tratamento e também como obter remédios, entre outros. Mostrando que existe uma luz no fim do túnel.
Marcello Bezerra, que é professor e economista e gestor na área de diabetes, é portador da doença há 35 anos mas sem complicações e tem experiência de 30 anos de atuação na área social da diabetes, como pode ser constatado pelo histórico, em vários jornais desde a décadas de 1990/2000.
Além de dirigente da associação local, Marcello foi vice presidente da ADJ (Associação de Diabetes Juvenil), vice presidente da FENAD (Federação Nacional das Associações de Diabetes) e tambem vice presidente da FEPAD (Federação Paulista das Associações de Diabetes), além de ter viajado o Brasil inteiro para conhecer as melhores condições de tratamento de diabetes. Foi um dos responsáveis pela implementação no SUS das tiras reagentes para medir glicose, após centenas de campanhas de detecção de diabetes, feitas no Brasil nos anos 1990/2000, em especial na região de Campinas, aonde depois de muito trabalho, foi obtida está grande conquista.
Veja os trabalhos da Associação dos Diabéticos
Segundo Marcelo desde o surgimento do Covid-19, a Associação vem realizando lives pelo facebook e whatsapp em várias associações de bairros, associações em geral e agremiações em Campinas, com o objetivo de alertar, informar e orientar o diabético e seus familiares, para reduzir tais números tão catastróficos.
“Estas lives estão sendo um sucesso e já fizemos várias, face a importância e o conteúdo do assunto, estamos à disposição para fazermos na sua associação ou agremiação, São duas lives de tempo curto aberto a perguntas, muita interativa. ”
Marcelo diz que embora a Covid-19 seja grave e todos devemos ter cuidado para não contrair, a diabetes mata mais e causa ainda mais problemas, “isto parece não estar claro para a população e gestores públicos de saúde.”
Segundo ele, a diabetes não é priorizada no âmbito da saúde pública, não tendo atenção. Aliás deixado como um assunto menor, pois ela não tem a mesma visibilidade da Covid-19 na imprensa, pois as mortes e os problemas decorrentes não são mostrados. “Temos que dar visibilidade e mostrar a importância para a população.”
Marcelo diz que a parte boa é que tudo isto pode ser revertido e todos terem uma vida saudável: “Isto é possível, eu como diabético há 35 anos, sem complicações, sou a prova viva disto e explico nas lives, não é fácil, mas é uma batalha que precisamos vencer dia a dia, com as devidas orientações e conscientização. Conheça nosso trabalho e veja que podemos lhe ajudar, todas as atividades são gratuitas.”
Palestras com os temas:
1-(Diabetes mata mais que Covid)
2-(Conheça e saiba tratar diabetes, para não morrer)
3-(Como obter tratamento adequado) 4-(Como ter uma vida sem complicações)
“Estamos aqui para reduzir este problema, pois com certeza você tem um parente, um vizinho ou amigo com diabetes” disse Marcelo
Contate para fazemos um live e ajudá-los em seu grupo, associação ou ONG.
Contato pelo e-mail assoc.diabetes.cps@gmail.com,
telefone 19-99797 0135 ou
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