Pavão Cultural realiza exposição e encontro em homenagem às mulheres

O Instituto Pavão Cultural está realizando a exposição “Proximidades Desiguais” com obras produzidas por 15 artistas mulheres, em técnicas e dimensões variadas. A mostra estará aberta ao público, a partir de 6 de março. A curadoria é do artista plástico e professor da Unicamp Sérgio Niculitcheff.  Participam da exposição as artistas Ana Calzavara; Fernanda Pupo; Júlia Stradiotto; Julia Goeldi; Lilian Walker; Luise Weiss; Lygia Eluf; Maria Bonomi; Natalia Gregorini; Paula Almozara; Paula Chimanovich; Rochelle Costi; Sylvia Furegatti; Renina Katz e Vania Mignone.

Entre as peças estarão a série em óleo sobre tela “Mais um passo e se desfaz”, de Ana Calzavara; a aquarela “Casquinha (I)” com tule bordado, linha e miçangas sobre papel de Julia Stradiotto; a gravura digital “Rio das Almas”, de Lygia Eluf, e “Pequena coleção de cenas cotidianas #1”, transferência de fotografia por meio de impressão lito offset sobre chapa de alumínio reciclada, assinada por Paula Almozara.

Luise Weiss leva a xilogravura “Barco” e Lilian Walker, “Humosa”, da série “Crosta”, tinta óleo e impressão fotográfica em tela. Maria Bonomi participa com a litografia “Os seios de Vênus”, e Paula Chimanovitch, com “Mula sem cabeça e Jorogumo (Jogando)”, acrílica sobre tela.

Rochelle Costi leva um print analógico da série “Uma festa – Cofre”; Sylvia Furegatti, a impressão fine art “Hojas (cimento)”, e a litografia “Limiar” é a participação de Renina Katz.  Vânia Mignone leva quadro sem título em técnica mista sobre papel, e Fernanda Pupo, um sem título em carvão e tinta acrílica sobre papel. Natalia Gregorini entra com as inusitadas peças de “Memória, corpo, casa”, matrizes e impressões de gravura em embalagem longa vida.

E AINDA TEM O MulherADA TEC NESTE SÁBADO

O espaço sedia ainda, no dia 7, o evento “MulherADA Tec”, com palestras de seis mulheres pesquisadoras, professoras universitárias e produtoras de conteúdo nas áreas de Ciência e Tecnologia.

O mundo dos “assuntos femininos” na Internet vai infinitos gigabytes além da maquiagem e da moda. Pra mostrar, na prática, que mulher tem lugar de fala sobre o que ela quiser, a agência NuminaLabs traz para o Instituto Pavão Cultural no dia 7 de março o MulherADA Tec, evento com seis “minas” que andam arregimentando legiões de seguidores e fãs de seu conteúdo e produção científica sobre computadores, arqueologia, AI, cultura hacker, Machine Learning e muito mais.

 MulherADA Tec – cujo nome homenageia a pioneira da computação Ada Lovelace – acontece das 17h às 22h, com falas curtas e tempo para interação com o público. Nos intervalos, rola música das pick-ups da DJ Pagu. 

Participam Camila Laranjeiras, da Bahia, mestre em Ciência da Computação que fala de tecnologia no canal Peixe Babel no YouTube; Virgínia Fernandes, de Minas Gerais, professora universitária e doutora em Ciência da Computação, também do Peixe Babel; Márcia Jamille, de Sergipe, mestre em Arqueologia, do blog Arqueologia Egípcia, agora também no YouTube; Rita WU, de São Paulo, arquiteta, designer e pesquisadora que em seus trabalhos explora a relação entre corpo, espaço e tecnologia; Ana Carolina da Hora, do Rio de Janeiro, estudante de Ciência da Computação, influenciadora e voluntária em Iniciativas que incentivam a inserção de meninas e mulheres na tecnologia.  e Sandra Ávila, doutora em Ciência da Computação e professora da Unicamp que participa do desenvolvimento de um software capaz de agilizar diagnósticos de melanoma (câncer de pele).  

“Reuniremos pela primeira vez essas mulheres para falarem ao público de Campinas. Para nós, é bem mais representativo do significado do Dia da Mulher a demonstração do trabalho de profissionais que estão fazendo história, produzindo e impactando a sociedade, do que suas trajetórias pessoais como mulheres rompendo barreiras em um mundo predominantemente masculino”, reflete Isabela Schirato, sócia da NuminaLabs.  

O evento, informa Isabela, contará com palestras de cerca de 15 minutos. “A cada duas falas teremos interação com o público e um intervalo”, comenta. Tudo será filmado e o material, editado e publicado nos canais Peixe Babel e Arqueologia Egípcia.

Os ingressos valem R$ 30 e incluem uma breve apresentação da exposição Proximidades Desiguais, feita pela equipe de arte-educadores do Pavão para o público que puder chegar mais cedo – com pelo menos uma hora de antecedência. A mostra reunirá 15 artistas mulheres e abrirá ao público em 6 de março. Todas as artistas tem alguma relação com Campinas e a Unicamp. São professoras, alunas e ex-alunas da Unicamp e artistas com obras no Gabinete de Estampas da Universidade. Os arquitetos Teresa Mas e Mario Braga, gestores do Pavão Cultural, idealizadores da exposição, convidaram para a curadoria o artista plástico e professor da Unicamp Sérgio Niculitcheff.   

“A iniciativa de receber um evento tec num espaço de artes integra a nossa proposta de ‘furar bolhas’, demonstrar que os assuntos são complementares e que nem arte nem tecnologia devem estar restritas a círculos fechados”, comenta Teresa Mas. O Pavão conta ainda com serviço de bar e petiscos. 

Os lugares para o MulherADA Tec, que tem patrocínio do IFood e do Instituto Serrapilheira, são limitados. As inscrições devem ser feitas neste link.

Meninas Super Cientistas

As palestrantes do MulherADA (com exceção de Ana Carolina da Hora) participam, na manhã do dia 7, do primeiro encontro em 2020 do projeto Meninas SuperCientistas, promovido pela Unicamp, que tem como objetivo incentivar meninas a seguirem carreira na área científica. O evento consiste de atividades (como palestras e minicursos) realizadas por cientistas com 60 alunas do Ensino Fundamental II (de escolas públicas e privadas) previamente inscritas, para que elas conheçam a atuação de mulheres nesse meio.  

Nesta edição serão realizadas atividades em cinco sábados (07/03, 14/03, 21/03, 28/03, 04/04) nas dependências da Unicamp e em visitas ao Museu Aberto de Astronomia (MAAs) e ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). 

Os temas do MulherADA Tec

“Pensamento Computacional como estratégia da cidadania digital” (Ana Carolina da Hora): Como o pensamento computacional pode ajudar a formar pessoas capazes de não só identificar as informações, mas, principalmente, produzir soluções para os desafios que temos em sociedade, alinhadas à reflexão sobre o cotidiano. 

“O que competições podem te ensinar?” (Camila Laranjeiras e Virgínia Fernandes, do canal Peixe Babel): A área da tecnologia está em constante mudança. Novas tecnologias surgem a cada minuto e fica até difícil de acompanhar. O que pode ajudar é um ambiente ao mesmo tempo colaborativo e competitivo, permitindo que uma grande comunidade aprenda em conjunto, incentivando-se e se divertindo no processo. Olimpíadas de informática, competições de robótica e até trabalhos em sala de aula podem ser o incentivo perfeito para aprender algo novo.

“Inteligências tecnológicas: abordagens criativas para um futuro menos distópico” (Rita WU): Máquinas inteligentes estão entre as mais incríveis invenções dos seres humanos e nos mostram o potencial que temos na resolução de problemas, principalmente daqueles criados por nós mesmos. Como tudo, essas maravilhas também podem ser usadas para aumentar as desigualdades de todos os tipos, ainda mais quando intangíveis, como os dados, e passam a ser o ouro da contemporaneidade. Como podemos fazer com que essas novas inteligências sintéticas nos ajudem a sonhar futuros alternativos antes que se tornem o grande pesadelo da humanidade?

“O Futuro pertence à Arqueologia?” (Márcia Jamile, do blog e canal Arqueologia Egípcia): As Pirâmides do Egito, o Coliseu, a Muralha da China, Serra da Capivara. Todos estes lugares têm algo em comum: são alguns dos mais famosos sítios arqueológicos do mundo e que existem há mais de mil anos. Uma época em que os meios de comunicação e registros históricos eram extremamente restritos. Ainda assim, tais sítios tornaram-se lembretes importantes da existência das sociedades às quais eles pertenciam, o que nos faz questionar os dias de hoje. Será que, graças à era digital, onde compartilhamos de tudo, os arqueólogos do futuro não terão mais utilidade?

Inteligência artificial tornando a medicina mais humana (Sandra Ávila): Para muitos, o termo IA evoca imagens de um futuro distópico em que os robôs se infiltram na sociedade e substituem nossos empregos — uma percepção gerada de histórias fabulosas. Mas mais do que empregos, a IA vai mudar a sociedade e as relações humanas. A assistência médica será transformada através de uma melhor análise dos nossos dados com o uso da IA. Consequentemente, isso pode contribuir para uma medicina cada vez mais proativa, personalizada, e até mais humana. 

 

Mais informações pelo e-mail araujo.sammya@gmail.com 

Ou  pelo Facebook do Pavão Cultural

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  • Redação

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