por Adilson Roberto Gonçalves
A placa referindo-se ao Super Barão subsiste. Já há tantos anos que o mercado não existe e foi substituído por uma rede grande em que opõe o quanto se paga para levar os produtos ali vendidos.
A fotografia que ilustra este texto contém a indicação do shopping center, com seu nome, talvez uma propaganda gratuita ou mídia espontânea como rotulam hoje em dia, diferente de outras placas em que apenas a natureza de local de compras aparece. Porém, não existe indicação do acesso ao distrito para quem vem da rodovia Anhanguera e entra na D. Pedro. Há apenas a indicação para permanecer nas pistas da esquerda. Mas chegando perto do Tenda, nada indica que é para sair ali
para pegar a alça de acesso sobre o Tapetão em direção à entrada de Barão. Quem não conhece, seguirá em frente e deverá fazer o retorno no Shopping D. Pedro, apostando no seu Waze ou GPS.
Nosso local de moradia parece, assim, uma exceção dentro do conjunto urbano de Campinas. O CEP começa com 13, como o resto do município, mas parece que ele, localmente, implica uma outra sociedade. Por exemplo, o CEP daqui determina preços maiores para produtos e serviços.
Hoje o mais visível é o combustível, em que pagamos ao menos R$0,50 a mais por litro de etanol em relação a postos de combustíveis no Centro e em outros bairros de Campinas. O preço na placa é implacável!
A história de Barão Geraldo é rica e as matérias e reportagens antigas referentes ao Boi Falô estão sendo bem retratadas em uma série de resgates pelo Jornal de Barão. Por outro lado, placas sinalizadoras de locais e eventos não temos. Sequer sabemos o que significam as pessoas que dão nomes às ruas, avenidas e praças. Uma história restrita e não compartilhada, tudo isso em um Distrito em que boa parte de sua população teve a oportunidade de conhecer outros países em que a cultura e a memória geográfica são muito valorizadas. Não é desconhecimento, é desinteresse.