Prefeitura muda tudo para enfrentar mudanças climáticas (agora é “SECLIMAS”)

A Prefeitura de Campinas decidiu mudar ações para enfrentar as Mudanças Climáticas . Além de mudar o nome da antiga Secretaria do Verde , Meio Ambiente (que agora se chamará Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade – “SECLIMAS”), também terá um Comitê Municipal e pacote de ações para enfrentar os impactos das mudanças climáticas e lançaram um Portal” virtual . A decisão foi anunciada em um evento na Sala Azul do Paço Municipal dia 15/2 (1º dia após o Carnaval).

Entre as novas medidas estão a assinatura de dois decretos pelo prefeito Dário Saadi: o que cria o Comitê Municipal de Enfrentamento aos Impactos da Mudança do Clima e o que muda a denominação da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SVDS) para Secretaria Municipal do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas).

Outra novidade é o lançamento do Portal das Ações Climáticas de Campinas (portal.campinas.sp.gov.br/sites/acoesclimaticas), que vai mostrar as principais fontes de emissão de CO2 na cidade, o número de árvores plantadas, as toneladas de CO2 absorvidas e as toneladas de emissões evitadas. 

O Comitê Municipal de Enfrentamento aos Impactos da Mudança do Clima será formado por grupo gestor (deliberativo), grupo técnico (consultivo) e câmaras temáticas (participativo), além do Grupo de Emergência Climática, ligado à Defesa Civil e que já está instalado e em funcionamento.

Já a Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SVDS) muda de nome e passa a ser Secretaria Municipal do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas), e o Departamento do Verde e Desenvolvimento Sustentável (DVDS) passa a ser Departamento de Mitigação e Adaptação Climática (DMAC).

Além dos próximos passos para implementação da Política Municipal de Enfrentamento dos Impactos da Mudança do Clima e da Poluição Atmosférica de Campinas, também foram apresentadas no evento as ações já realizadas. 

Segundo o prefeito Dário Saadi, a administração municipal tem feito tudo o que é possível para que a cidade se torne mais resiliente e resistente a extremos climáticos. O inventário de emissão de gases do efeito estufa, por exemplo, foi citado como exemplo dos avanços da cidade. “Todas as secretarias estão desenvolvendo ações, buscando minimizar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Esta luta não cabe somente à Prefeitura, mas toda a sociedade deve colaborar”, afirmou. 

De acordo com a secretária interina do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Andrea Struchel, os dois decretos assinados pelo prefeito fazem parte de uma ação contínua de adaptação e mitigação de enfrentamento à crise climática. “Isso significa que Campinas já fez seu inventário de gases do efeito estufa, já aprovou sua política de meio ambiente e está aprovando o Plano de Ação Climática e sendo auditada por organismos internacionais”, disse. 

O evento também teve a participação de representantes de instituições parceiras da Prefeitura na área do desenvolvimento sustentável, como a analista sênior para ações climáticas integradas do WRI, Raisa Soares. Ela destacou o apoio que o WRI está oferecendo a Campinas na elaboração do Plano Local de Ação Climática e o papel dos servidores para o sucesso dos projetos. “É sempre um prazer trabalhar com Campinas que possui técnicos comprometidos e que garantem a efetividade das ações realizadas. Podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que Campinas está construindo um caminho muito próspero para se estabelecer diante de todos os compromissos assumidos como uma cidade verde, resiliente de baixo carbono e igualitária”, ressaltou. 

Participaram ainda o presidente da Câmara Municipal, vereador Luiz Rossini; do vereador Carlinhos Camelô; da pesquisadora do Cepagri Unicamp, Ana Ávila; do coordenador e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado; e o diretor do Departamento de Sustentabilidade do Ciesp/Campinas, Luiz Fernando Bueno.

(AB)

foto Rodrigo Capella

Ações 

Entre as ações a curto prazo em prol do enfrentamento das mudanças climáticas anunciadas nesta quinta-feira, 15, estão as seguintes: 

– Ampliação de 7 para 15 as equipes para manejo da arborização urbana;

– Ampliação do processo de compostagem da Usina Verde;

– Contratação de empresa especializada para análise, poda e remoção de árvores nas 208 escolas;

– Ampliação da coleta mecanizada;

– Monitoramento das áreas de descartes irregulares com câmeras da Cimcamp;

– Lançamento do programa de Capacitação de Agentes Comunitários para Desastres e Emergências;

– Expansão dos muros de gabião, intensificação da limpeza das bocas de lobo, e outras;

– Em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), a Prefeitura também irá desenvolver e disponibilizar uma ferramenta para calcular a neutralização do carbono.

acesse o “Portal de Ações Climáticas”

O Portal das Ações Climáticas (portal.campinas.sp.gov.br/sites/acoesclimaticas) já está no ar e apresenta informações sobre as ações em andamento ou já executadas para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas como, por exemplo, a macrodrenagem da bacia do anhumas, usina verde, banco de áreas verdes, ppp da iluminação pública, plano cicloviário, publicação de alertas da Defesa Civil, monitoramento das arboviroses e outros. 

Por meio do portal será possível ter mais informações sobre os compromissos políticos assumidos por Campinas, a Política Municipal do Clima, além de um glossário climático e outros tópicos relacionados ao tema.

Segundo a assessora técnica da Seclimas, Ângela Cruz Guirão, que realizou a apresentação das ações, no portal será possível saber o quanto de mudas Campinas plantou nos últimos três anos e o que isso representa em termos de absorção de CO2. São 369.817 mudas que absorveram 51.795 toneladas de CO2. “Estas informações estão à disposição da população e os conteúdos serão atualizados conforme o andamento das ações”, disse. “Além disso, é possível encontrar informações como, quais são as principais fontes de emissão de CO2 nos últimos anos e uma linha de tempo que conta como Campinas vem atuando na agenda climática nos últimos dez anos”, completou Ângela.

  • Redação

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