A Prefeitura de Campinas está com medo de uma nova epidemia de dengue na cidade na cidade em 2020 e resolveu abrir uma guerra em vários campos contra a doença e seu principal vetor : o mosquito. Até dia 22/11 foram confirmados 26.259 casos de dengue somente em 2019. Segundo a TV Bandeirantes, a Saúde prevê uma epidemia para o ano que vem, com a possibilidade de se repetir os números de 2015, quando 65 mil pessoas ficaram doentes. VEJA DETALHES DA CAMPANHA ABAIXO
Vários condicionantes induzem à essa previsão: os dados estatísticos, a demora ou o não envio de inseticidas pelo Governo Federal, a previsão de ampliação das chuvas a partir de agora visualizam uma tendencia assustadora. Então o caminho é combater com prevenção
E por retomou a nebulização que começou em Barão Geraldo – que historicamente foi uma das áreas que mais se proliferou no passado – e continua pela Zona Norte e também nas regiões de Campo grande e Ouro Verde. Além disso realizou debates e cursos com alunos e em escolas municipais para ajudar em todo o programa de prevenção.
RETOMADA DA NEBULIZAÇÃO COMEÇOU POR BARÃO MAS É MENOS EFICAZ
Conforme a Secretaria de saúde, a nebulização estava parada desde junho porque o Ministério da Saude não repassou o inseticida!
O secretário de Saúde, Carmino de Souza, alega que o município manteve contato com a União à espera de retomada no fornecimento, porém, como não foi sinalizado prazo, foram investidos R$ 11.500,00 na compra porque Ministério da Saúde deixou de fornecer produto. “Nenhuma cidade comprou inseticida […] isso não é atribuição do município. Compramos inseticidas pouco tóxicos, domésticos, uma ação menos eficiente que o Malathion, uma dispersão mais rápida no meio ambiente. Foi uma decisão consciente e é melhor ter isso do que não ter nada”, ressaltou . Ele estima, porém, que o inseticida liberado para aquisição é 50% menos eficaz no combate.
A explosão dos casos está sendo projetada para fevereiro de 2020. Para isso, a Prefeitura de Campinas vai instalar quatro “dengários” nos Hospitais Mário Gatti, Ouro Verde e nas UPAs Carlos Lourenço e Campo Grande. Os “dengários” são espaços destinados exclusivamente para atender pacientes da doença, com cadeiras para hidratação.
Além disso, a prefeitura já fez a compra antecipada de insumos como soro, cadeiras de hidratação, além de previsão de contratação de exames. Só de hemogramas estão sendo estimados 100 mil exames.
O secretário municipal de Saúde, Carmino de Souza, destacou o engajamento de todas as secretarias nesta campanha. “O nosso modelo de combate à doença está sendo adotado em todo Brasil, inclusive pelos governos estadual e municipal”, contou o secretário.
PREFEITURA REALIZOU SEMINÁRIO PRA ATUAR NA EDUCAÇÃO PÚBLICA E PENSAR A SITUAÇÃO
O seminário “Todos contra a Dengue” foi realizado segunda e terça passadas , para se pensar as atividades da segunda edição da campanha de combate às arboviroses em Campinas. Também há exposição de trabalhos de alunos de 15 escolas municipais sobre o tema combate ao mosquito da dengue.
O objetivo do seminário é conscientizar a todos sobre a necessidade de combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e da chikungunya, ampliar a parceria com a sociedade civil, o terceiro setor e a Prefeitura na promoção da saúde pública e manter a parceria já existente com entidades do terceiro setor.
Nas 206 escolas municipais de ensino infantil e fundamental, as ações de prevenção às arboviroses já fazem parte do curriculum escolar.
A importância da participação de alunos das escolas municipais também merece destaque. “O trabalho de combate à dengue faz parte do projeto pedagógico da Rede Municipal de Educação e trabalhamos com idades de 0 a 100 anos, desde o ensino infantil até o EJA (Educação de Jovens e Adultos)”, relatou a secretária municipal de Educação, Solange Pericer.
“As crianças servem de agentes multiplicadores, porque o que elas aprendem na escola, levam para casa e ensinam pais e avós como combater o mosquito”, completou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Secretaria Municipal de Saúde, Andréa von Zuben.
O Seminário cursos etc também faz parte da Campanha que é promovida pelo Comitê Municipal de Prevenção e Controle das Arboviroses, criado em 2015 pela Prefeitura de Campinas para potencializar de forma intersetorial as ações de enfrentamento das arboviroses. A dengue, a zika e a chikungunya são arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O comitê reúne 16 secretarias municipais, a Sanasa e a Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência.
Prefeitura e Centro de Saúde promoverão “caminhada” dia 14 em Barão
Em novembro os centros de saúde de Campinas promoveram atividades relacionadas à importância do controle de criadouros e também para informar as pessoas sobre as doenças. Em alguns da Zona Sul houve apresentações de peças de teatro, palestras, distribuição de panfletos, exposições e espaços para orientações.
“A administração destaca que mantém um programa de controle e prevenção da dengue com um comitê de arboviroses ligado diretamente ao gabinete do prefeito e mantém, entre outras ações intersetoriais:
- mais de 1 mil pessoas trabalhando em campo na remoção de criadouros
- telagem de caixas d’ água
- busca de pessoas com sintomas
- monitoramento de imóveis especiais com grande circulação de pessoas e de pontos estratégicos que podem ser favoráveis à existência de criadouros
- ações de informação e educação em saúde
- capacitação de equipes
- bloqueio químico