Desde setembro passado alguns apoiadores dos candidatos a reitor que disputam a “consulta” esse mes de Março, invadiram os grupos do Facebook de Barão e também do jornal com muitas e insistentes propagandas muito bonitas e bem feitas lembrando uma disputa eleitoral para cargos de Prefeito, vereador etc E a crescente campanha chamou ainda mais a atenção depois de oficializadas as 3 candidaturas no final de janeiro e iniciados os debates por faculdade.
Três chapas de candidatos à Reitor e vice foram oficializadas . A primeira do professor Antonio José de Almeida Meirelles, conhecido como “Tom Zé”, da FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos) junto com a médica professora Luiza Moretti da FCM (Faculdade de Ciências Médicas); a segunda chapa do professor Sérgio Salles-Filho, do IG (Instituto de Geociências) junto com a atual Pró Reitora de Graduação a médica Eliana Amaral, e a terceira chapa do médico e professor Mário Jose Abdalla Saad, da FCM (Faculdade de Ciências Médicas) junto com o professor Marco Aurélio Zezzi Arruda do IQ (Instituto de Química).
Mediante à forte disputa, o Jornal fez uma pesquisa com integrantes de seus grupos e páginas sobre o que esperam que a Unicamp possa oferecer a Barão especificamente ALÈM do que já vem oferecendo (veja abaixo tudo o que a Unicamp oferece) e os interesses de Barão em relação aos recursos públicos que sustentam a riquíssima e enorme universidade (que além de Barão tem cursos , laboratórios e pesquisas em diversas cidades como Campinas, Paulínia,. Limeira, Piracicaba, Hospital em Sumaré, e até escritórios no Amazonas). Mas pouco esperávamos das respostas devido ao fato dos fortes compromissos da Reitoria Unicamp tanto com a comunidade interna, mas sobretudo com a política universitária paulista, e científica nacional e estadual e até internacional.
Os candidatos a Reitor e Vice (ou coordenador geral) da Unicamp disseram em termos gerais que estão abertos às reivindicações de Barão Geraldo, porém defendem uma retomada ou “fortalecimento” do que já é oferecido ha anos. E em resposta à pesquisa e solicitações do Jornal de Barão, em linhas gerais, muito pouco oferecem a Barão além do que a Unicamp já oferece normalmente a qualquer um que tenha condições de acompanhar suas ações.
É claro que sabemos e não duvidamos do impacto da Unicamp em termos de dinheiro que é gasto nos comercio regional e nacional (R$ 6.375,8 milhões em termos do PIB gerando 77.702 empregos, o que equivale a 9,9% de todo o PIB de Campinas em 2019 – bastante próximo do que é produzido em Barão Geraldo mesmo ALÈM da Unicamp que é cerca de 10% do PIB de Campinas E QUE NÃO TEMOS RETORNO)
Por isso, como a prioridade e o papel do Jornal é Barão Geraldo (como local que abriga a Unicamp SEM os míticos “privilégios” que usam para nos negar todos as necessidades) então, questionamos os 5 principais interesses ou necessidades citados pelos baronenses em nossa enquete:
1) Mais cursos (livres) para a sociedade (pagos e gratuitos)
2) Mais lazer nos finais de semana (o que inclui bibliotecas, museus, Casa do Lago, centros de divulgação como o Centro de Memoria, realização FORA do Campus, etc)
3) Apoio à preservação de patrimônios históricos e ambientais
4) criação de uma UPA 24h (Unidade de Pronto Atendimento) – com a Prefeitura e Estado é claro)
5) Criação de um Hospital ou Clinica veterinária
6) Biblioteca Central 24h e finais de semana
Há também outras propostas mas bem pouco votadas
Além disso também questionamos sobre a situação da Moradia Estudantil e um prognóstico sobre se haverá retorno às aulas presenciais ate 2022 ou não
IMPORTANTE RESSALTAR QUE NÃO PUDEMOS COLOCAR TUDO O QUE DISSERAM E ENTÃO ESCOLHEMOS AS PARTES MAIS OBJETIVAS POSSÍVEL
O professor Tom Zé diz que que um dos princípios da candidatura dele e da professora Luiza Moretti, candidata a vice, é ser “Uma universidade que abraça e se deixa abraçar pela sociedade”. E que por isso estão abertos a acolher a comunidade de Barão Geraldo na Unicamp, “ao mesmo tempo em que queremos ser acolhidos por essa comunidade.”
O professor Sérgio Salles disse que é preciso tornar a Unicamp uma universidade mais aberta e que ela tem muito a oferecer (entre outras coisas) . E para isso estão dispostos ao diálogo para tratar das questões relacionadas ao entorno dos “campi” (nome que dão às sedes em Barão Geraldo, Limeira e Piracicaba. Em Paulinia possuem apenas um laboratorio de pesquisa) “e vamos investir fortemente na comunicação e na aproximação com a sociedade. Para ampliar o engajamento com a sociedade”
O professor Mário Saad disse que tem certeza de que a Unicamp pode fazer mais por Barão porque tem a obrigação de devolver para à sociedade e é fundamental a devolução para a comunidade mais próxima dela. Ele reconhece que já existe essa relação que é muito forte mas que “essa relação pode ser incrementada por várias formas”
MAIS CURSOS PARA A COMUNIDADE
Todos os candidatos ressaltaram os programas que já existem e que pretendem fortalecer para a comunidade de Barão – através da Escola de Extensão (cursos de alta qualidade , porém pagos), do projeto UniversIDADE (para a 3ª idade), do INOVA, e outros centros
Segundo o professor Mário, uma das maneiras de incrementar a relação da Unicamp com Barão Geraldo é através das atividades de Extensão e dos cursos Mas para isso é preciso “ouvir a comunidade” e sentir quais são as necessidades. “Pois se a universidade vem com um pacote de cursos prontos, isso pode não satisfazer as necessidades da população. E como a Unicamp é uma universidade grande ela possui conhecimento profundo em várias áreas. E pode oferecer uma ampla gama de cursos que podem ser de interesse inclusive de muitas pessoas em Barão. E também difundir mais cultura no Distrito.”
Professor Mário também propôs criar um (mais um) cursinho comunitário nas escolas ´públicas de Barão para ajudar os alunos que concluíram o ensino médio a passarem no vestibular de universidades públicas. Embora ele saiba que já existem vários cursinhos na Moradia , na Unicamp e em Barão professor Mário acha que dá pra fazer mais “Esses cursinhos preenchem as vagas muito rapidamente” e que , se eleito vai conversar com os alunos e ampliar bolsas para isso
O candidato Tom Zé disse que tem a intenção de fortalecer e renovar a Escola de Extensão (Extecamp) e melhorar seu atendimento ao público “tornando-a mais dinâmica e adequando a divulgação dos cursos a cada público-alvo”. Tom Zé diz que, por ter compromisso de uma gestão “aberta ao diálogo com todos os segmentos da sociedade”, estão abertos a acolher sugestões da comunidade de Barão Geraldo em relação à demanda de cursos em torno de temas de interesse.”
Da mesma forma os professores Sérgio Salles e Eliana disseram que pretendem ampliar as ações de Extensão com mais atividades, incluindo cursos sobre diversos temas, que possam atender também às comunidades que vivem no entorno das sedes da Unicamp.
Eles dizem que pretendem criar apoio aos centros e núcleos de pesquisa (e nos Colégios Técnicos) para desenvolverem projetos nas áreas de inovação e Empreendedorismo e outros projetos voltados à população “que promovam um diálogo e parceria dos cursos regulares com as comunidades locais.
Em especial, Sérgio Salles diz que tem outra proposta de implantar o Centro de Formação de Professores (Educação Infantil e Básica) voltado a promover a inovação em Educação e Formação de Professores, com programas de educação continuada e especializações, projetos de intervenção e pesquisa. “A atuação deste centro poderá ter um impacto positivo nas escolas de Barão Geraldo”.
2º) MAIS LAZER NOS FINAIS DE SEMANA
Os professores candidatos Sérgio e Eliana pretendem estabelecer parcerias entre as instâncias de segurança e vivência do campus com as da Cultura para promover e manter programas de atividades artísticas, culturais e esportivas nos espaços públicos de todas as sedes (além de Barão, nos campi das faculdades de Limeira e Piracicaba). “Nossa proposta é que a oferta de atividades ocorra em todos os períodos e nos finais de semana, recuperando a percepção de um campus vivo e vibrante.”
Sergio e Eliana lembram que a Unicamp tem também vários Museus , que promovem atividades didáticas e recreativas. “Mas pretendemos investir para ampliar a divulgação de suas atividades tanto interna como para o público externo. Barão Geraldo merece isso e a Unicamp tem condições de oferecer esses espaços, promovendo uma maior integração da universidade com a sociedade.” – disse Salles
O candidato Tom Zé disse que, por defender a universidade mais integrada ao seu entorno, sua candidatura com a professora Luiza pretende retomar uma agenda de eventos culturais, artísticos, esportivos para a comunidade da Unicamp mas que possam ser acessados também pela população de Barão Geraldo. Eventos como o “Música no Campus”, os passeios ciclísticos devem ser retomados e apoio aos eventos esportivos, como a “Volta da Unicamp”, apresentações circenses e da Orquestra. “É nosso compromisso revitalizar o uso da concha acústica do campus de Campinas para conferências e concertos e também estudar formas de uso mais efetivo do Ginásio Multidisciplinar, sempre considerando a legislação e suas finalidades próprias.”
Sobre o centro cultural Casa do Lago (que é quase integrado à parte 2 da Cidade Universitária) Tom Zé diz que quer recuperar a vocação de centro transdisciplinar. “Esse espaço cultural privilegiado, hoje infelizmente subutilizado, a Casa do Lago receberá o devido apoio e atenção para assumir-se totalmente como centro transdisciplinar.” Segundo Tom Zé por sua vocação inicial, ele foi feito para intervenções artísticas da comunidade mas será também local de debate coletivo sobre tecnologia e políticas públicas e atividades acadêmicas de extensão e até de intercâmbio inclusivo com a sociedade, entre outros temas. “Um espaço aberto para que a comunidade de Barão Geraldo possa conhecer melhor as atividades e pesquisas em curso na Unicamp”.
Além disso, Tom Zé propõe ainda várias ações novas para estimular a comunicação e o lazer da população externa como: valorizar o Museu Exploratório de Ciências e o Museu de Artes Visuais, “trabalhando em parceria no sentido de buscar as melhorias demandadas”; aprimorar as atividades que despertam a participação da comunidade acadêmica, como por exemplo a de “Ciências e Arte nas Férias”, facilitar o acesso de todos aos acervos da Unicamp, inclusive nos fins de semana e em parceria com as prefeituras realizar periodicamente nas sedes da Unicamp de Barão, Limeira e Piracicaba), ou com empresas, eventos artísticos para o grande público como: teatro, concertos e exposições, aproveitando eventualmente os espaços públicos da Universidade.
Mas isso tudo, é claro, só depois de retomadas as condições de segurança, a partir da vacinação de todos e respeitando os protocolos científicos
Já o professor Mário Saad acha que a Unicamp deveria ajudar a difundir mais Cultura em Barão. Como por exemplo , as apresentações da Orquestra Sinfônica da Unicamp e ele acredita que deveria ter uma agenda de apresentações mais regular da Orquestra não só na Universidade como em Barão e outras partes de Campinas e cidades da região “Mas convidando a população a participar e assistir suas apresentações” E implementar também mais apresentações e cursos de música, dança e teatro através do Lume, do Instituto de Artes, da Casa do Lago e outros centros de cultura da universidade.
3º APOIO À PRESERVAÇÃO DE PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E AMBIENTAIS DE BARÃO
Para os professores Sérgio e Eliana, a preservação dos locais históricos e ambientais de Barão Geraldo não é uma atribuição da Unicamp ou uma questão que possa ser tratada pela Reitoria. Mas com a preocupação de ter uma interação mais profícua com a sociedade, envolve também a participação nesses projetos. “Talvez não como protagonistas, mas como partícipes de movimentos que colaborem com a preservação, tombamento ou manutenção de alguns desses locais enunciados.” Salles diz que entre professores, pesquisadores e estudantes há muitos interessados e até já engajados nessas questões, seja como objetos de pesquisa, seja por interesse e envolvimento pessoal.
“O envolvimento da comunidade acadêmica nessas áreas pode ser bastante enriquecedor para o ensino-aprendizagem de forma integrada com a comunidade local. Ou seja, estaremos abertos e atentos a essas questões e não nos furtaremos de nos envolver em ações que visem a colaborar com a preservação de locais históricos e ambientais, o que valoriza não só Barão Geraldo, mas a própria Unicamp. Essas ações devem ser parte do compromisso da Unicamp com a cidade.”- disse Sérgio Salles
Por outro lado o professor Mário Saad a Unicamp tem know how para ajudar muito. “Nós temos professores no IFCH e da FEC que são especialistas nisso, professores de História, de Arquitetura, de Artes, do NEPAM e por isso acho que podemos contribuir com isso. Porém integrados com a Prefeitura e com a comunidade de Barão para que isso seja feito de forma integrada.”
O professor Mário disse que a Unicamp estará disposta a contribuir com isso “se tivermos a felicidade de chegar à Reitoria.” Segundo ele, a contribuição da Unicamp na preservação histórica e ambiental na região de Campinas é uma obrigação social da universidade
“A gente quer resgatar bastante a História de Barão Geraldo que é uma história muito rica. Pois entendemos que a través da História de Barão Geraldo podemos entender uma parte da história econômica do Brasil que foi muito importante para nós E entender nessa rica historia, como numa fazenda ter sido implantada uma universidade que já tem, mais de 50 anos mas que tem reconhecimento internacional, e pra saber que é possível trabalhar nessa direção, desde que haja muito diálogo, compreensão e investimento em educação” –
E no caso do patrimônio ambiental, o professor Mário lembra do projeto HIDS (Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável ) e que tem certeza que se isso for apresentado a eles o HIDS vai incorporar a seus objetivos “Porque desenvolvimento sustentável é tudo o que queremos e é uma meta internacional determinada e capitaneada pela ONU”
Da mesma forma pensa o professor Tom Zé que diz que um dos compromissos de sua campanha é fortalecer as parcerias e a comunicação com os diversos segmentos da sociedade e que para ele são: o poder público, a mídia, o empresariado, as sociedades científicas, os movimentos sociais, o setor educacional, os órgãos de saúde e organismos internacionais.
Nessas parcerias de diversas demandas serão incluídas as relacionadas à preservação do patrimônio histórico e ambiental. “Considerando as “expertises” da Unicamp, tanto na área de Humanidades e Artes, como nos temas relacionados à sustentabilidade, apoiaremos a construção de parcerias e projetos de pesquisa que busquem preservar o patrimônio histórico e ambiental do Distrito de Barão Geraldo”.
4º CONSTRUÇÃO DE UMA U.P.A. 24 H (Unidade de Pronto Atendimento)
Sobre a proposta de moradores de Barão para que a Unicamp construísse uma UPA” – uma espécie de posto de saúde e pronto socorro que funcionasse 24 horas em Barão Geraldo – os candidatos Sergio Salles e Eliana e Tom Zé e Luiza concordam que não é uma prioridade nem papel da Unicamp construir mais uma unidade de Saúde.
Segundo Tom Zé A área da saúde da Unicamp é responsável por um denso e complexo conjunto de atividades nas frentes de ensino, pesquisa, extensão e assistência. E além delas há os órgãos – também citados pelos professores Salles e Eliana – que a Unicamp já oferece – como o HC Hospital de Clínicas – o CAISM (Hospital da Mulher), também o Hemocentro, o Gastrocentro (Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo) e o CEPRE (Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel Porto que, como disseram, funcionam em rede E por serem unidades de referência são responsáveis por cerca de 1/3 do orçamento da universidade. Além de formar centenas de médicos e profissionais de saúde anualmente. Além disso eles propõem estabelecer convênios com municípios para ampliar atuação de jovens médicos pelo SUS e Residência .
Já o professor e médico Mário Saad concorda com a reivindicação e disse que pretende acertar uma integração com o atual secretário municipal de Saúde, dr Lair Zambon, também professor da FCM como ele, para a construção de um novo posto de saúde em Barão coordenado e integrado com Unicamp . “Podemos levar essa reivindicação ao Secretário de Saúde . Pois se houver uma UPA ou novo posto de saúde em Barão a Unicamp assume todos os recursos humanos “com muito prazer”. Nós temos pessoal preparado para assumir isso E acho que isso desafogaria nosso Pronto Socorro, trazendo benefícios para Barão e para a universidade. E com a aquisição da Fazenda Argentina ela possui espaço para instalar unidades e ações coletivas que fazem parte da atividade da universidade.”
O candidato Dr Saad ressalta porém que tais projetos são idéias boas porém todas precisam ser apresentadas com todos os dados, levantamento de custos e recursos, responsabilidades, etc ao Conselho Universitário para ser aprovado.
5º CONSTRUÇÃO DE UMA CLÍNICA / HOSPITAL VETERINÁRIA
Sobre a proposta de baronenses para a Unicamp construir uma Clínica ou hospital veterinário todos os professores candidatos foram unânimes: Não é possivel a construção porque a Unicamp não tem curso de Veterinária pois para que houvesse esse curso com pesquisas especializadas nesse campo, seria necessário um hospital “modelo” : “Nesse sentido fica difícil oferecermos alguma estrutura para colaborar com essa demanda”. – disseram os professores Sérgio Salles e Eliana
O professor Tom Zé disse que seria necessário primeiro conversarmos com grupos da universidade, conhecer experiências acadêmicas internas na área da Biologia e analisar nossas condições e potencial institucional para a criação de um hospital ou clínica veterinária. E isso leva algum tempo que talvez não seja possível nessa gestão.
Também o professor Mário Saad disse que a falta de um curso de Veterinária impossibilita um hospital no momento mas que a Unicamp pode pensar e projetar um futuro curso “A Unicamp precisa ampliar vagas Nos estamos sentindo a necessidade de que num futuro próximo termos um curso de Veterinária que precisa de um hospital junto. Mas não podemos prometer nada no momento porque estamos com dificuldades financeiras e o pais está atravessando uma crise. Mas quero crer que isso vai mudar logo”
6º BIBLIOTECA CENTRAL 24H E FINAIS DE SEMANA
O professor Mário diz que sonha com uma universidade que tenha uma biblioteca aberta nos finais de semana ou 24horas. “Isso não é fácil , ainda estamos com dificuldades mas com ela passaríamos uma mensagem importante para a comunidade de que o estudo é importante, é complexo, dá trabalho mas vale a pena. As vezes precisamos virar uma noite ou começar cedo e nenhum lugar é melhor para o estudo que as bibliotecas. E até manter as outras bibliotecas abertas. Se for uma reivindicação da população, vamos fazer isso com o maior prazer.”
Já o professor Tom Zé disse que ele e a professora Luiza estão comprometidos com o aprimoramento e melhoria do SBU (Sistema de Bibliotecas da Unicamp) , atentando continuamente às necessidades de infraestrutura e de pessoal. Mas que não tem planos sobre a abertura da Biblioteca Central por 24 horas. Porém disse “estamos abertos a discutir novos formatos de funcionamento que possam atender a comunidade de Barão Geraldo”.
Os professores Sergio e Eliana disseram que pra abrir a BC 24h e nos finais de semana depende do estabelecimento de parcerias entre as instâncias de segurança e vivência do campus. “E isso também implicaria em contratações, o que está em nosso plano, mas que depende de decisões que não estão ao alcance de uma reitoria, como por exemplo a Lei Federal 173, em vigor, que proíbe que órgãos do serviço público façam gastos extras, o que inclui contratar ou dar progressão aos servidores públicos.” Segundo Sérgio Salles qualquer medida que vise gastos de recursos públicos, terá que atender uma “ordem de priorização”, que não será determinada pela reitoria, mas pelo conjunto de órgãos responsáveis pelas decisões na Universidade. (Supomos que seja o CONSU , Conselho Universitário, que é capitaneado pelo Reitor)
REFORMAS NA MORADIA ESTUDANTIL
Sobre a Moradia Estudantil da Unicamp (que fica na Vila Santa Isabel) todos os candidatos disseram ser impossível construir outra moradia (o que vários movimentos de estudantes vem solicitando e chamando de “ampliação” ha anos ( e chegou a ser prometido em 2016) pelo reitor anterior) ou ampliar vagas dentro do terreno da própria Moradia por limitações orçamentárias
Porém todos os candidatos prometeram reformar a moradia em todas as casas que estão com problemas proibidas de uso, problemas de infraestrutura, goteiras, problemas de eletricidade etc e priorizaram mais esforços e melhorias de atividades no campo cultural
O candidato professor Tom Zé falou num “novo esforço e entendimento com o DCE (Diretorio Central dos Estudantes) e outros grupos ” na direção de possiveis melhorias e ampliações” prometeu as reformas necessárias mas não prometeu a construção de mais vagas . Segundo Tom Zé , caso eleito a Reitoria manterá uma “relação de parceria serena e respeitosa com as entidades estudantis“, nos mais variados assuntos de interesse comum, dentre os quais a permanência merece prioridade. “É nosso compromisso garantir um contínuo processo de melhoria da qualidade da moradia estudantil, cuidando das reformas prediais ou ambientais necessárias e envidando todos os esforços de ampliação. ” – disse Tom Zé
Já os professores Sergio Salles e Eliana dizem que é necessário um programa sistemático de manutenção e também uma revisão estrutural, com recursos humanos e financeiros garantidos. garantia de mais trabalhadores na moradia e melhoria de contratos de manutenção. E prometem mais bolsas de auxílio aluguel “quanto maior a demanda, maior deve ser a oferta.”
Mas Salles e Eliana querem desenvolver na Moradia produções culturais : com um programa que “valorize uma dinâmica intelectual, de rico aprendizado e iniciativas culturais, como mostras de arte, exibições de filmes, debates, entre outros. “A moradia precisa ser um ambiente acolhedor. Cada vez temos mais famílias e crianças na moradia e precisamos garantir sua segurança no sentido amplo.”
“Propomos e vamos fazer política integrada que vai do acesso, à permanência, trajetória acadêmica e inserção profissional. É esse conjunto de coisas que faz a permanência no sentido amplo: transporte, alimentação, apoio psicológico, bolsas, moradia e os ambientes acadêmicos. Se olharmos para estes pontos isolados não se dá a devida atenção que o estudante precisa.” – disse Salles
O professor Mário Saad também defende que a prioridade é realizar a reforma da Moradia, melhorar a qualidade da internet, ampliar mais bolsas de auxilio aluguel juntamente com outras bolsas de pesquisa ou trabalho para garantir moradia digna para todos . Mas o professor Mário vaí além e defende a construção de um Polo cultural e comercial na moradia para criar maior integração com a Unicamp e oferecer serviços gerais como cantinas, lojas de produtos alimenticios, de papelaria, xerox , informatica etc e que garanta uma integração da Moradia com Barão Geraldo Também incentivar os residentes à práticas culturais e esportivas oferecidas no campus E também a realização de projetos de extensão em articulação com a Moradia
HAVERÁ RETORNO PRESENCIAL SÓ EM 2022 OU AINDA ESTE ANO?
Por fim perguntamos aos tres principais candidatos a Reitor qual a perspectiva ou prognóstico eles tem para o retorno dos alunos, funcionarios e professores ao Campus este ano ou nem em 2022.
O professor candidato Sergio Salles, falando também em nome de sua vice, Eliana, disse que, se eleitos, irão criar um “Comitê de Acompanhamento Pós-Pandemia” logo no primeiro momento de assumirem, para analisar as perdas no ensino, na pesquisa, na extensão e nas questões administrativas, para poderem agir imediatamente, incluindo oferecer assistência psicológica e orientações sobre como fazer o retorno presencial gradativo “quando for seguro”. E disse:
“O Comitê de Acompanhamento Pós-Pandemia também deverá propor e implementar ajustes na educação infantil e complementar, ensino médio, graduação e pós-graduação, com foco em defasagem de aprendizado, extensão do tempo de integralização, represamento de demanda por disciplinas, e que considere necessidades específicas dos estudantes (mães, pessoas com deficiências, indígenas, estrangeiros etc.) e docentes.”
Também o professor Mário Saad diz que primeiro tem que esperar passar esse momento grave atual que ele espera que irá haver um declínio – inclusive com maior vacinação – a partir dos próximos meses. E aí o que a Unicamp precisa fazer é uma programação pra sair de uma maneira científica para os estudantes poderem voltar. Ele concorda que a partir de agora e no futuro o ensino será híbrido (isto é: parte por internet e parte presencialmente) mas diz que é fundamental a presença dos alunos nas aulas e nos “campi” “Achamos que a formação presencial é muito importante e que não pode ser negada a nossos alunos. Não tenho dúvida que o formato presencial continuará predominante. Mas também haverá uma parte híbrida que os alunos possam assistir uma ou outra aula
Mas essa população vai continuar morando e fazendo parte de Barão Geraldo, E nós queremos integrar essa população cada vez mais a Barão E pra isso temos que oferecer melhores condições
Para um estudante que tem um leptop ou máquina boa e uma casa confortável o ensino à distância não faz muita diferença. Mas para o estudante mais pobre que, com frequência não tem um leptop ou máquina boa pra acompanhar e depende de um aprendizado “in loco”, o fato de não ter ensino presencial prejudica demais. Então saindo dessa fase aguda, desse segundo pico, vamos buscar um retorno gradual com muita segurança e muito exame e de preferencia vacinar todos logo. Esperamos que as vacinas cheguem logo para vacinarmos todos nossos alunos e professores e retomar as atividades. E espero que até o 2º semestre isso aconteça de maneira integral”
Já o candidato professor Tom Zé defende que a administração da universidade continue acompanhando continuamente a dinâmica epidemiológica local, regional e nacional e além desta constante análise é necessário manter uma comunicação efetiva com toda a comunidade (alunos, funcionários e professores, “em vista de tomadas de decisões praticamente em tempo real”. Porque , segundo ele, a imprevisibilidade e as incertezas requerem ação organizada, coordenada “e com uma representatividade chancelada pelo espírito de diálogo”, sem perder de vista a qualidade das atividades fins da Unicamp.
Embora concorde que o “ensino remoto” (isto é, somente via internet) trazem muitos prejuízos ao ensino. Porém, na situação epidemiológica atual, Tom Zé disse que o uso de atividades de ensino remotas apresenta-se como a melhor alternativa possível e com melhor custo benefício, apesar dos inerentes prejuízos e limitações.
Mas ele lembrou que é evidente que nem todas as atividades podem ser remotas. “Existem disciplinas e pesquisas eminentemente práticas, ou que usam equipamentos e insumos que não podem ser substituídos por uma demonstração em vídeo ou uma simulação computacional.” Afinal o desenvolvimento de certas habilidades e atitudes profissionais requer a atuação em cenários de prática com tutoria. “Nestes casos, deve-se adotar um modelo híbrido, que combine as atividades remotas às atividades presenciais de forma segura, garantindo distanciamento e um rodízio entre os alunos, docentes e pesquisadores para evitar aglomerações.”
Além disso, o professor Tom Zé disse que tais soluções devem levar em conta as realidades dos alunos que podem ter dificuldades de deslocamento (por exemplo por meio de arranjos temporários de moradia). O enfrentamento da pandemia passa também por uma comunicação efetiva, garantindo a participação da comunidade na prevenção, na utilização dos serviços de saúde e dos recursos disponíveis como membros também de uma comunidade globalizada.
O QUE A UNICAMP JÁ OFERECE À COMUNIDADE?
CURSOS
Há várias unidades que oferecem cursos para a comunidade externa hoje facilitadas pela forma online como:
- ESCOLA DE EXTENSÃO (com cursos caríssimos, porém de boa e ótima qualidade direcionados principalmente para profissionais – e pouco interessantes para a comunidade em geral na maioria (Não todos. É claro) É possivel encontrar cursos gratuitos.
- Programa UNIVERSI –IDADE É um programa de centenas de cursos GRATUITOS para a população acima dos 60 anos que – embora não profissionais ou voltados para o mercado – são cursos de ótima qualidade voltados para o lazer, o melhor viver principalmente nessa idade
- INOVA – UNICAMP
- MUSEU DE CIÊNCIAS
- CASA DO LAGO
- FACULDADES E INSTITUTOS
- CURSOS DE LÍNGUAS
- CURSINHOS PRÉ VESTIBULARES
2 ) LAZER:
- FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA (FEF): aos finais de semana geralmente a Faculdade fica aberta para utilização de suas quadras e campos pela comunidade em geral
- CASA DO LAGO: a Casa do Lago é um Centro cultural localizado junto ao Parque Ecológico e LAGOA DA CIDADE UNIVERSITÁRIA com exposições, shows, cinema, debates , palestras e cursos abertos à comunidade externa em Geral – mais diretamente à parte 2 da Cidade Universitaria devido à passagem entre as lagoas. Tem amplo estacionamento e divulgação
- Projetos como “MUSICA NO CAMPUS” , “Aluno ARtista”
- MUSEU EXPLORATÓRIO DE CIÊNCIAS que tem diversos programas de exposição, oficinas e cursos de divulgação de Ciêncais com muita arte voltados mais para crianças e adolescentes, e escolas públicas e particulares, porém para todas as idades. Inclusive nos finais de semana. ATualmente tais oficinas e cursos estão sendo on line
- ORQUESTRA DA UNICAMP :
- CORAIS : A Unicamp possui vários corais como o Coral da Unicamp, o coral Ziper na Boca e outros coordenados pela professora ANa Savagni e é possivel participar deles
- GAIA – Galeria de Artes do Instituto de Artes fica no prédio da Biblioteca Central e promove dezenas de exposições ao longo do ano ATualmente só com com a Galeria Virtual (on line)
- ESTACIONAMENTO DO BC – Um dos locais de lazer com extenso asfalto , aberto nos finais de semana para uso de bicicleta,
- FEIRINHAS : A Unicamp possui duas feirinhas Uma na praça do Ciclo Básico e outra junto ao HC – Hospital de Clinicas. Atualmente com a pandemia elas estão suspensas
- PRAÇAS (do Ciclo Básico e da Praça da Paz,