O presidente da SANASA, Arly de Lara Romeo, já anuncia que a partir de agosto o custo de água vai ficar 15% mais caro em Campinas, embora o reajuste ainda esteja sendo analisado pela ARES-PCJ (Agência Reguladora de Saneamento das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí). O reajuste vem após cerca de seis meses de um aumento de 11,98% (26,98% de alta). Romeu justifica a necessidade devido à longa crise hídrica do Estado, dos aumentos da energia elétrica e do tratamento da água, além de queda na arrecadação teve que antecipar esse reajuste que estava previsto para 2016.
Romeu disse que não há outra opção já que existe a necessidade de investimentos e diz que “a situação precisa ser compreendida”.
Conforme divulgou a ARES, Campinas já tem, entre as 42 cidades sob sua administração, o maior valor por m³ de água (R$ 5,03) para consumo mínimo na categoria residencial – mesmo antes do aumento de 15%. O prefeito disse à EPTV que a diferença com as outras cidades é especifico de cada um que se precisa “avaliar caso a caso” o consumo, o custo, etc E ainda disse que o primeiro aumento avaliado era de 25% mas que determinou que fossem feitos cortes e economia para que não se aplicasse esse aumento. E que portanto não conseguiu.
Quatro reajustes em 2 anos
Este será o quarto aumento na conta da água na gestão Jonas. Em 2014, houve uma alta de 6,63% em janeiro; em fevereiro, foi criada uma taxa adicional de esgoto. Já este ano, também em fevereiro, passou a ser aplicado mais um reajuste, de 11,98%; agora, a Sanasa vai elevar em 15% o preço dos serviços. No primeiro ano de governo do prefeito, houve redução nos valores da tarifa social.
Na prática, quem pagava R$ 72,72 por 15 m³ de água por mês em 2012, passou a desembolsar R$ 96,83 após o aumento de 11,98% deste ano e em agosto terá o acréscimo de 15%. De acordo com a Sanasa, apesar da crise hídrica foram investidos cerca de R$ 275 milhões no período de janeiro de 2013 a junho de 2015.
Universalização do saneamento
A intenção, informou a empresa, é universalizar o saneamento no município. A primeira etapa desse projeto será concluída com a ETE Boa Vista, cujo contrato será assinado “nos próximos dias”. Com a obra, Campinas chegará a 100% de capacidade instalada para tratamento de esgoto, garantiu a empresa.
(Jornal de Barão com dados do G1)