por Adilson Roberto Gonçalves
A secura não impede o vizinho de esbanjar água para lavar a calçada. Faz isso toda semana, esteja quente ou frio, seco ou mesmo sob chuva. Preocupação ambiental? Receio de ser denunciado? Multas? Não, nada disso diz respeito a ele. Quando a SANASA é chamada, alega que nada pode fazer porque o consumo do dito cujo está dentro da normalidade. Isso porque mantém outra residência no litoral, vivendo parte do tempo lá e cá, e, com isso, não chegará ao mínimo que, segundo a empresa, seria o indicativo de crime.
Imagens mostrando o desperdício do líquido vital pouco importam. A burocracia estatal se pauta por uma realidade própria, não a dos cidadãos que estão cozinhando.
Criminosos também são os que estão ateando fogo no Brasil. O mais recente crime na região é o fogo no Pico das Cabras. Ação coordenada de vândalos, a soldo sabe-se lá de quem, semelhante a outras ações criminosas que pararam o país quase dois anos atrás. Nas estradas, a quantidade de focos de incêndio ou de áreas já completamente queimadas é assustadora. Saibamos que os resíduos dessa combustão provocada vão parar em nossos pulmões. Há os que estão trabalhando incessantemente para combater o fogo, mas é quase ação insana, pois o crime está sendo bem alimentado.
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Em pouco mais de um ano de colaboração com o Jornal de Barão, são 15 publicações,
contando esta. Os temas foram predominantemente relacionados ao ambiente e, com a secura em curso, o desta publicação não poderia ter sido diferente.
Avaliando os artigos anteriores publicados neste espaço, convém informar que colocaram uma placa indicativa da entrada de Barão Geraldo na Rodovia D. Pedro I, na altura do Tenda, na pista sentido Atibaia. A sinalização era ausente quando da publicação de “Placas e sinalização”, 7/5/2024 (https://jornaldebarao.com.br/2024/05/07/placas-e-sinalizacao/ ). Porém, o preço mais alto dos combustíveis em Barão Geraldo continua.
Adilson Roberto Gonçalves, pesquisador da Unesp, membro de entidades culturais.