A subprefeitura de Barão Geraldo (S.S.P. Secretaria de Serviços Publicos) iniciou semana passada a execução do plano que liga a rua Agostinho Páttaro (rua que corta as ruas laterais da Pça do Côco) com a rua Ângelo Vicentin (na Vila Santa Luzia). O projeto faz parte do Projeto de remodelação do Sistema Viário de Barão Geraldo (que contempla a abertura de outras ruas e passagens).
A obra estava paralisada desde 2014 . E o jornal acredita que devido à questionamentos em relação à área de preservação tombada pelo processo 0004/1992 (entre Recanto Yara e Residencial Buratto) , se poderia ser usado etc Porém a rua fica fora do perímetro, embora próximo da área tombada. Conforme disse o subprefeito Osvaldo Kaize, a conclusão dessa obra vai reduzir o transito no centro de Barão e vai ficar mais fácil também para sair do distrito . Sobretudo no futuro quando concluido o acesso pela Zeferino Vaz.
Segundo Kaize essa abertura – junto com a abertura da rua Jean Nassif Mokarzel- são obras que estavam abandonadas desde 2014 e que as discussões internas sobre legalidade ou se seria feita ou não, já foram superadas e agora, após 6 anos paradas , “Agora o que tem que se fazer é terminar a obra e não deixar abandonada. Pois irão distribuir mais e melhorar o trânsito na área central” disse Kaize
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Mas para o arquiteto Manuel Rosa Bueno, também ambientalista, a abertura dessa rua é irregular porque não há previsão de rua ali, “nem no mapa ela está”. Manuel disse que “a prefeitura tem que obedecer à lei. Como é que a prefeitura quer construir uma rua em área de preservação? Ou aquilo passa por um processo de regularização, ou nada pode ser feito.
“Outro ambientalista, Carlos Fanton Silva , que já fez parte do Conselho Municipal do Meio Ambiente e outros órgãos) acredita que a rua fica fora da área tombada mas acha que é preciso pensar numa forma de proteger a área E disse que vai enviar uma consulta ao ao COMDEMA solicitando pensar uma forma de como proteger esse remanescente que tem muitas árvores nativas e nascentes.
Já o ex vereador e subprefeito Valdir Terrazan que foi um dos que lutou pela preservação da área ainda nos anos 1990, declarou que a rua além de necessária e planejada desde aquele tempo , fica fora do perímetro da área tombada e acha que a obra vai ser benéfica. “É um paliativo como foi a abertura da Modesto Fernandes para a Estrada da Rhodia. Melhora um pouco a trafegabilidade internamente mas não resolve o macro, o transito em geral.” Valdir lembrou que a área tombada da Mata e brejo é particular e já esta bem degradada e que é possível sim preservar contra sua ocupação e uso irregular. Segundo ele várias espécies novas de vegetação foram descobertas por pesquisadores naquela área , além de nascentes e animais pequenos. “Lembro que na época houve até o projeto de um parque publico nesta área que nao chegou a ser aprovada pelo CONDEPACC.” Terrazan diz que embora já muito invadida e mal usada ao longo dos anos é uma área que merece um plano de recuperação ambiental.
Terrazan disse que também “startou” a abertura da rua Jean Nassif Mokarzel que “parece que agora vai acontecer. Então o que a prefeitura tem feito e melhorar esses problemas pontuais e que melhora o trafego no centro ” o mais importante é realizar as intervenções macro. Isso que eu espero”.
Ao nosso ver deveria ser construído um muro após a calçada da rua, para preservar da ocupação e uso irregular da mata ou uma cerca como a da Mata Santa Genebra – que aliás deveria supervisionar a área – que continua particular.