Cerca de 90 funcionarios da UNICAMP decidiram em assembléia hoje à tarde 20/8, apos um dia de paralisação , entrar em greve por tempo indeterrminado a partir desta sexta-feira 21/8 O motivo principal é o fim dos supersalários, da matrícula dupla e a revogação da portaria GR-02/2015 (que estabelece o contingenciamento das contratações). e pedem maior transparência. A decisão foi motivada pela divulgação da lista de funcionários da Unicamp que recebiam acima do teto estadual, de R$ 21,6 mil.
Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, João Raimundo dos Santos,o Kiko, os trabalhadores querem a suspensão dos pagamentos, que passavam de R$ 30 mil, R$ 40 mil e até R$ 65 mil. Ainda de acordo com João Raimundo, a categoria reivindica que o dinheiro gasto com os valores acima do salário de governador do estado seja revertido para a busca da isonomia salarial.
O coordenador do STU alega que os vencimentos eram iguais aos recebidos pelos servidores da USP e da Unesp antes de 2011. Por esse motivo, ele cobra a apresentação de uma proposta de readequação da reitoria.”O objetivo agora é de fortalecer a luta e organizar uma greve que pressione a reitoria a apresentar respostas concretas às pautas encaminhadas na reunião da próxima quinta” – disse Kiko.
Em nota, a Unicamp justificou que a decisão mais recente do Tribunal de Justiça de São Paulo permite manutenção dos valores superiores ao teto constitucional. “O acórdão reitera a decisão do TCE-SP [Tribunal de Contas do estado] de congelar os salários acima do subteto, impedindo novos reajustes, mas garante a manutenção dos valores decorrentes”, diz o texto.
No início deste mês, o TJ-SP derrubou a liminar da reitoria e determinou que a instituição congele valores. Com isso, a universidade estima poupar R$ 2 milhões em um ano.
Em nota divulgada o STU diz que “os servidores reafirmaram que não aceitam pagar a conta da crise, especialmente porque o momento financeiro da Universidade é propício ao atendimento das reivindicações, já que o reitor não enxerga a crise, nem falta de recursos, quando é para defender os supersalários e as duplas matrículas.”
AGENDA DA GREVE
21 de agosto – Início da greve
9h – Reunião em todas as unidades para discussão da greve.
10h – Concentração no Ciclo Básico.
13h – Reunião aberta do Comando de Greve, no saguão do Ciclo Básico.