Neste dia 30 de Dezembro completam-se 67 anos que Hélio Leonardi recebeu das mãos do governador de São Paulo o título de “distrito” de Campinas , com o objetivo de conseguir melhorias para seu bairro rural e, com isso, conseguir proporcionar melhores condições de vida, não apenas para sua família, como para todo Barão – onde dezenas eram seus parentes. E COMO SE TRATA DE UMA DATA HISTÓRICA HOJE O JORNAL DE BARÃO ENFOCA O PATRIMÔNIO HISTÓRICO LOCAL, JUSTAMENTE POR AINDA NÃO SER RECONHECIDO POR CAMPINAS. (COMO FALAMOS MAIS ABAIXO ) –
Antes vamos sintetizar a necessidades históricas da preservação e exploração turística deles:
ORIGENS HISTÓRICAS E NECESSIDADE DA PRESERVAÇÃO
Apesar de ter sido o maior líder politico da história de Barão Geraldo, Hélio Leonardi nunca se candidatou nem quis a politica partidária. Hélio merece uma rua do centro de Barão com seu nome e o #jornaldebarão pede apoio para lutarmos por isso. E de fato, até os anos 1980 Barão Geraldo teve um grande desenvolvimento e melhorias (isto é, na época da ditadura) fortalecendo a economia imobiliária desenvolvida após a instalação da Rhodia e da fábrica da Tozan (a partir de 1947) e a industrialização de Campinas (anos 1950-60) e é claro após instalação de Unicamp, REPLAN e CEASA.
Mas foi justamente esse enorme crescimento estonteante da oferta de imóveis e da economia imobiliária – toda baseada em promessas de melhor qualidade de vida ambiental, que sempre piora a cada ano e nunca melhora – que fez surgir um movimento de oposição liderado por cientistas e ambientalistas. E que só lutavam para que fossem cumpridas as promessas do setor imobiliário que aqui investia. A diferença é que esses cientistas e ambientalistas ou eram estrangeiros (como o professor Mohamed Habib) ou tinham grande vivência internacional (como o biólogo Hermógenes Leitão) ao contrario dos baronenses que só tinham vivencia regional e lutavam para manterem sua vida e de suas famílias, praticamente todos trabalhadores nas áreas de comércio de alimentos, transportes, imóveis e outras coisas. Por outro lado esses cientistas tinham centenas de alunos e estudantes, seus seguidores e que mobilizavam outros . (Um deles, foi Marcio Passos que por sua atividade e liderança entre os ambientalistas chegou a ser nomeado Subprefeito de Barão, mas não aguentou os jogos políticos contrários. )
Foram esses ambientalistas que conseguiram a doação da Mata de Santa Genebra em troca do cuidado obrigatório da Prefeitura – a paralisação de jogar agrotóxicos na Fazenda, a expulsão de uma fabrica de baterias , o fechamento da Lagoa da Palmeirinha (hoje Parque Ecológico Hermógenes) e o Parque Linear RIo das Pedras.
Esse movimento tinha como influência os movimentos ambientalistas internacionais que surgiram em decorrência dos grandes desastres ambientais das décadas de 1970 (com usinas nucleares, termelétricas, radiação vazamentos, lixos tóxicos, etc) e se fundamentavam no lema “Pense Globalmente, Haja localmente” lançado por John Lennon e ambientalistas Além disso, as Conferencias internacionais de Estocolmo , 1972 e New York (1982) deram as bases para a criação do Direito Ambiental que tinha no jurista Renato Magalhães, morador de Barão professor da PUCCAMP, um de seus principais especialistas.
Assim – após várias outras lutas pela questão ambiental – no início dos anos 1990 ambientalistas e Presidentes de Associações de Moradores conseguiram criar o Conselho Distrital e iniciar reuniões e movimentos de unificação e fortalecimento do distrito. Não só levantando os problemas de cada bairro como propondo mudanças e projetos e melhorias não apenas para Barão, mas para toda a cidade e região. E foram eles que fizeram os primeiros pedidos de tombamentos e preservação em Barão (nos anos de 1992 a 2001)
AMBIENTALISTAS E CONDEPACC NÃO CONHECIAM E DESPREZAVAM A PARTE HISTÓRICA DE BARÃO E CAMPINAS
O problema é que esses grupos de cientistas ambientalistas não conheciam a Historia de Barão e outros locais. Na época – a pedido da PROESP – um grupo de ambientalistas (Valmir Geraldi, Valdir Terrazan, Luis Gandolfo, Virgínia do Recanto Yara, Jaceguay Cunha etc e vários outros) queriam E foi com base nessa solicitação que a PROESP e as lideranças solicitaram o tombamento da Fazenda Rio das Pedras e outros patrimônios de Barão. Porém o que foi encaminhado já retirou Patrimônios inestimáveis e informações históricas importantes para a cidade e o CONDEPACC IGNOROU detalhes importantes (Como o prédio da Estação, o caminho de Bambu, a Praça do Capão do Boi – derrubada na gestão de Rui Novaes sob protesto dos baronenses – a casa da Fazenda a Lagoa da Palmeirinha e a Mata do Quilombo)
E quanto à Fazenda Rio das Pedras – NOSSO MAIOR E MAIS ANTIGO PATRIMÕNIO HISTóRICO E TURíSTICO – foi desprezada sua existência e sua propriedade pela família do Brigadeiro Luis Antônio de Sousa AINDA NO SÉCULO 18 (a doação da sesmaria que tinha como centro a Fazenda foi em 1799, junto com o último conjunto de doações de Campinas. Mas a filha do Barão, Amélia Resende Martins conta em sua biografia do pai que antes disso, a fazenda foi comprada da “Viúva Cardoso” século 18) por “uma faca, um ponche e 500 contos de réis”. Além disso o CONDEPACC colocou uma informação que não tem nem sentido, nem comprovação e importância histórica (segundo o processo, o motivo da construção da sede foi atribuída como “presente” para a neta, sendo que a casa, assim como a senzala a seu lado, foi demolida em 1956)
O CONDEPACC também desprezou que o conjunto arquitetônico da fazenda foi RECONSTRUIDO a partir do final dos anos 1950 como projeto do proprietário João Adhemar de Almeida Prado que mandou derrubar a senzala (o quadrado) e reconstruir a sede da fazenda (terminada em 1966) e a maior parte das colônias. Além disso, importar inúmeras palmeiras e árvores e plantas europeias da Europa para reconstruir o Tanque (o conjunto árbóreo que envolve o “Tanque” como era conhecido o lago da fazenda) e construiu uma nova lagoa menor e um novo jardim com dutos de água em frente à nova sede , transformando-a num Haras , onde colocou várias estatuas de cavalos.
O QUE PENSAM OS BARONENSES
Neste ano o #jornaldebarao levantou os principais Patrimônios Históricos e Turísticos de Barão. Os mais representativos publicamente para a História de Barão porque cada um deles estão carregados de histórias, sentimentos, e diversos significados essenciais à História da Cidade. E é por isso , a nosso ver, que eles deveriam ser preservados, protegidos e divulgados. (MAIS ABAIXO APRESENTAMOS UMA SINOPSE HISTÓRICA DE CADA UM ) Aqui colocamos uma relação deles e a opinião de varios moradores e especialistas.
1 – FAZENDA RIO DAS PEDRAS (SEDE , PREDIOS MATA, TANQUE, RIACHOS ETC) Origem no século XVIII (18) antes de 1780
2 – ESTAÇÃO BARÃO GERALDO (ao lado do Terminal)
3 – AVENIDA DE BAMBU ( Na Fazenda Santa Elisa do IAC)
4 – Praça do CAPÂO DO BOI (ao lado da entrada da Avenida 1)
5 – SEDE DA FAZENDA SANTA GENEBRA (ao lado da Mata Santa Genebrinha
– atrás do SOBRAPAR)
6 – LAGOA E AÇUDE DA PALMEIRINHA ( atual Lagoa do Parque Ecológico Hermógenes Leitão Filho)
7 – LEITO DA FUNILENSE – SOROCABANA ( que inclui Todas as praças entre as ruas Manuel Antunes Novo e José Martins até a Praça do Coco – E QUE CONTINUA MARGEANDO A FAZENDA RIO DAS PEDRAS ATÉ BETEL
8 – IGREJA DO CRISTO REDENTOR -(local da primeira Capela de Santa Isabel (+ou- 1905) Fica na Cidade Universitária próximo ao Posto Ipiranga da Av 1) A nova igreja foi construída nos anos 1990)
9 – CASARÃO DA FAZENDA SÃO FRANCISCO – “MANSÃO” DA RHODIA
10 – CASA DE CARLOS DINIZ LEITÃO (SEDE DO LUME)
11 – MATA DO QUILOMBO
12 – CAMPO DO E.C. GUARÁ
13 – MATA DE SANTA GENEBRA
14 – SALÃO COMUNITÁRIO DA IGREJA SANTA ISABEL
Assim como não sabem que Barão faz aniversário no dia 30 de dezembro – a grande maioria dos moradores NÃO CONHECEM esses locais nem o que representam e nem a Historia de Barão. Nem a prefeitura, nem a Unicamp conhecem e simplesmente ignoram!
È o caso da moradora do Bosque das Palmeiras, Luciane Gardesani, também diretora da Associação dos Moradores BOPALBG Ela disse que não conhece todos estes lugares, e que vai procurar conhecer. “Acredito que devemos preservar sim, divulgar como patrimônio histórico da região. Uma otima iniciativa, abrir está discussāo com comunidade.”
O enfermeiro Dino Perez Martinez (Dino da Moto Rosa) baronense, nascido e criado em Barão , diz que conhece e que ainda na infância brincou na maioria destes lugares na decada de 1970 . “Na Mata Santa Genebra íamos andar de bicicleta . O campo do Guará hoje fechado passei a infância ali. A Mata do Quilombo, com as diversas historias de fantasmas de escravos que ali “morreram” .A Fazenda Rio das Pedras era linda sempre gostei de ir la. Na sede do Lume gostava muito de ir la pra assistir as peças teatrais. A “Mansão” da Rhodia não conheci mas íamos nadar nas lagoas ao entorno da casa, na Rhodia.” Dino ainda disse que adorava brincar na Lagoa hoje com o nome do professor Hermógenes Leitão “que por sinal trabalhei com ele na Unicamp“. -disse Dino que por tudo isso acha que esses lugares devem ser protegidos e abertos à população , como alguns ja são.
Para a maioria dos moradores, ainda estão na fase da História local dos anos 1980, de que o distrito surgiu “nas terras” e por causa do Barão Geraldo, que ninguém falava em trens que Barão começou nos anos 50 com a história “dos primeiros” ou se originou por causa da Unicamp. O que é completamente irreal. Nos anos 1990 houve vários estudos históricos de Barão, o principal deles do pesquisador do Centro de Memória (CMU) Warney Smith Silva. Para ele o crescimento externo avassalador , com a vinda de milhares de pessoas para simplesmente morar de qualquer jeito, sem nenhum estudo da História local, avaliação ou planejamento foi o que levou ao “apagamento” ou tentativa de desaparecimento desses patrimônios e esquecimento de sua historia. (Que foi o que tentaram fazer com os judeus na Alemanha nazista.)
A melhor sinopse está muito bem colocada no wikipedia Barão Geraldo click LEIA:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bar%C3%A3o_Geraldo
Entretanto, a pesquisa foi desconsiderada e desprezada pela Unicamp e Prefeitura de Campinas (e por causa disso também pela mídia) de uma forma inexplicável. Estamos esperando respostas sobre isso para publicar. Warney acredita que a publicação do livro junto ao CMU – que deve ocorrer em breve – pode sanar um pouco esse desconhecimento.
“O que é incompreensível e inaceitável é o desprezo ou tentativa de sufocamento ou apagamento – não só de todo o gigantesco trabalho que tive praticamente de graça, quase sem apoio de ninguém, mas principalmente dessa fase da Historia não só de Campinas mas também do estado e do país. Pois se trata de uma urgência de justiça social sim! Pois a absoluta maioria desses imigrantes camponeses vieram para São Paulo e o país, ainda iletrados, miseráveis, ainda para pagar a passagem, sem praticamente nenhum dinheiro . mas que colocavam a obrigação do trabalho , do progresso e a autonomia familiar acima de absolutamente tudo. E eles não podem ter vergonha disso como tinham antes. Porque foi com a força do trabalho que conseguiram criar a terra deles e deixar aos filhos Foram os descendentes desses imigrantes – e lentamente os demais brasileiros – que fizeram o Brasil crescer e progredir e chegar onde chegou” – disse e completou: `”Enquanto Campinas e o país ignorar a Historia e tudo o que fizeram esses imigrantes (junto a outros migrantes claro ,que já existe algum trabalho) nunca compreenderemos a situação atual do pais que vivemos. Além de ser só mais uma forma de injustiça social” Ele ressalta ainda a necessidade da preservação da memória do futebol de várzea que foi muito forte em Barão.
Para muitos moradores e lideranças de bairros tais patrimônios precisam ser preservados , divulgados e abertos à visitação publica:
Ana Claudia dos Santos , uma das diretoras da AMPROVIC – Associação dos Proprietários e Moradores do Village Campinas acha muito importante que se divulgue a existência desses locais, suas histórias e a necessidade de preservação dos mesmos. “Eu mesma não conheço todos, adoraria se tivéssemos alguma atividade turística que facilitasse o acesso a eles, de forma direcionada e sustentável. Acho que inclusive ajudaria muito na preservação desses locais.”
Lia Querino que é Guia de Turismo Cadastur, que organiza passeios rodoviários de 1 dia para cidades próximas à Campinas. Diz que “é fundamental” que a “Prefeitura de Barão Geraldo” (sic no caso de Campinas) incentive e colabore para que os proprietários de lugares interessantes/turísticos invistam na infraestrutura de suas propriedades – acesso até o local e na propriedade, banheiros etc para que nós Guia de Turismo possamos aprovar esses locais e levar pessoas para conhecê -los. Todos ganham!” – como ela disse.
Edson Pontes, presidente da BOPALBG (Associação dos moradores do Bosque das Palmeiras) disse que precisamos resgatar ,divulgar ,levar os moradores de Barão Geraldo para ter contato com estas maravilhas que possuímos no nosso distrito.
“Acho que quando isto acontecer as pessoas vão desenvolver diversos sentimentos: de amor,de convivência,de preservação,de fazer parte da rica história de Barão Geraldo.
Não vejo obstáculos para avançarmos nesta demanda tão preciosa e necessária.”
Samuel Rocha – ex presidente e diretor da Associação dos Moradores do Parque das Universidades ressaltou alguns deles e diz que algumas ideias que podem ser compartilhadas. Ele considera que a Fazenda Rio das Pedras poderia virar um parque-santuário.
Sobre a “linda” Avenida de Bambu da Santa ELisa (construida pelo Barão) Rocha diz que poderia ser aberta ao público nos finais de semana, para passeios, food-truck com controle de sujeira e banheiros, passeios de bicicletas. “Valorizaria muito a região.”
Da mesma forma ele considera o antigo leito da Sorocabana que termina na Praça do Côco e margeia a fazenda Rio das Pedras deveria ser “aprimorado para o passeio para ciclismo leve”.
Sobre a sede da Fazenda Santa Genebra o verdadeiro “casarão” ou sobrado do Barão Samuel propõe que “Parte da sede poderia ser um museu histórico aberto”
Sobre a Lagoa da Cidade Universitária (e parque Ecológico Hermógenes) relatada pelos antigos baronenses como Lagoa da Palmeirinha Ele diz que já está ótima como está. “Não vejo necessidade de alterar alguma coisa. Só manter com prioridade à natureza, os animais que dela necessitam e a vegetação.”
E sobre a “Mansão” antiga sede da fazenda São Francisco da Rhodia Rocha diz que parte dela deveria ser um museu para visitas programadas ou eventos especiais. ( que ja serve como Museu da Rhodia, mas não e aberta) e embora etnha enorme importância para os antigos baroneses e desenvolvimento de Barão , ela fica no territorio de Paulínia
“Talvez não sejam originais, mas devem ser PRESERVADOS, PROTEGIDOS E DIVULGADOS sim”. – diz Samuel Rocha
Elisangela Nalon presidente da Associação dos Proprietários e Moradores do Residencial Terras do Barão Disse que é fundamental a preservação e divulgação e acesso publico a esses patrimônios – muitos deles abertos. Segundo ela Barão Geraldo é “um lugar super moderno que acolhe pessoas do mundo todo como se fossem da família. Um lugar que alia a mais alta tecnologia e pesquisa científica à natureza e ao patrimônio histórico. Para ela Barão Geraldo é um lugar que cresce e evolui sem deixar de lado a cultura e o meio ambiente. Ela ressalta a importância da fazenda Rio das Pedras
“A Fazenda Rio das Pedras é uma verdadeira viagem ao passado, uma experiência única e inesquecível. A Mata de Santa Genebra é um mergulho na natureza, um lugar que preserva a fauna e a flora nativas, a poucos quilômetros do centro urbano. O que se espera do Poder Público é que saibam preservar a natureza e os lugares históricos de nosso distrito, que é um lugar maravilhoso, respeitando os seus moradores, impedindo o crescimento desenfreado oriundo da especulação imobiliária.”
Já o arquiteto e professor Manuel Alves Bueno, Coordenador do Movimento Pró Parque Barão (que luta pela preservação da parte tombada e ambiental da Fazenda) considera fundamental a preservação das áreas de importância histórica e ambiental como a fazenda. Mas ele diz que existe uma campanha pela cidade para fazer “destombamentos”. “Essa campanha visa desqualificar os imóveis como objeto de tombamento e dizer que eles não têm valor histórico cultural. Isso acontece com a Fazenda Rio das Pedras que dizem que não preserva as características originais das construções dos templos dos barões do café“.
Para Manuel Bueno “É bem possível que as pessoas que estão à frente do COMDEPACC -que são nomeadas pela prefeitura resolvam “destombar” alguns bens para poder entregá-los a ganância imobiliária. Os bens tombados devem ser valorizados e devem ser defendidos e jamais desprezadas no seu valor histórico e cultural.”
Manuel ressalta que Alguns dos bens relacionados acima estão tombados e outros não e propõe: “Eu acho que a gente que tem que priorizar alguns deles para poder ter mais sucesso na luta, se a gente fizer uma campanha por todos eles acabamos por ficar no vazio.” Realmente o Jornal de Barão relacionou os patrimônios QUE PODERIAM SER APROVEITADOS TURÍSTICA E ECONOMICAMENTE (isto é além de serem auto sustentáveis, poderem ser fonte de conhecimento da História Local da cidade e do país) o que inclui alguns já tombados ou preservados como a Mata de Santa Genebra, a Lagoa da Palmeirinha (parque Hermógenes), a Casa da Estação limitada na área envoltória de bem tombado, mas ainda não tombada e em depreciação fisica e que vai fazer 100 anos em 1926, e a Sede da Sana Genebra também na área envoltória de bem tombado (a Mata Santa Genebrinha ) apesar de seus mais de 100 anos e sua indiscutível importância historica e necessidade de pesquisas.
Já a moradora Maria Eunice ressaltou a importância da Mata do Quilombo que fica entre o Guará e Vila Holandia na divisa com Paulinia. “Com certeza a Mata do Quilombo, sua história, logo que se ela existiu houve grande tráfico de escravos aqui, aliás Campinas é na história um dos grandes acervos da escravidão e a sua preservação dessa história é primordial para a cultura do local e do país..!!!”
O JORNAL DE BARÃO ESPERA conseguir o apoio popular das lideranças de Barão para conseguir o tombamento e preservação e divulgação e acesso à população dos Pontos que ainda da lista abaixo que ainda precisam ser preservados. Esperamos conseguirum compromisso disso entre os candidatos a proximo prefeito e vereadores.
Arney Barcelos , Vinicius Fonseca com apoio de Warney Smith e Malu Mendonça
HISTÓRICO DE CADA UM DESSES PONTOS
(por Warney Smith)
1 – FAZENDA RIO DAS PEDRAS (SEDE , PREDIOS MATA etc)
A Fazenda originou-se do “Engenho Nª Sª do Carmo do Rio das Pedras” que pertencia a um dos grandes proprietários de escravos de São Paulo, Manoel de Oliveira Cardoso, que a vendeu, por volta de 1790, por 500 contos de réis a Francisco Antônio de Sousa, irmão do Brigadeiro Luis Antônio de Souza, que foi o maior milionário da Colônia) . O brigadeiro depois conseguiu a concessão de uma Sesmaria em 1799 de 10 por 1 léguas ao norte de Campinas e refundou o Engenho. Esse engenho foi visitado por Viajantes (como 2 deles Spix e Martius relataram em seus livros, além de outros). Foi passado para Francisco Ignácio de Sousa Queiroz que faleceu em 1839 e a deixou para suas filhas Isabel Augusta e Genebra de Barros de Sousa Queiroz.
Isabel se casou com o conselheiro Albino José Barbosa de Oliveira , doou a imagem de Santa Isabel que deu origem à Capela de Santa Isabel, que deu origem a Barão. E Genebra se casou com o capitão Luis Antônio mas faleceu ainda nova, dando origem à Fazenda Santa Genebra. A Rio das Pedras também deu origem à Fazenda Santa Eudóxia, Palmeirinha, à grande parte da parte sul de Paulinia , à Fazenda São Francisco da Rhodia e até fazendas que deram origem a Cosmópolis conforme escreveu Jolumá Brito e outros historiadores.
Em 1954, a fazenda foi vendida para o banqueiro e cafeicultor João Adhemar de Almeida Prado que decidiu moderniza-la e transforma-la em um Haras modelo. A sede e a fazenda foi reconstruída entre os anos 1950 e 60 tendo como modelo a hípica de seu irmão em Cotia. Almeida Prado também exigiu a retomada da Capela de Santa Isabel onde iria fazer uma sede de seu Banco de São Paulo (que no final dos anos 1960 foi estatizado (contra sua vontade) para ser criado o BANESPA . Alem de doar 30 alqueires para a construção da Unicamp (contra sua vontade também, mas por pressão de vários políticos como o vereador Honório Chiminazzo , Zeferino e pedidos de moradores de Barão e Campinas)
Parcialmente tombada deveria ser integralmente preservada por motivos históricos, ambientais, científicos, econômicos e turísticos. E ATÉ em nível estadual ou federal. devido à enorme importância histórica, ambiental e estratégica que ela tem não só para Campinas como para o país. Sua preservação JÁ ESTAVA PREVISTA no Plano Diretor Local de 1996 – ainda em vigor – para que fosse garantida a passagem de animais da Mata de Santa Genebra (por baixo das rodovias) e sua continuação interligação pelo Ribeirão das Pedras (Parque Linear) ate a Mata de Santa Genebrinha (que fica atrás do SOBRAPAR).
É possível a Fazenda ser autossustentável a curto prazo após pagamento ou renegociação das suas dividas . Um parque com várias empresas e organizações educativas, biológicas e turísticas, Educação Patrimonial, Ambiental e Cultural, além de Haras, pesquisas, aluguel para cenário, passeios equestres, Estudos Rurais, Agroecologia, Ecoturismo pesquisa Arqueológica (onde ficava a senzala), várias atividades educativas e esportivas (a Fazenda ja tem aluguel com outras empresas esportivas e academias), Centros culturais e de pesquisa ambiental, teatro e sede para turismo de negócios. Intercâmbio com diversos centros de pesquisa da Unicamp, Sem contar sua rica historia . O ideal seria que a fazenda fosse assumida por uma fundação nos moldes da Mata. E aberta para visitação pública e eventos de forma controlada apenas na área aberta à visitação
2 – ESTAÇÃO BARÃO GERALDO
Fundada em 1899 com o nome de Estação Santa Genebra apenas como “chave” da E.F. Funilense pelo Barão, então presidente da companhia e grande comitiva de “autoridades” e proprietários , porém sem uma sede e nem nenhum povoado. Em 1904, a linha foi retomada pelo Estado e concedida em 1905 à empresa Brazil Railway Company, de Percival Farquhar (com o nome de “Ramal Funilense” da Sorocabana Railway Company da mesma empresa) que fez uma reforma e ampliação da linha. Embora não parou totalmente de funcionar a ferrovia foi refundada em 1908 e a chave com o nome de “Estação Barão Geraldo” em homenagem ao Barão falecido no ano anterior. Nessa reforma ganhou apenas uma caixa d´agua e pequena casinha (com telégrafo, bilheteria e plataforma). A partir de 1910 a Fazenda Santa Genebra constrói um armazém ao lado da estação que serviu como auxílio à estação e também foi mercado durante um tempo, do italiano Plínio Aveniente que depois fez uma primeira venda própria em frente à estação, e depois comprou 22 alqueires da Fazenda Rio das Pedras ao lado da Estação onde monta sua fazenda e leiteria. (hoje o Armazém está tombado e sede da editora Autores Associados e o prédio da Estação fica no seu entorno )
– Com a decretação de concordata da Brazil Railway (dona da Sorocabana) em 1917, a empresa devolve a Funilense para o Estado em 1919 (na verdade foi o presidente do Estado (ou Governador) que negociou o fim do contrato E em 1921 Arantes a repassa para a Sorocabana. E em 1926 a companhia constrói o prédio atual da Estação que precisa ser tombado.
– A partir de 1920 Aveniente começa a lotear em chácaras de 5 ou mais alqueires para vendas. Foi o que originou o povoado ou Vila (da estação) Barão Geraldo com as primeiras casas no entorno da estação ou ao lado da capela por volta de 1922.
– A casa da estação foi construída em 1926 e vai fazer 100 anos mas está sendo usada como residência desde 1962 , cedida pela Sorocabana ao ex funcionário telegrafista em outra estação Silvio Olivério. Mas com isso, o prédio da Estação vem sendo deteriorado e já perdeu várias partes e as referencias em relação à Barão (como o resto) Como Silvio faleceu, quem esta com a posse é seu filho e netos.
– Embora esteja parcialmente tombada, é necessário que a casa seja preservada e seus moradores indenizados para que possam obter outra moradia no mesmo valor e a casa seja reformada para abrigar uma casa de Cultura ou Museu que divulgue e promova a história e cultura local
3 – AVENIDA DE BAMBU (Fazenda Santa Elisa- IAC)
A avenida de Bambu da Fazenda Santa Elisa foi construída paralela à Estrada dos Fazendeiros (a estrada de terra que ligava Campinas às fazendas da região entre os rios Atibaia e Jaguary – e também aos bairros “Funil” e outros ao Norte). Parte dessa estrada margeava o Ribeirão Quilombo. Não se sabe o ano correto em que começou a ser construída Mas , ela foi construída antes da construção da Estrada de Ferro Funilense e posterior ao grande ano da colheita em Campinas 1886 )
Ela foi construída a mando do próprio Barão Geraldo para que ele, sua esposa e filhas – além de trabalhadores – não pegassem o forte sol que incidia sobre as fazendas na época. Segundo dona Maria Antônia Vicentin Leonardi em depoimento gravado ao CMU, os baronenses também usavam muito a avenida de bambu para ir e voltar à cidade quando estava muito sol e muitos iam e voltavam a pé como Rosa Pacci que trabalhou na Santa Elisa. D. Antônia contava que as mulheres e crianças plantavam flores nas laterais da estrada durante muitos anos.
4 – Praça do CAPÃO DO BOI
Trata-se de um local MÍTICO e MÍSTICO onde, conforme conta a lenda , o boi estava deitado e falou ao trabalhador ou escravo e seu capataz. Conforme contaram vários baronenses (como D. Antônia, Antônio Ferrari, seu Humberto, Nicolau e Rosa Pacci e outros, as pessoas tinham medo de passar pelo local. Era um pequeno bosque, local de medo e benzimento. Antigos moradores iam acender velas e fazer orações que ficava próximo ao início da Avenida 1 no condomínio do Triângulo. O local não existe mais. Mas há praças restantes bem próximas – que eram conhecidas como “praça do Capão do boi”
A partir dos anos 1970 – com a criação do HC e ampliação do Campus da Unicamp – começou a partição da Fazenda Santa Genebra . Nessa época foi feita a reforma da “entrada” com a construção da praça batizada de San Martin e a construção da avenida 1, No início dos anos 1980, a Prefeitura derrubou praticamente todas as árvores do Capão do Boi sem avisar ou consultar a população E foi remodelando e ajustando a Cidade Universitária (ainda com mais de 80% sem casas e lotes a venda), praças, ruas e outros equipamentos dos bairros.
Alguns baronenses ficaram bastante revoltados e se juntaram aos ambientalistas que começavam a se mobilizar em Barão Geraldo, assim como no pais, contra empreendimentos sem respeito pela preservação ambiental. Conhecemos e registramos pelo menos duas entrevistas de moradores que protestaram contra a derrubada do “Capão do Boi” Mas deve haver muitas outras e as que não foram registradas.
È provavelmente por isso que o local “Capão do Boi” desapareceu da “lenda do boi falô” registrada como oficial pela Prefeitura de Campinas, com uma narrativa muito diferente da tradicional de Barão. Juntando vários nomes e fatos desconhecidos no local e modificando o sentido original da lenda que se relacionava antes ao desprezo ou perda de respeito do capitalismo ou da modernidade pela agenda ritualística e programação promovida pela igreja católica – que foi praticamente o braço oficial do Estado brasileiro até o inicio do século 20.
Após os anos 1930 o fim da era do café e inicio da era de guerras marcou a mudança para a modernidade e início do apagamento crescente da programação e datas “santas” catolicas (feriados). Esse é o principal motivo do mito do “boi falô ter sido “historicizado”. Primeiro pelos próprios baronenses que, a partir dos anos 1950, passaram a considerar o “causo” do boi falô como uma “mentira” ou desculpa de um trabalhador, caboclo (ou escravo) “preguiçoso” que não queria trabalhar. E a sexta feira da paixão tão importante na História de Campinas também foi sendo esquecida. Só a partir dos anos 1980 começou o processo de transforma-la em uma espécie de “protesto” contra a escravidão. E como havia uma foto e um tumulo de um único “escravo” com nome associado ao Barão , acabaram por inseri-lo na lenda também.
E assim o “capão do boi” – o local onde o boi teria falado – foi esquecido e com ele o sentido original da lenda também. E também o importante significado do local para os antigos baronenses foi esquecido. “Afinal era só mato” como diziam antes
Uma das praças tem outras historias . Ha cerca de 6 anos uma praça começou a ser cuidada por um morador da Vila Costa e Silva conhecido como “José Pontepretano” que trabalhava na praça tomando conta de carros estacionados e outros serviços. Pontepretano gostava de colecionar e contar histórias inclusive a do “boi falô”. Além de limpar, plantar e cuidar da praça, a encheu de placas com frases e pensamentos positivos e lembranças de sua cadelinha que faleceu. E até montou seu “escritório”. Todos que paravam , ele contava suas historias e a do boi falô. José faleceu de enfarte no Terminal de Barão em 2018 com grande homenagem da Ponte Preta.
5 – SOBRADO DA FAZENDA SANTA GENEBRA (ao lado da Mata Santa Genebrinha)
A casa foi construída pelo Barão na década de 1870, provavelmente inaugurada em 1876. O sobrado fica em frente ao pátio de secar café e ficava ao lado de casas de máquinas , silos e colônias de ex escravos e imigrantes. Também foi o local de falecimento do Barão Geraldo em 1º de outubro de 1907.
Há muita polêmica na historia do Barão. É possível contrapor a única biografia sobre ele, escrita por sua filha, com notícias de jornais , processos judiciais, documentos históricos e possivelmente jornais . Alguns atualmente só usam memorias recriadas pelo movimento negro de esquerda desde os anos 1990, que disseram se basear em memórias de visitantes do cemitério de Campinas, praticamente todos da Zona sul da cidade. Mas não há registros desses relatos.
Esse sobrado, de estilo colonial , foi local em que recepcionou dezenas de viajantes e autoridades brasileiras e estrangeiras (conforme o livro e diversas noticias de jornal) ainda no Seculo 19 – relacionados a construção e inauguração da Estrada de Ferro Funilense, ou de secadores de café. Também provável local de morte do ex escravo e capataz Toninho (a quem movimentos atuais a partir de 1988 passaram a atribuir a lenda do Boi Falô) , da baronesa Maria Amélia , e onde estiveram vários políticos e personagens da historia do pais como o senador Lins de Vasconcellos, o Coronel Christiano Ozorio de Oliveira, Rui Barbosa, vários ex prefeitos de Campinas, o governador Orestes Quércia, onde a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, passeou de cavalo,
No sobrado também foi negociado a doação da Mata Santa Genebra entre ambientalistas e a Prefeitura de Campinas.
Ao lado do sobrado havia uma Capela onde diversas professoras davam aulas para os filhos dos colonos . Uma delas foi Alzira de Aguiar Aranha, casada com o chefe da estação, que depois mudou sua escola para o antigo Armazém (ao lado da Estação), hoje tombado, e que depois foi residência de Salomão Mussi , sua filha Nura e seu genro o vereador Guido Camargo e para vários outros locais em Barão, até conseguir sede provisória própria ja nos anos 1950.
Há muitas fotos do sobrado desde o Século XIX , com muitas informações. O jardim mandado construir ao lado da casa, diversas pessoas da família, trabalhadores trabalhando com o café no terreiro em frente e fotos de jornalistas moradores e visitantes desde os anos 1980
Afinal, quando será tombado?
6 – LAGOA E AÇUDE DA PALMEIRINHA ( atual Lagoa do Parque Ecológico Hermógenes Leitão Filho)
A(s) lagoa(s) ficam na Parte 2 da Cidade Universitária, junto ao atual Parque Ecológico Hermógenes Leitão Filho. Elas são formadas pelo açude e riacho Palmeirinha que nasce onde era a antiga Fazenda Palmeirinha, onde é hoje o CNPEM, ao lado do Laboratório Sirius. Antes tudo pertencia à Fazenda Rio das Pedras. Mas a partir da doação para a Unicamp e da formação do loteamento em 1966 Esse riacho foi parcialmente coberto e formou as lagoas da Cidade Universitária ao lado do Centro Médio e da Unicamp que hoje uma delas – por exigência de moradores e da Associação de Moradores da Cidade Universitária – é protegida pelo Parque Ecológico Hermógenes Leitão Filho que já foi tombado pelo CONDEPACC . Porém não por nenhum motivo histórico ou de patrimonio imaterial.
A lagoa da Palmeirinha foi local de Lazer , banhos e pescaria dos baronenses até o final dos anos 1980 com muitas historias e memorias locais e fotos guardadas.
Seria importantíssimo que o Parque Ecológico e a Prefeitura realizasse a memoria dessa antiga ponto de lazer, pesca, passeios e paqueras por antigos baronenses. Incluindo a luta pela sua transformação em Parque Ecológico.
7 – LEITO DA FUNILENSE – SOROCABANA
( que inclui Todas as praças entre as ruas Manuel Antunes Novo e José Martins até a Praça do COco – E QUE CONTINUA MARGEANDO A FAZENDA RIO DAS PEDRAS ATÉ BETEL
O leito – que descia pela Fazenda Santa Elisa, margeando a avenida de Bambu passava pela Casa da Estação e primeiro armazém , pela atual Praça 30 de Dezembro e prosseguia pela rua Maria e pela area entre as ruas José Martins e Manuel Antunes Novo, prosseguindo pela lateral da Fazenda Rio das Pedras dividindo-a com parte da Santa Genebra ate a atual escola de Betel
8 – PRIMEIRA CAPELA DE SANTA ISABEL
Conforme uma das lendas de Barão, a primeira capelinha em homenagem a Santa Isabel foi construída devido à uma briga entre o Barão Geraldo e seu cunhado Albino José, após o falecimento da baronesa Maria Amélia de Rezende em 1904. Não há qualquer comprovação ou fato de que houve essa briga. Porém, a partir da ação na justiça contra o Barão em 1905 e do falecimento de ambos em 1907-1908 , as relações entre as duas fazendas tornaram-se cada vez mais conflituosas e de oposição.
A pequena capelinha foi levantada sob um pedestal provavelmente em 1905, em meio das plantações, no alto do morro onde é hoje a Cidade Universitária e na divisa com a Fazenda Santa Genebra. Hoje, trata-se da “Igreja do Cristo Redentor” na praça nomeada como “João Adhemar de Almeida Prado”. Desde a formação da Unicamp e da C. Universitária (1966) a capela vem perdendo toda sua historia e representação local principalmente devido à constante troca de padres e moradores, e também por ser um dos polos de imensa quantidade e troca de estudantes de outras regiões, em seu entorno. A capela e a praça deveriam ser tombadas pelo patrimônio histórico, por ter sido uma das origens da vila de Barão Geraldo e de várias lendas locais.
9 – “MANSÃO” DA FAZENDA SÃO FRANCISCO (DENTRO DA RHODIA)
O Casarão da Rhodia – antigamente conhecida como “Mansão” – já foi moradia e escritório central da empresa. Como grande parte dos moradores de Barão trabalharam na Rhodia, ela foi muitas vezes citada pelos narradores baronenses e continuou por muito tempo na memória afetiva local de Barão e Paulinia
9 – CASA DE CARLOS DINIZ LEITÃO (SEDE DO LUME)
A antiga casa do português Carlos Diniz Leitão é PATRIMÔNIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DE BARÃO GERALDO por vários motivos. Primeiro porque substitui uma casa da antiga Colônia do Xadrez que deu origem à Barão. Segundo porque Leitão foi o criador do loteamento e hoje bairro Vila Santa Isabel. A casa para o Lume que a recebeu e possui até arquivo, que deve ter alguma coisa de Leitão e sua casa.
Devido à Colônia Xadrez e Leitão – e posteriormente a importância internacional do Lume – defendemos que a casa seja tombada e preservada e mantida sob a posse do Laboratório e da Unicamp Ninguém melhor para preserva-la E inclusive a História de Leitão e da Vila Santa Isabel Sua principal criação e meio de vida que deixou para seu filho, também ja falecido.
11 – MATA DO QUILOMBO
A Mata do Quilombo – que fica entre os bairros Vila Holândia e Guará – e na divisa com Paulínia – ainda não se sabe bem seu processo histórico. Conforme citações esparsas (sem nenhuma documentação ou informação oficial dos setores de patrimônio da Prefeitura ou do INCRA) inicialmente a Mata pertenceu a “Fernando de Morais” provavelmente por este ser esposo da historiadora Marina Maluf ( ex-proprietária da Fazenda Boa Esperança) depois se diz que pertenceu ao Sìtio São José. Já outros supõem que a área pertencia antigamente à antiga Fazenda Quilombo (que possuía um restante de senzala demolida) ao lado da Boa Esperança (e que também ambas ja foram parte da Fazenda Rio das Pedras) e seu tombamento foi concedido pelo CONDEPACC em 2010
Durante o processo de tombamento foi informado que a SANASA tinha uma área dentro da área da Mata onde iria construir a ETE Estação de Tratamento de Esgoto) de Barão Geraldo, que foi analisado e liberado pela CETESB e Prefeitura. Também durante o processo vários moradores da Vila Florida, Guará e região criaram a AMAQ Associação Ambientalista Mata do Quilombo que durante anos – até recentemente esteve atuante em Barão e criaram ate revista.
Desde a época na área havia uma chácara que era usada para recuperação de drogados e havia constantes denúncias de queimadas nas margens da mata . ATé que em setembro passado (2020) um grande incêndio destruiu grande parte da Mata hoje em processo de recuperação
Fica evidente que a mata precisa urgente de um melhor equipamento de administração e disciplinamento de uso que não agrida ou deteriore a Mata.
12 – CAMPO DO E.C. GUARÁ OU ADG
Inseri o campo do Esporte Clube Guará E.C Guará OU A.D. Guará por sua enorme importância historica para o bairro em contraposição a seu desaparecimento. O clube foi criado ainda em 4 de julho de 1957 e depois de anos, ja nos anos 1960 conseguiu um terreno particular emprestado para fazer seu campo (acreditamos que seja da família Mokarzel. O E.C Guará se tornou ADG Associação desportiva Guará e crsceu disputando campeonatos municipais e estaduais Foi BICAMPEÂO do Municipal Amador vencendo ate a equipe da Ponte Preta e Campeão estadual nos anos 1990 quando esteve numa grande fase. Revelou muitos jogadores para times profissionais . O campo foi – durante decadas – O MAIOR CENTRO DE LAZER E CULTURA dos bairros da região do Guará Sempre tinha jogos e estava muito bem administrado. Até que a partir dos anos 2000 sua utilização começou a decair. atéque – por volta de 2011 começou a não ser mais usado e foi abandonado onde o mato cresceu bastante As obrigações de limpeza foram abandonadas e como seus proprietarios tiveram que arcar, resolveram proibir sua utilização
Mas e sua importância historica para o bairro? Fotos e memorias e historias?? Seria fundamental essa pesquisa local e discussão de sua preservação pelos poderes publicos
13 – MATA DE SANTA GENEBRA
A Mata de Santa Genebra foi a primeira tombada e preservada em Barão Geraldo e administrada pela Fundação José Pedro de Oliveira e Prefeitura. Foi resultado de luta de ambientalistas de Barão e Campinas e é absolutamente importante e maravilhosa para a cidade
14 – SALÃO COMUNITÁRIO DA IGREJA SANTA ISABEL
O Salão foi construído em área publica do arruamento Luis Vicentin no início dos anos 1970 por solicitação dos moradores de Barão (que após o fim do antigo salão sede do Clube Atlético – hoje Estação Barão) pediam e precisavam de um salão de festas. Depois da fundação da nova igreja em 1963, começaram a negociação para a construção de um Salão de festas da igreja e aberto à comunidade. Luis Vicentin e Modesto Fernandes doaram terrenos. Luis Vicentin doou o terreno ao lado do Antigo Campo de Futebol do Clube Atletico Barão Geraldo e Modesto doou o terreno na atual Praça Durval Pattaro. E a partir de 1968, por negociação do padre Gilberto com a Prefeitura trocando terrenos, doando para a prefeitura o terreno doado à Igreja por Modesto Fernandes – que hoje é quase a metade da Praça Durval Páttaro . O terreno de Luis Vicentin seria para o Clube . ENtretanto, a comunidade baronense e o Pe Gilberto preferia em frente à Igreja. Assim o terreno doado por Modesto ficou para a prefeitura E que nos anos 1970 seria construida a subprefeitura de Barão, depois delegacia e no final nada foi construido.
Tudo acertado “de boca” pelo padre Gilberto, acabou que ambas as áreas ficaram juridicamente para a municipalidade E ai nesse governo Jonas – paran.oico por dinheiro, incapaz de entender a realidade, resolveu requerer o terreno do Salão à igreja, que ja havia doado outro terreno
Porém ainda com padre Gilberto a comunidade – liderada por José Zambon – conseguiu arrecadar e construir o Salão Comunitário. Hoje Salão Paroquial.
O Salão foi sede de INUMEROS casamentos, festas , bailes, antigos Carnavais dos anos 1970 a 1990, os principais e mais importantes debates de Barão nos anos 1980, 90, e 2000 ponto de reunião de idosos de Barão escolas cursos etc Enfim o maior Centro Cultural de Barão.
O que defendemos é que se trata DO MAIS NOVO e recente dos Patrimônios Historicos de Barão. Deveria ser tombado e preservado , por sua historia e enorme importância para a comunidade , mas mantido indefinidamente – (para sempre?) sob a posse da Paróquia Santa Isabel Justamente como a melhor forma de preserva-lo. Solicitando apenas certa abertura de sua utilidade para a comunidade baronense.
15 ) Campo do Barão Geraldo
Outro patrimônio cheio de signifcado Conforme relatos dos primeiros baronenses , já havia um campo ao lado da casa de Plinio e depois Gebrael na atual Avenida Albino quase em frente ao atual Posto Shell. Apos seu loteamento e venda, um segundo campo foi construído onde é hoje a rua Francisca Merciai ao lado do atual Salão Comunitario acima e que foi cedido para o Clube Atlético Barão Geraldo cujo “Salão de Festas” de Modesto Fernandes era a sede até inicio dos anos 1960. mas com a nova paroquia e remodelamento do loteamento do “Arruamento Luis Vicentin”, o campo foi ocupado.
Mas conforme nos contou Zulmiro Fernandes, nos anos 1960 a Prefeitura concedeu um espaço onde é hoje o Terminal para o clube construir sua sede , campo e arquibancadas. Porém o Clube não construiu nada no prazo cedido pelo prefeito e prefeitos posteriores resolveram construir o Terminal de Barão e o campo chamado “praça Orestes Quércia” que funciona como sede do C.A.B.G. criado em 1935, mas pertencendo à municipalidade. Que pode usufruir dele para outros fins