por Warney Smith Silva
A avenida de Bambu ” Maria Amélia” da Fazenda Santa Elisa foi construída por ordem de Geraldo de Rezende, após a construção de seu sobrado. Não se sabe o ano correto em que começou a ser construída. Mas sua filha conta, em sua biografia do pai, que a estrada de Bambu foi construída para sua esposa Maria Amélia e seus filhos e filhas, ainda
pequenas – além de trabalhadores – não pegassem o forte sol que incidia sobre as fazendas na época. E deu o nome à ela de “Avenida Maria Amélia”.
A estrada de bambu ligava o bairro da Vila Nova (hoje rua Theodureto de Camargo ) , atravessava a Estrada de Ferro Funilense – Sorocabana e ia até a sede da Santa Genebra. Ela foi construída paralela à Estrada dos Fazendeiros (a estrada de terra que ligava Campinas às fazendas da região entre os rios Atibaia e Jaguary – e também aos bairros “Funil” e outros ao Norte – hoje início da Zeferino e Estrada da Rhodia ). Parte dessa estrada margeava o Ribeirão Quilombo.
Segundo dona Maria Antônia Vicentin Leonardi, em depoimento gravado ao CMU, os baronenses também usavam muito a Avenida de Bambu para ir e voltar à cidade quando estava muito sol e muitos iam e voltavam a pé como Rosa Pacci que trabalhou na Santa Elisa. D. Antônia contava que as mulheres e crianças plantavam flores nas laterais da estrada durante muitos anos.
A Fazenda cuida ou mantem a avenida porém não faz sua manutenção para passeios. O que defendemos é que ela seja tombada pelo CONDEPACC por sua importância para o Patrimônio Histórico da cidade
FONTES
– MARTINS, Amélia Rezende “Barão Geraldo: um idealista realizador Tip Livro Azul Campinas 1939
– PUPO, Celso Mª Mello. Campinas: seu berço e juventude – Campinas,1969
– SMITH SILVA , Warney: “Barão Geraldo: A luta pela autonomia”, Campinas, Centro de Memória IFCH 1996
– SMITH SILVA, W – entrevistas orais com Antônio e Amyr Moda, Amélia Buratto, Ma. Pascoalina , Antônio Páttaro, Francisca Barbosa de Oliveira, e varios outros ( depositadas em Arquivo do CMU Centro de Memória- Unicamp