Fundada em 1899 com o nome de Estação Santa Genebra (porém sem prédio – apenas como “chave”) da E.F. Funilense pelo Barão (então presidente da companhia) e grande comitiva de “autoridades” e proprietários , porém onde só havia fazendas e nenhum povoado.
Em 1904, a linha foi retomada pelo Estado que fez uma reforma e ampliação da linha. Embora não parou totalmente de funcionar, a ferrovia foi refundada em 1908 e a chave com o nome de “Estação Barão Geraldo”, em homenagem ao Barão falecido no ano anterior. Nessa reforma ganhou apenas uma caixa d´agua e pequena casinha (com bilheteria, telégrafo e plataforma).
A partir de 1910 a Fazenda Santa Genebra constrói um armazém ao lado da estação que serviu como auxílio à estação e também foi mercado durante um tempo, do italiano Plínio Aveniente que depois fez uma primeira venda própria em frente à estação, e depois comprou 22 alqueires da Fazenda Rio das Pedras ao lado da Estação onde monta sua fazenda e leiteria. (hoje o Armazém está tombado e sede da editora Autores Associados e o prédio da Estação fica no seu entorno )–
Com a decretação de concordata da Brazil Railway (dona da Sorocabana) em 1917, a empresa devolve a Funilense para o Estado em 1919. Na verdade foi o presidente do Estado (ou Governador) Altino Arantes que negociou o fim do contrato. E em 1921 Arantes retorna a Sorocabana como estatal. E só em 1926 a companhia Sorocabana constrói o prédio atual da Estação que precisa ser tombado.–
A partir de 1920 Aveniente começa a lotear em chácaras de 5 ou mais alqueires para vendas. Foi o que originou o povoado ou Vila (da estação) Barão Geraldo com as primeiras casas no entorno da estação ou ao lado da capela por volta de 1922.–
A casa da estação fica entre a Escola José Pedro de Oliveira , o Centro de Saúde, o Cartório e o Terminal de Barão (rua Nura M. C. Penteado). Ela foi construída em 1926 e vai fazer 100 anos, mas está sendo usada como residência desde 1962 , cedida pela Sorocabana ao ex funcionário telegrafista em outra estação Silvio Olivério.
Mas com isso, o prédio da Estação vem sendo deteriorado e já perdeu várias partes e as referencias em relação à Barão (como o restante dos outros parimônios) Como Silvio faleceu, quem esta com a posse é seu filho e netos.–
Embora esteja parcialmente tombada, é necessário que a casa seja preservada e seus moradores indenizados para que possam obter outra moradia no mesmo valor e a casa seja reformada para abrigar uma casa de Cultura ou Museu que divulgue e promova a história e cultura local
EVANGELISTA, Ana Laura; “Estrada de Ferro Funilense (SP)(Terrório, História e Patrimônio Cultural” Urbanismo PUc Campinas – 2018-
MARCONDES, Marli: História e Hipermídia O caso da Estrada de Ferro Funilense tese IA Unicamp
RELATÓRIOS DA ESTRADA DE FERRO SOROCABANA , 1927-28 (Biblioteca da Poli- USP)
SMITH SILVA , Warney: “Barão Geraldo: A luta pela autonomia”, Campinas, Centro de Memória Editora Pontes 2020
SMITH SILVA, W – entrevistas orais com Antônio e Amyr Moda, Amélia Buratto, Ma. Pascoalina , Antônio Páttaro, Francisca Barbosa de Oliveira, e varios outros ( depositadas em Arquivo do CMU Centro de Memória- Unicamp