Campinas volta para as restrições da fase laranja a partir desta segunda-feira 8/3 , que define a abertura de atividades econômicas no estado durante a quarentena contra o novo coronavírus. A classificação foi determinada pela gestão João Doria (PSDB) na sexta-feira (26) e a mudança significa a imposição de medidas mais restritivas, já que os municípios estavam na fase amarela.
Em Campinas, o decreto da mudança de fase foi publicado no Diário Oficial do município nesta segunda-feira. Dentre as regras está o horário de funcionamento limitado até 20h para atividades econômicas, exceto bares, que não podem abrir para receber clientes — nestes, a venda é exclusiva para delivery ou retirada.
O secretário de Justiça de Campinas, Peter Panutto, afirmou que será revogado o decreto municipal que até então determinava regras da fase vermelha no período entre 21h e 5h, uma vez que a nova fase impõe fechamento de comércios e lojas até 20h. Além disso, o governo de São Paulo já havia determinado, para o período de 26 de fevereiro a 4 de março, restrição de circulação entre 23h e 5h.
Regras da fase laranja
Todos os setores de comércio e serviços são permitidos. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido.
Capacidade de ocupação: 40% em todos os setores.
Funcionamento máximo: 8 horas por dia.
Horário de fechamento: atendimento presencial só poderá ser feito até 20h.
Parques estaduais, salões de beleza e academias: podem abrir.
Risco de colapso na saúde
A reclassificação dos municípios para uma etapa mais restritiva se deu por conta da alta na taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para Covid-19 no Departamento Regional de Saúde da 7ª Região (DRS-7), com sede em Campinas. O índice era de 73,4% no dia do anúncio.
Em outros três critérios, o DRS-7 estava com indicadores da fase amarela. São eles: novos casos por 100 mil habitantes, novas internações por 100 mil habitantes e novas mortes por 100 mil habitantes. Já no critério de oferta de leitos de UTI Covid a cada 100 mil moradores, o índice era de fase verde.
Durante a apresentação da reclassificação, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, mostrou dados que revelam o rápido crescimento das internações por Covid-19 nos municípios paulistas. A situação descrita é pior do que o pico da primeira onda no estado, em 2020.
“Nós temos o risco de colapsar. Nós precisamos do apoio da população. A população mais do que nunca tem que acolher os nossos pedidos. Não é só perder paladar, não é só perder olfato, é perder a vida e fazer com que aquelas pessoas que nós mais amamos também possam perdê-la.”