A SANASA já começou as trocas das tubulações antigas na Cidade Universitária e outros bairros de Barão Geraldo, segundo eles desde julho (provavelmente no início com as demarcações). Essa obra visa trocar a antiga rede de tubos que estava deteriorada pelo tempo de uso e que causava excesso de manutenções corretivas, perda e falta de água e transtornos no trânsito das ruas, devido às constantes obras. A maior parte dos recursos foram emprestados do FGTS da Caixa Econômica Federal em contrato de 2019. (veja abaixo os valores) Também estão sendo feitas trocas na região do Castelo e outros bairros.
Antes, a SANASA fez um levantamento técnico nos locais em que ocorriam grande quantidade de rompimentos para determinar os pontos que estão sendo trocados. As áreas de maior deterioração onde estão sendo feitas as trocas foram divididas entre as empresas contratadas para fazerem a troca: tres áreas na Cidade Universitária, uma no Jd Independência e outra na Vila Santa Isabel. A troca está sendo feita pelas empresas “Cadre” e “Metropolitana”, que alugaram pátios em Barão Geraldo que servem como base para guardarem as máquinas, acolherem o pessoal e executarem os serviços.
A SANASA escolheu o “método” da troca de tubulações chamado de “Não-Destrutivo” por causa da forma como os tubos são trocados, sem que seja aberta uma vala contínua em toda a extensão da rua. As empresas fazem apenas uma abertura num canto da rua para encontrar a tubulação (geralmente no início do trecho da tubulação a ser trocada) e usam as máquinas “Pipecracking” que vai quebrando e abrindo a tubulação antiga por dentro , abrindo espaço para a colocação dos novos tubos. E nessas novas galerias vão sendo colocados os novos tubos de polietileno (plástico endurecido) que segundo eles tem a expectativa de vida de 50 anos.
E por ser um método mais sofisticado, o serviço e bastante mais caro. Porém como disse a assessora de imprensa da empresa, Michele Leite, “Muito importante ressaltar que esses serviços reduzem as perdas, evitando desabastecimentos futuros aos consumidores“. Segundo a assessoria as vantagens são, além da nova rede com expectativa de vida de 50 anos, é que reduzem a abertura de valas, os novos canos são colocados no mesmo trajeto da tubulação antiga, permite aumentar o diâmetro da tubulação, ampliando a capacidade, além de ter pouca influência no entorno das obras, menos transtorno ao tráfego e menor tempo de obras
O método “by pass” e as novas ligações de água
Mas antes de fazer a troca com a “pipecracking”, os técnicos da Cadre e Metropolitana colocam postes temporários de madeira e levantam as passagens de água por “by pass” (pelo alto) para que não haja corte e ligam nos hidrómetros das casas (alguns estão sendo trocados). As empresas também estão substituindo todas as ligações externas da casa ( que passam sob as calçadas) e os cavaletes também serão trocados pela “caixa padrão Sanasa” (Segundo informou a assessoria de imprensa da Sanasa, a empresa vai lançar um boletim e informar os moradores sobre os acabamentos de piso e parede ao final da obra).
Nessas ruas, onde são instalados os postes e canos “by pass”, são locais em que serão utilizados a máquina “Pipecracking“, utilizando a tubulação antiga para ser colocada a nova.
Mas várias outras ruas não está sendo usado o sistema “by pass” e o pipecracking e as ligações continuam utilizando a rede antiga pois estão em melhores condições Mas que serão trocados posteriormente. Tais áreas foram identificadas pelo Setor de Projetos da Sanasa que pesquisa todas as áreas que necessitam dessas novas redes.
Conforme a Assessoria de imprensa há aparência em algumas partes já trocadas de que a obra já estaria finalizada. Porém as obras continuam até 2022. Em alguns desses bairros, o prazo máximo é julho de 2021. Já outros (como na parte 2 e na V Independência e Sta Isabel o prazo máximo é março de 2022.
DINHEIRO DO FGTS (quase 28 milhões)
A obra está sendo paga com dinheiro emprestado do FGTS Fundo de Garantia de Tempo de Serviço da Caixa Econômica Federal via acordo entre a Sanasa e Prefeitura com o Ministério do Desenvolvimento Regional em novembro de 2019. Até o momento conseguimos somar um total de R$ 27.814,167,99 (pois não sabemos se foi contratada outra parte/ bairro) E nesse montante não está somado o valor que a própria SANASA está pagando de seus cofres e que ainda aguardamos a informação.
Só na Parte 1 da Cidade Universitária (entre as avenidas 1 e 2 e da Unicamp ao Rio das Pedras a obra custará R$ 9.876.738,67 com prazo até Março de 2022
Na parte de baixo da Cid Universitária Parte 2 – que vai do Parque Ecológico ate a rua Manoel Gomes (área “Luis de Tela 1”) é a menor parte e custará R$ 4.392.230,47
Na parte de cima da Parte 2 (entre as ruas Mons. Loschi e Antão de Morais até a rua Márcia Mendes e a fazenda) , parece ser a última, que ainda está começando e vai até fevereiro de 2022 e custará R$ 8.947.334,92.
E a parte da Vila/Jd. Independência entre as ruas Mário Kosel Filho (parte baixa) e a Constança Reis Lopes (no alto) passando pela Gilberto Páttaro, é uma das menores e vai custar R$ 4.597.863,93 com prazo até agosto de 2021.
Sabemos que também foram feitas obras na Vila Santa Isabel em várias ruas Mas até o momento não se tem noticia se é outra parte negociada ou esta sendo feita junto com essa parte da Independencia, já que a placa de propaganda está neste bairro, porém não consta no mapa apresentada abaixo
A (REA “LUIS DE TELA 1” (C. Universitária – Parte 2)
ÁREA LUIS DE TELA 2 (PARTE 2)
ÁREA “TÁCITO CAMARGO” – CIDADE uNIVERSITARIA
ÁREA “INDEPENDENCIA – JD INDEPENDENCIA
Arney Barcelos , com informações da SANASA