Funcionarios da Unicamp decidiram terminar greve

(com apoio do G1) Apenas 1 semana após  decretada por cerca de 90 funcionarios, outra assembléia realizada hoje os servidores da Unicamp decidiram encerrar a greve na próxima segunda 31/9. A greve foi decidida em protesto contra o pagamento de “supersalários” na universidade – referência ao valor superior a R$ 21,6 mil, que é pago ao governador de São Paulo e exindo o seu fim e a retomada da política de isonomia salarial da categoria com a USP.

Conforme  Iuriatan Muniz, diretor do STU a reunião entre integrantes da entidade e reitoria, na tarde de quinta-feira, não resultou em avanços. “A reitoria não se comprometeu com nada. Ela confunde legalidade com moralidade”, criticou. Segundo a entidade, 88 foram favoráveis à suspensão da greve, enquanto que 63 votaram pela continuidade  Houve 28 abstenções.

11898666_623214811150593_350109909961056947_nservidores durante assembleia em campus da
Unicamp, em Campinas (Foto: Leon Cunha / STU)

Muniz frisou, entretanto, que a campanha contra os “supersalários” será mantida pela categoria. Ele afirmou que os cortes nos “supersalários” recebidos por ao menos 915 docentes da Unicamp, entre ativos e aposentados, além de procuradores (quando o teto é de R$ 30,4 mil), poderia render alta de 10% no piso salarial de funcionários dos segmentos médio e superior.

A universidade garantiu, em nota, que as atividades de ensino, pesquisa e serviços na área da saúde transcorrem sem reflexos. Além disso, informou que 94% das 120 professoras de creches do campus de Barão Geraldo trabalharam nesta sexta-feira.

“Durante o encontro com o STU, a Unicamp também destacou a responsabilidade institucional na condução das questões orçamentárias, reiterando que não se comprometerá com gastos adicionais num momento de recessão econômica e queda na arrecadação do ICMS”, diz texto.

Manutenção dos valores
Em nota, a Unicamp justificou que a decisão mais recente do Tribunal de Justiça de São Paulo permite manutenção dos valores superiores ao teto constitucional. “O acórdão reitera a decisão do TCE-SP [Tribunal de Contas do estado] de congelar os salários acima do subteto, impedindo novos reajustes, mas garante a manutenção dos valores decorrentes”, diz o texto.

No início deste mês, o TJ-SP derrubou a liminar que permitia “supersalários” e determinou que a instituição congele valores. Com isso, a universidade estima poupar aproximadamente R$ 2 milhões em um ano.

Polêmica
O reitor José Tadeu Jorge aparece na lista com duas matrículas – uma delas com salário bruto de R$ 14,9 mil; e de R$ 35 mil na outra. Somadas, as remunerações sem descontos do engenheiro de alimentos superam o dobro do subídio pago ao governador de São Paulo.

A assessoria da Unicamp alegou, em nota, que os integrantes da cúpula da universidade, entre eles o próprio reitor, o coordenador geral, os cinco pró-reitores, o chefe de gabinete e o chefe de gabinete adjunto da reitoria recebem, além do salário correspondente ao nível que se encontram na carreira docente, uma remuneração específica atrelada ao cargo administrativo.

Reitor está entre profissionais que têm duas
matrículas (Foto: Antoninho Perri / Unicamp)

“Essa remuneração não é incorporável ao salário base, ao contrário do que normalmente acontece com as gratificações de representação. Por conta disso, o sistema de recursos humanos lança esses valores não-incorporáveis num número de matrícula em separado, gerando as chamadas duplas matrículas.”

A universidade frisou também que, com relação à composição dos salários, os servidores ingressam na Unicamp por meio de concurso público, com vencimento definido em edital. A assessoria da instituição lembra ainda que o servidor, durante a carreira, pode agregar adicionais como sexta parte, quinquênios e gratificações de representação, além de periculosidade e insalubridade.

“Essa progressão normal na carreira pode acabar levando o servidor, após vários anos, a atingir uma remuneração que supera o subsídio do governador do estado”, diz texto da assessoria.

  • Redação

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