Homem é condenado por abuso sexual de menores com deficiência visual em Campinas. Mas não é preso

Um homem de 30 anos foi condenado a 10 anos, 10 meses e 20 dias de prisão, em regime fechado, por abusar sexualmente de duas meninas com deficiência visual em Campinas (SP). As vítimas – uma criança de 11 anos e uma adolescente de 12 anos – eram atendidas pela Pró Visão, uma organização sem fins lucrativos que atua na habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência visual. Porém o juiz preferiu mante-lo em liberdade.

O caso, registrado como estupro de vulnerável, veio à tona após a adolescente relatar os abusos à sua mãe, que imediatamente procurou a instituição e acionou a polícia. O o homem chamado Bruno Fiel da Silva, , que era funcionário da organização, foi detido e levado à 1a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde inicialmente confessou os crimes, mas depois negou as acusações em juízo. Durante o flagrante, a adolescente revelou que sua amiga de 11 anos também havia sido vítima de abusos semelhantes.


Os policiais localizaram a segunda vítima em sua residência, e ela foi conduzida à delegacia, onde confirmou os abusos na presença de sua mãe. O suspeito foi denunciado pela promotoria com base no artigo 217-A, por quatro vezes, na forma do artigo 71, ambos do Código Penal. Foi preso mas o juiz preferiu mante-lo em liberdade.

Os abusos deixaram sérias sequelas psicológicas nas vítimas, incluindo dificuldade de relacionamento com homens, automutilação e depressão. As vítimas foram assistidas e acolhidas através do Instituto Proteja, que atua na proteção da infância.
A advogada Dra. Claudia Camargo, que à época presidia o Instituto Proteja e a Comissão OAB “Campinas Vai à Escola”, sensibilizou-se com o caso e atuou como assistente de acusação para as famílias. A condenação foi proferida recentemente pela 6a Vara Criminal de Campinas.
Este caso é um lembrete doloroso da urgente necessidade de fortalecer as redes de proteção à infância. Crimes como este não podem ficar impunes, e a sentença proferida demonstra que a justiça pode e deve prevalecer,” afirmou a Dra. Claudia Camargo. Ela acrescentou: “A condenação representa um passo crucial na busca por justiça para as vítimas, que enfrentaram um trauma devastador. Continuaremos nosso trabalho de prevenção e informação, porque uma criança orientada não fica calada, e assim podemos garantir que abusadores sejam punidos.

A mãe de uma das vítimas também se pronunciou: “Nenhuma mãe deveria passar pelo que eu passei, e nenhuma criança deveria sofrer o que minha filha sofreu. Sempre incentivei minha filha a me contar tudo, e isso foi essencial, não só para protegê-la, mas também para ajudar sua amiga e muitas outras crianças que poderiam ter sido vítimas do mesmo abusador. Essa sentença traz um pouco de paz, mas nada pode apagar a dor que sentimos. Espero que este caso sirva de alerta para que mais crianças sejam protegidas e para que outras famílias não precisem viver o que vivemos.

Naõ conseguimos nenhuma versão do lado da defesa, aguardamos manifestaçao

  • Redação

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