( do Destaq) O Ministério Público do Estado de São Paulo considerou procedente a ação popular de moradores e dos Consegs (Conselhos Municipais de Segurança), que pede o fim da coleta mecanizada em Campinas. Esse modelo de limpeza funciona há 11 meses em quatro bairros da cidade com cerca de quatro mil contêineres.
A prefeitura, a empresa responsável pela coleta, Renova, e os moradores aguardam pedido da Justiça para encaminhar provas de acusação e defesa sobre o caso.
O advogado que ingressou com o pedido, Eneas Xavier, afirmou que a ação popular expressa a insatisfação dos moradores com o atual sistema. “Não há política pública sem planejamento adequado e participação da sociedade com debate e opiniões”, afirmou.
O professor universitário que moveu a ação em setembro, Renato Cesar Pereira, considera que não houve discussão e orientação para população sobre a implantação da coleta mecanizada. “Falta limpeza dos contêineres. Eles atraem moscas e outros animais para as nossas casas”, considerou.
Já o presidente do Conseg do Centro, Fileto Albuquerque, disse que as caçambas não suportam a demanda de lixo da população.
A prefeitura informou ainda que recorreu na Justiça e que faz a limpeza regularmente.
Raio-X
A Secretaria de Serviços Públicos informou que são recolhidas 850 toneladas de lixo domiciliar diariamente, média de 0,7 kg por habiante/dia. Por mês, são recolhidas 510 toneladas de reciclados.