Por Adilson Roberto Gonçalves
O desbalanço ambiental tornou as estações do ano possuidoras de características menos notórias do que já tiveram. Esperamos as águas de março, mas elas já vieram em janeiro e fevereiro com os devidos estragos. Não que fossem surpresas, apenas não queremos saber das mudanças climáticas para lidar com elas. Mais fácil é rotular de “evento natural”, fazer o quê?
Em Barão Geraldo, rios continuam a se formar após chuvas por falta de escoamento devido. Engenheiros continuam ser dar atenção ao fato e, como já comentado antes , as poças quase permanentes são criadouros eficientes para o Aedes aegypti, o mosquito da dengue e de várias outras doenças (veja em (https://jornaldebarao.com.br/2024/02/14/barao-da-dengue/ ).
Um outro profissional que pode e deve ser consultado é o Historiador para saber detalhes e fundamentos acerca dos possíveis rios subterrâneos do Distrito ou o quanto foi aterrado, drenado e canalizado ao longo da ocupação das terras nesta região ao Norte de Campinas. O mapeamento poderia contribuir para escolher as regiões de maior preocupação, pois onde antes foi água, voltará a ser.
No centro de Campinas vemos que os rios canalizados são os principais pontos em que há alagamentos, uma vez que a água hoje submersa já esteve espraiada por área maior. Toda canalização deveria ser associada à criação de uma área semelhante a um piscinão, mas não foi isso o que aconteceu. O mais irônico é acontecerem as enchentes e as pessoas se espantarem com elas, como se não fossem totalmente previstas e previsíveis.