POR DR CLIMÉRIO SANTOS VIEIRA
O Brasil tem histórico recente de alto índice de violência escolar. Há vários anos, a violência nas escolas vem crescendo. Não apenas entre ou contra alunos, mas também contra professores, até envolvendo famílias. Segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que atende por meio do Disque 100, entre 2022 e 2023 houve um aumento de 143% no número de ocorrências de violações, saltando de 20.605 em 2022 para 50.186 em 2023. (Agência Brasil de 3/11/2023).
Conforme a Ouvidoria, as regiões com maior quantidade de registros são, respectivamente, São Paulo; Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nesses estados aconteceram 9.530 denúncias em 2023 – um aumento de cerca de 50% em comparação ao período anterior. Conforme os dados do Disque 100, as denúncias aconteceram em cenário escolar, envolvendo berçário, creche e instituições de ensino.
E com base em pesquisas realizadas pelos próprios órgãos estaduais e federais, entre 37% e 50% dos alunos relataram já ter sido vítima de violência física ou psicológica nas escolas (bulling).
Também conforme uma pesquisa realizada pela APEOESP (Sindicato Estadual dos Professores) em 2023, 19% dos professores disse já ter sofrido violência nas escolas. Entre os alunos, o índice chega a 48%. Praticamente a metade deles!
E neste ano de 2024 os casos continuam. Segundo outra pesquisa (DataSenado) – 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência no ambiente escolar nos últimos 12 meses. (O Globo 04/06/24). Em Campinas não foi diferente: ocorreram ataques à várias escolas.
Segundo o “Grupo de Trabalho de Especialistas em Violências nas Escolas“, do Ministério da Educação, o Brasil teve, entre 2002 e outubro de 2023, 36 ataques à escolas, que resultaram em 164 vítimas, com 49 casos fatais e 115 pessoas feridas. (Jornal da USP 19/2/2024)
É fato notório a presença de traficantes na porta de escolas, principalmente as mais afastadas, na periferia das cidades. E notório também o desrespeito e as agressões à professores, praticado por alunos. Recentemente o documentário UNITOPIA, da produtora Brasil Paralelo, demonstrou com muita propriedade o resultado da doutrinação esquerdista e a ligação com a violência nas Universidades públicas brasileiras.
Por uma educação antiviolência!
E você pai e mãe? Acredita que seus filhos estão seguros nas escolas? Mesmo nas particulares? E você professor e funcionário? Consegue trabalhar sem preocupação com sua integridade? Acredita estar livre de sofrer violência no seu trabalho?
Tenho certeza que você já presenciou ou teve notícia de violência. Ou na sua escola ou em alguma próxima.
Os dados citados acima deixam claro a necessidade urgente de uma reforma na educação escolar, tanto na escola pública, quanto na privada. E não apenas na questão da segurança, mas também na área pedagógica, e na mentalidade dos alunos e dos profissionais de ensino.
A Esquerda, por um lado, quer atribuir a causa da violência somente à pobreza e à miséria, aceitando que a necessidade de sobrevivência é uma justificativa para cometer crimes. Mas dados não faltam que mostram que uma grande parcela (mais de 36%) dos criminosos não são de classe baixa, favelados e muito menos moradores de rua . E nem são pretos ! E é sabido que essa não é a principal causa. Mas sim o descompromisso com a sociedade ! Uma sociedade fundada no egocentrismo e na exigência que cada um “se vire sozinho”, “dê seus pulos”, sem se importar com leis, limites e com os outros que também precisam, muitas vezes mais do que ele. Ou seja : é um problema de falta de educação – a obrigatoriedade de não se pensar só em si, mas na sociedade em que vivemos.
A prova disso é que os agressores nem sempre são marginais ou traficantes. Muitas vezes, são os próprios alunos, as vezes até pais e algumas vezes até os próprios profissionais da educação. As pessoas estão se tornando cada vez mais desconhecidas e “estranhas” umas com as outras, cada vez mais sem empatia e sem paciência. Os valores tradicionais do respeito mútuo, do respeito e admiração aos Mestres, e a valorização dos profissionais de ensino vem gradativamente se perdendo.
A crescente impunidade em nossa sociedade – com a leniência do Judiciário, principalmente do STF (Supremo Tribunal Federal); a falta de policiais, cada vez mais sobrecarregados em suas tarefas de prevenção e combate ao crime, também faz aumentar a violência. Porém não há que se perder a esperança! Há solução sim ! Disposição para se pensar sobre isso. Basta vontade política e a sociedade cobrar.
Propostas:
Do ponto de vista pedagógico, portanto, muitas mudanças são necessárias. Não há dúvida de que nossa Educação é deficiente, muito. É não é sem motivo que o Brasil é um dos últimos colocados no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
Há que se buscar uma Educação que pare de atiçar e fortalecer preconceitos e demonização contra homens; contra brancos; contra religiosos; contra heterossexuais; contra políticos e empresários como se todos pensassem iguais e somente da dominação e exploração maléfica de mulheres, pretos e ! É preciso buscar uma Educação que não fomente luta de classes, luta entre os sexos, disputa entre brancos e pretos, etc, uma Educação que não divida a sociedade e que só serve para criar e fortalecer novos mercados segregados (como foi feito nos EUA) ! A antiga política segregacionista dos EUA – que foi abandonada mas hoje envergonha o País – ajudou em que? valeu apena?
É preciso que as Escolas foquem em transmitir CONHECIMENTOS; em ciência, e não apenas em ideologias de lutas de classe , ou doutrinação política.
Na questão da violência, o programa PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), do governo Estadual, é uma luz no fim do túnel. Deveria ser implementado em todas escolas, e ministradas por profissionais especialistas na área (policiais, psicólogos, pedagogos, etc). Eles tiveram a KKK como resultado disso e nós temos o PCC.. Quando iremos acabar com esse ódio ?
– É necessário também uma Educação Jurídica básica, que ensine como a justiça funciona, quais são os direitos e deveres do cidadão, como e quais são as punições para os transgressores da lei. E o que cada um pode e deve fazer sempre pensando em melhorar a sociedade para todos.
– Em vários aspectos, precisamos de uma educação aos moldes antigos e tradicionais: que valorize e fortaleça a disciplina em sala de aula; que ensine a educação e o respeito às particularidades de cada pessoa, especialmente aos mais velhos; às mulheres; aos animais; e ao meio ambiente. E principalmente que se ensine história do Brasil, a verdadeira, fomentando o amor à Pátria e o orgulho de ser brasileiro. No passado, não se falava em violência nas escolas. Era raro.
– É preciso também que se implemente uma Educação Empreendedorista, onde os alunos aprendam a ver e projetar sua forma futura de sobreviver por si, independente dos poderes públicos e de ‘esmolas’ governamentais, ou pior ainda, de recorrer ao crime. É preciso colocar na grade curricular a educação financeira e cursos técnicos profissionalizantes. O currículo básico escolar é definido por lei federal. Porém o estado e a municipalidade têm poder para incrementar o currículo, para acrescentar disciplinas. E não só o prefeito e secretários. Mas também dos vereadores.
Sendo eleito vereador, neste domingo dia 06/10, estou comprometido com a melhoria do ensino em Campinas. Já fiz isso durante os 8 anos em que atuei no Colégio Rio Branco , como Presidente do Conselho Deliberativo e depois como Diretor Executivo, eleito pelos pais dos alunos.
– Pretendo intervir politicamente para que especialmente a Guarda Municipal passe a atuar na segurança das escolas de Campinas. Quero criar lei que determine que um Guarda Municipal esteja sempre presente na porta das escolas públicas, tanto nos períodos de portão aberto e de pico (entrada e saída), quanto durante as aulas. E que seja sempre o mesmo guarda, durante todo o período letivo, para que os alunos, pais e professores, passem a conhece-lo pessoalmente. E durante a noite, um outro, para impedir que a escola seja assaltada ou depredada, o que hoje não é incomum.
Há cidades que optaram pelo monitoramento externo das escolas por câmeras. Uma opção para as escolas em Campinas poderia ser o monitoramento por câmeras ‘inteligentes’, integradas à CINCAMP (Central de Monitoramento de Campinas), o que manteria a vigilância permanente nas escolas. Porém é menos eficiente que a presença pessoal de um guarda municipal. Se a GCM já existe, temos que aproveitá-la do melhor modo possível.
– Buscarei também fazer gestão política com o Governador do Estado, para trazer para nossas escolas de ensino médio, os cursos profissionalizantes em áreas onde há demanda de profissionais em Campinas (como exemplo: auxiliar de enfermagem, mecânico de automóvel, eletricista residencial, pintor, pedreiro, e muitas outras).
– Dentro da concepção de melhoria do ensino em todos os aspectos, além do pedagógico, outro programa de fundamental importância, que muita gente deseja em Campinas, são as Escolas Cívico-Militares, que o Governo do Estado já declarou que pretende implantar pelo estado afora. Escolas de nível médio. Nessas escolas, se prioriza a disciplina, a ética e o respeito aos diferentes papéis das pessoas na sociedade. Nelas se ensina, além das ciências, também a obediência e a hierarquia dentro da escola.
– É meu compromisso fazer gestão política para que essas propostas sejam aprovadas e implementadas, de modo a possibilitar a melhoria do ensino, a ampliação da segurança e a redução da violência nas escolas campineiras, e certamente também em toda nossa sociedade. A melhor ação em segurança pública, é a educação, dado que é preventiva, e definitiva.
Conto com voce – para que voce possa contar comigo! Vamos melhorar !
Dr. Climério é advogado e candidato a vereador pelo Partido Novo, nº 30.000