(do Jornal Integração)
Começa hoje 10 de junho a tradicional e centenária Festa de Santa Isabel em Barão Geraldo, padroeira do distrito, tentando recuperar antigas tradições das primeiras festas da origem do distrito. A Festa é promovida pela Paróquia de Santa Isabel, com apoio da comunidade católica e de vários empresários locais e será realizada no Salão Comunitário da igreja, centro de Barão Geraldo em todos os finais de semana de Junho com barracas de doces, salgados, bebidas e brincadeiras e com apresentações musicais em prol da comunidade. (dias 10 e 11, 17 e 18, 24 e 25 de junho e 1 e 2 de julho sempre a partir das 17 horas). A festa será encerrada no dia 3 de julho , véspera do dia de Santa Isabel, com um grande Bingão que dará 11.000 em prêmios . O Salão Comunitário onde está a festa fica na rua Ângelo Vicentin , 601 , centro de Barão.
Segundo o Monsenhor Roberto Fransolin, pároco de Barão Geraldo, a intenção é recuperar a grande tradição da festa que são as procissões nas ruas centrais, a peregrinação da imagem de Santa Isabel pelas casas dos paroquianos e o grande Bingo que congregava as famílias de Barão que organizavam a festa muito antes da criação da Paróquia em 1963. “Queremos fortalecer a nossa festa que congrega a grande família cristã de Barão Geraldo , retomando as tradições mais fortes das antigas festas e que estão na memória dos mais antigos: o bingo, a peregrinação da Santa pelas casas, as procissões. Pois foram elas que uniram as famílias como numa única família no grande espírito solidário cristão. O grande ideal de Santa Isabel”.
MOVIMENTO QUER COLOCAR A FESTA DE SANTA ISABEL NO CALENDARIO DE CAMPINAS
Um grupo de baronenses que tradicionalmente participam da festa quer preservar a Festa de Santa Isabel – Padroeira de Barão Geraldo – colocando-a no Calendário oficial de Campinas. O proprio Monsenhor Roberto junto com o subprefeito Donizeti, e lideres locais assinaram um pedido à Camara para colocar a Festa no calendario e garantir maior apoio logistico à festa . O objetivo é preservar a festa como Patrimonio Imaterial de Campinas ja que remontya às raizes de Barão geraldo sendo organizada por todos os seus primeiros moradores e sitiantes
A Festa de Santa Isabel começou a ser realizada quando foi construída a primeira Capela de Santa Isabel pela Fazenda Rio das Pedras no início do Século XX, porém não se sabe a data exata. Em suas pesquisas, o historiador Warney Smith (que pesquisa a História de Barão Geraldo para o Centro de Memória- Unicamp), levantou com alguns dos primeiros moradores, que a festa começou a ser realizada após a construção da primeira capela a Santa Isabel, construída pela Fazenda Rio das Pedras nos primeiros anos do Século XX e que deu origem a diversas lendas em Barão: (a capela da divisa, onde hoje é a igreja Cristo redentor)
“A Capela de Santa Isabel está no levantamento das igrejas rurais que dom Francisco Barreto, (futuro Bispo de Campinas) realizou em 1909. Mas ainda não descobrimos a data exata. E como me contaram vários antigos moradores entrevistados – como dona Antônia Vicentin, seu Humberto Barbieri, dona Maria Félix de Araújo, dona Maria Pattaro, seu Zulmiro, o carreteiro Luiz Gozzi – a Festa já era realizada todos os anos antes deles nasceram ou chegaram em Barão, isto é, bem antes de 1920.”
Segundo ele informa, Maria Félix e Luiz Gozzi chegaram em Barão por volta de 1914 Antônia Vicentin nasceu em 1916 e Humberto Barbieri chegou a Barão em 1919 e todos presenciaram a Festa. “Embora dona Antônia dizia que seus pais e os mais antigos contavam que a festa já era realizada pelos moradores das fazendas , antes de haver Barão Geraldo, outro ponto inicial provável e a construção da segunda capela da Fazenda em 1918, ao lado da Estação, devido à morte de dona Isabel Augusta dona da Fazenda. Foi essa igreja que deu origem à Barão Geraldo e à Paróquia de Santa Isabel décadas depois.” – contou ele.
A hipótese de Smith é que alguns “pontos de reunião” básicos deram origem a vila rural de Barão Geraldo: a estação, a capela, as vendas, o campo de futebol e as festas e lendas é que uniram os moradores na identidade local “baronense”.