por Nádina Fernandes
Olá quero abordar com vocês sobre “violência psicológica contra a mulher”,
há cinco tipos de violência;
- I – Violência física. Conduta que ofende a integridade ou saúde corporal;
- II – Violência psicológica. …
- III – Violência sexual. …
- IV – Violência patrimonial. …
- V – Violência moral.
- A Lei Maria da Penha trata especificamente da violência doméstica e familiar contra a mulher, e o Art. 7º enumera algumas das formas de violências que as mulheres podem sofrer. São elas, dentre outras, as violências física, psicológica, sexual, patrimonial ou sexual.
- I – Violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
- Nesse caso, não precisa necessariamente deixar marcas aparentes no corpo. É qualquer conduta contra a integridade física e saúde corporal da mulher. Ex.: tapas, empurrões, puxões de cabelo, socos, agressões com objetos cortantes e perfurantes, entre outros.
- II – Violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause danos emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
- III – Violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
- É importante destacar que o sexo sem consentimento é violência sexual, inclusive entre cônjuges.
- IV – Violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
- V – Violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. A calúnia acontece quando o ofensor atribui um fato criminoso à vítima. A injúria se configura com xingamentos que ofendem a honra da mulher. Já a difamação ocorre quando o ofensor atribui um fato ofensivo à reputação da vítima.
O que é e como se manifesta a violência psicológica?
Segundo especialistas ela geralmente é silenciosa e não deixa marcas visíveis
A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha lista diversas formas de violência que podem ser praticadas contra o gênero feminino, incluindo a psicológica, que também pode ser chamada de “agressão emocional”.
O que pode ser considerado agressão psicológica?
Por exemplo, podem caracterizar violência psicológica atos de humilhação, desvalorização moral ou deboche público, assim como atitudes que abalam a auto-estima da vítima e podem desencadear diversos tipos de doenças, tais como depressão, distúrbios de cunho nervoso, transtornos psicológicos, entre outras.
É fato que o ser humano vive em constante transformação e reconstrução, refletindo ocorrendo mudanças culturais e sociais. Afirmo, sem entrar em debate ou distinção de gênero ou orientações sexuais.
Em nome do amor o ser humano muitas vezes se coloca em situações que o aprisionam, em um relacionamento tóxico e abusivo. A linguagem do amor verdadeiro com a conquista e a promessa de felizes para sempre leva um renovo emocional para o casal. E o desejo é serem felizes para sempre.
As violências não deveriam existir, mas as que deixam marcas visíveis são as que a sociedade reconhece, mesmo que não denunciadas.
Por isso chamo atenção para a violência emocional ou psicológica. Causa danos reversíveis ou não. Sequelas que destroem a autoestima, a saúde física e emocional, e mental. Por não deixar marcas na pele, hematomas, cortes, sangue, não é visto e considerado agressão.
A violência psicológica e emocional é tão desacreditada que até mesmo a vítima dúvida que realmente está sendo agredida, violentada.
Mulheres são desacreditadas que são vítimas de violência. Vivem bem, tem trabalho, família, marido bom. Se reclamar é frescura, está querendo demais, ou está querendo arrumar outro.
A agressão psicológica não é vista, não é validada já que não deixa marcas visíveis isso é muito triste e muito difícil de ser diagnosticado, por certos “profissionais” ou até mesmo para numa sociedade doente onde vê a agressão emocional, e psicológica coerente. E não deve ser validada porque esse tipo de agressão machuca, fere, mata!
Agressão psicológica ela vem desde um não olhar, de não ser visto, de não ser ouvido, de xingamentos, do menosprezo, de fazer com que a pessoa se sinta incapaz, se sinta infeliz e incapaz. Isso é agressão todos nós temos direitos de sermos livres e feliz, de sermos vistos, de sermos lembrado, isso não é frescura isso não é mimo isto é necessário para um relacionamento com amor. Ser amparado pelo outro de uma forma plena e digna, com amor, respeito, e assim que as mulheres querem ser vistas como igualdade de direitos de sentimentos também.
Vou relatar dois casos para elucidar o que trago a vocês;
Caso 1– Vou citar o caso da Maria viveu com o marido durante duas décadas, tiveram três filhos. Maria sempre aparecia com marcas de roxo no corpo, ela dizia que havia batido em algum móvel, escorregado e caído, mas a Maria nunca dizia o que é realmente acontecia e proibia as crianças de alguma coisa a outras pessoas. Anos sofrendo calada e calando as crianças. Maria passou a ter dores de cabeça muito fortes durante muito tempo, até que foi diagnosticada com aneurisma cerebral e teria que fazer intervenção cirúrgica com urgência. Por esse fato Maria revelou que sofria agressões físicas e emocionais há muitos anos, apanhou e recebeu pancadas na cabeça, que causou aneurismas cerebral. Fez a cirurgia, deixou sequelas neurológicas e em sua saúde irreversíveis. A violência continuou e passou a ser denunciado, o marido agressor a abandonou com os filhos, com as frustrações com os medos com as sequelas. O amparo legal foi registrado Maria da Penha, medida protetiva e depois de muitos anos houve audiência. O fato é que a Maria para o resto da vida vai ter a sequelas das agressões que sofreu a física, a psicológicas marcas estas que nunca mais a deixará. Incluindo as sequelas psicológicas causadas aos filhos.
O caso 2 – Rosa tinha um casamento aparentemente maravilhoso só que ela não se sentia valorizada pelo marido, o mesmo sempre ocupado demais com o trabalho com seu descanso, passou a ser um relacionamento tóxico, quando havia algum tipo de conversa ele a destrava, ignorava, ficavam dias, semanas sem conversar meses sem uma demonstração de afeto de carinho. Rosa por diversas vezes durante o relacionamento sinalizou ao marido que a forma como era tratada a estava fazendo adoecer, que não recebia nenhum tipo de atenção por parte dele, que ele sempre a ignorava. Essa mulher foi se fechando, se sentia desprezada e desvalorizada pelo marido, a tristeza tomando conta e consumindo, mesmo assim não foi percebida a depressão tomou conta da vida dela e isso não também não foi percebido por que não havia marcas físicas, não era visto hematomas não era visto a sequelas exteriores então para todos da sociedade e até mesmo familiares o casamento deles demonstrava perfeição.
Rosa procurou um acompanhamento psicológico, ela buscou forças e procurou ajuda! A psicóloga disse a ela,’ veja pelo lado bom ele não te bate, e se você sair de sua casa não vai conseguir se sustentar’.
Então, a Rosa mesmo destruída emocionalmente juntou seus cacos e procurou ajuda, e a Psicóloga não levou em consideração que estava diante de uma mulher fragiliza, vítima de violência que procurava amparo, mais uma vez foi diminuída.
E Rosa continua lutando!
Com a lei Maria da Penha as mulheres estão cada dia mais empoderadas e fortalecidas para que possam buscar ajuda e denunciar o seu agressor.
Então, Se alguém quiser que eu conte sua história, sem citar nomes, isso que poderá ajudar outras pessoas, entre em contato comigo. O nome ficará em sigilo.
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EM caso de urgência ligue para Disk 180 Central de Atendimento à mulher
Nádina Fernandes
Conselheira do Centro de Saúde de Barão Geraldo e do Orçamento Cidadão